Ad AstraAd Astra (PRT) Ad Astra: Rumo às Estrelas (BRA)Lançamento19 de setembro de 2019 20 de setembro de 2019 26 de setembro de 2019IdiomainglêsOrçamentoUS$ 80-87,5 milhões
Eu, Jou, escolhi esse filme por estar oficialmente classificado dentro do gênero ficção cientifica e ter no elenco atores renomados. Se eu tivesse lido a sinopse antes “Um homem viaja pelo interior de um sistema solar sem leis para encontrar seu pai desaparecido – um cientista renegado que representa uma ameaça à humanidade”, talvez eu não tivesse assistido.
Além disso, parece existir uma tentativa de mostrar que ausência de gravidade pode agravar o estado de confusão mental do ser humano causado pelo isolamento e solidão, trazendo à tona o seu pior… mas achei a cena do macaco desnecessária, pois isso já ficaria provado pelas alucinações do protagonista posteriormente. Outra possibilidade é que a cena do macaco tenha sido colocada para: 1. mostrar experimentos científicos, alguma modificação genética mal sucedida realizada nos macacos dentro do laboratório da nave; 2 para mostrar que o macaco mata pelo instinto de preservação da espécie, já o ser humano mata por necessidade de manutenção no poder. Qual seria pior? Ou seriam equivalentes? Algo para refletir.
Concordo com a maioria das falhas de roteiro colocadas pelo Jou acima, mas acredito que tenha havido uma falha dele também em não ler a sinopse antes de assistir ao filme. Eu conheço o meu marido e sei que ele foge do gênero drama. Ele não curte mesmo, então quando ele me chamou para assistir “Ad Astra”, já estava esperando por um filme de ficção e tudo bem, pois eu sou bem mais eclética do que ele. O único gênero que não me agrada é terror e alguns suspenses mais pesados.
Escudo com uma embarcação com a vela içada, onde um marinheiro acena com um lenço branco e, ao fundo, vê-se o Monte Pascoal, local do primeiro registro visual de terra pela esquadra de Cabral. Per ardua surgo – que significa, no sentido real: “vencer apesar das dificuldades”.
Por fim, a descrição contida na sinopse faz justiça ao roteiro, entretanto, a classificação do filme como pertencente ao gênero de ficção científica foi equivocada, pois apesar de o tema se relacionar com ficção, uma vez que o contexto espacial está presente, ele se encaixa muito mais no gênero dramático. Não havia explicação científica do motivo pelo qual o tempo de trajeto entre a lua e marte no filme é somente de 7 semanas, se hoje esse mesmo trajeto é percorrido em torno de 56 (isso em condições favoráveis). A verdade é que fica subentendido que no contexto do filme há tecnologia suficiente para percorrer o trajeto mais brevemente; também não entendi se era uma viagem corriqueira ou que só era feita em uma situação específica, por exemplo quando os planetas estavam mais próximos no espaço. E outra coisa bem importante: o astronauta vai à Lua para depois ir a Marte, até aí tudo bem, pois existe uma explicação lógica para isso… fica claro no filme que a Lua é para a Terra um ponto de apoio de lançamentos espaciais, por uma série de fatores facilitadores, tais como gravidade menor, ausência de atmosfera relevante na Lua, o que facilitaria decolagem e navegação, além de as tecnologias para navegar na Terra e no espaço serem bem diferentes, sair da Terra requer muito mais combustível. Enfim, a lua é uma base estratégica.
Isso sem contar que muitas das cenas mais contemplativas do longa são cansativas até demais. Tinha vezes que eu estava tão desconectado da tela e história que parecia até que eu estava assistindo tinta secar. Eu sinceramente até esqueci lá pro meio do segundo ato que o Brad Pitt tava em uma missão de vida e morte, pois eu estava tão entediado que qualquer conexão ou senso de urgência que o filme tenta-se provocar em mim era sempre sem sucesso.
“representa as figuras do trabalho e da República, de mãos enlaçadas sobre um escudo do qual se vê na proa de uma embarcação, um marinheiro apontando para a terra próxima (alusão ao descobrimento do Brasil) e tem por timbre uma estrela aureolada em cima da inscrição ‘Estado da Bahia’, por baixo do escudo, numa fita, a …
O monumento a Independência do Brasil na Bahia na Praça do Campo Grande, em Salvador, é composto conta com a figura de um índio, armado de arco e flecha simbolizando o Brasil, na atitude de desferir golpes sobre uma serpente, em alusão a vitória dos brasileiros contra os portugueses.
Ad Astra é como um um lindo por do sol no meio de um lixao. Vc consegue ver claramente toda a sua beleza e sua grandiosidade, e sentir todo o seu calor. Mas o problema é que se você olhar pra baixo vc está em uma montanha de lixo com um cheiro ruim pra caramba.
Como o Jou falou, muitos dos aspectos técnicos acabam sem explicação, justamente por isso: o objetivo não é nem de longe mostrar os aspetos técnicos, mas sim mostrar que não obstante a evolução tecnológica mundial e a capacidade de viajar de forma corriqueira para outros planetas, a espécie humana ainda está impregnada de defeitos e mazelas, o que fica bem claro quando a equipe de astronautas tem que lidar com forças piratas humanas tentando saqueá-la em plena Lua, o que é bizarro e nos mostra que os roteiristas pretendem passar a seguinte mensagem “a humanidade pode crescer tanto em tecnologia, que se não crescer em caráter, de nada valerá, sempre representando uma ameaça aos seus semelhantes e à sua própria espécie”. Vemos muitos astronautas perdendo as vidas por motivos fúteis, como ocorre hoje, quando alguém perde a vida em um assalto.
Ad Astra sofre justamente com esse problema. A parte dos espectadores que viram o filme pela aventura não gostou dele por causa das cenas de reflexão, e aquelas que esperavam um drama ficaram confusas do porquê tem uma perseguição em alta velocidade no meio de um suspense de ficção científica.
Uma fotografia maravilhosa, efeitos técnicos de primeiro nível, uma ambientação criativa e muito bem construída, atuações de alto nível, especialmente as de Brad Pitt e Tommy Lee Jones, e uma mixagem de som top de linha, que combina com a excelente trilha sonora.
É bastante conhecido o provérbio latino “ad astra per aspera” ou “per aspera ad astra”. Significa, literalmente, “pelas dificuldades, aos astros”, ou, em tradução livre, “alcançar a glória por caminhos árduos, espinhosos”.
Eu acho louvável a tentativa do diretor de unir os 2 gêneros em uma única narrativa. O problema é que os 2 estilos têm que serem complementares ao longo na obra, e não alternante, ou pior, antagônicos.