É importante ressaltar que todos os aspectos de uma sociedade – economia, política, social, cultural, etc. – estão interligados. Assim, os vários tipos de estratificação não podem ser entendidos separadamente. Por exemplo, as pessoas que ocupam altas posições econômicas em geral também têm poder e desempenham posições profissionais valorizadas socialmente.
As teorias têm abordagens diferentes para explicar a estratificação social, mas todas buscam entender como e por que as sociedades se dividem em camadas sociais distintas. Cada uma delas oferece uma perspectiva única para analisar esse fenômeno social complexo e em constante mudança. As principais teorias são:
Por outro lado, em uma sociedade aberta em que haja um sistema de classes, há possibilidade de mobilidade social. As posições em tal sistema estratificado dependem mais de status atingido, como a educação, e menos de status atribuído, como o gênero. Por exemplo, nos Estados Unidos, a mobilidade social ocorre de forma mais fácil e frequente do que nos países africanos e latino-americanos. É o famoso American dream – a ideia de que o sistema social, econômico e político norte-americano faz com que o sucesso seja uma possibilidade para todas as pessoas que vivam nos Estados Unidos. De fato, a sociedade norte-americana enaltece a escalada social de pessoas que vivem no país.
Nesse sentido, a mobilidade social é um fator importante para entender as desigualdades presentes em nossas sociedades e buscar formas de promover a mobilidade ascendente e combater a mobilidade descendente.
Essa teoria afeta a vida das pessoas em diversos aspectos, influenciando o acesso a recursos e oportunidades, como educação, saúde, moradia, emprego e lazer. Além disso, ela também pode gerar desigualdades sociais e econômicas, afetando a mobilidade social, ou seja, a capacidade das pessoas de mudar de camada social ao longo do tempo.
As pessoas que se encontram nas camadas mais baixas podem ser estigmatizados ou discriminados com base em sua posição social. Eles podem ser vistos como menos valorizados ou respeitados, o que pode levar a sentimentos de exclusão social e baixa autoestima
Doutor em Sociologia pela Universidade de São Paulo (USP), professor do Centro de Educação e do Programa de Pós-Graduação em Sociologia da Universidade Federal de Alagoas (Ufal). Pesquisador do tema "ensino de Sociologia". Autor de livros e artigos científicos.
Oportunidades de vida que contribuem para a mobilidade social são determinadas por fatores como classe social, gênero, educação, etnia, etc. Por exemplo, oportunidades dadas a mulheres e a minorias étnicas ajudam tais grupos sociais a ascender a escada social. Contudo, mulheres e minorias étnicas frequentemente se deparam com um “teto de vidro” no trabalho, devido à discriminação. Esse fenômeno pode ser explícito ou implícito.
A educação influencia diretamente a empregabilidade e a renda das pessoas. Pessoas com maior nível de escolaridade tendem a ter melhores empregos e salários, além de maior acesso a oportunidades de desenvolvimento pessoal e profissional.
Um país que costumava ter um sistema de castas é a África do Sul. O termo apartheid significa “segregação” ou “divisão” e se refere à total separação das raças que havia no país. Essa política foi posteriormente denominada "vida separada".
Estratificação social é um conceito sociológico utilizado para classificar os indivíduos ou grupos a partir da análise das condições socioeconômicas. A estratificação social serve também como base para entender a configuração da sociedade em hierarquias e na formação das desigualdades sociais.
A luta de Nelson Mandela e de outros líderes em prol da igualdade dos negros na África do Sul fez com o sistema de apartheid se tornasse ilegal. Contudo, ainda existe no país preconceito e discriminação contra a população negra.
Assim, enquanto a estratificação social se refere à organização hierárquica da sociedade em diferentes camadas sociais, a desigualdade social se refere à distribuição desigual de recursos e oportunidades na sociedade. Embora relacionadas, essas duas dimensões têm diferenças importantes e precisam ser compreendidas de forma separada para se entender as desigualdades presentes em nossas sociedades.
Esse é um fenômeno que ocorre em todas as sociedades e refere-se à organização hierárquica dos indivíduos em diferentes camadas sociais. Existem diversos critérios que podem ser utilizados para classificar as pessoas em diferentes estratos sociais, sendo alguns dos principais:
Segundo a sociologia, poder é a habilidade de impor a sua vontade sobre os outros, e existem diversos tipos de poder: o poder social, o poder econômico, o poder militar, o poder político, entre outros. Alguns autores importantes que estudaram a questão de poder foram Michel Foucault, Max Weber, Pierre Bourdieu.
Além das diferenças naturais que diferem as pessoas uma das outras (idade, sexo, gênero, características pessoais), existe um outro tipo de diferenciação feita de acordo com critérios sociais.
A divisão da sociedade em castas é determinada a partir da hereditariedade. As castas se definem de acordo com a posição social que determinadas famílias hindus ocupam. ... As pessoas que não faziam parte de nenhuma das castas recebiam o nome de párias ou intocáveis.
Significado de Casta Geração, povo ou família, considerada nos caracteres hereditários físicos e morais, que a distinguem das outras. Qualquer grupo em que a estratificação social é muito marcada.
Casta é um sistema tradicional, hereditário ou social de estratificação, ao abrigo da lei e com base em classificações como a raça, a cultura, a ocupação profissional, a religião etc.
Quando se diz que uma pessoa é casta pode ser considerada como pura. Este adjetivo é empregado às mulheres, pois uma mulher casta é aquela que é virgem, ou seja, que pratica a castidade, característica que historicamente era muito valorizada, mas atualmente já não tem o mesmo significado.
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