A carambola é uma fruta amarelinha que apresenta o formato de uma estrela e serve como fonte de nutrientes importantes para o nosso organismo funcionar corretamente, como fibras, cálcio, magnésio, fósforo, potássio, zinco, cobre, vitamina A, vitamina B5, vitamina B9, vitamina C, vitamina E e colina (vitamina do complexo B).
O primeiro surto de neurotoxicidade por carambola em pacientes urêmicos foi descrito em 1993, quando oito pacientes desenvolveram soluços após a ingestão de carambola.6 Em 2002, foram publicados artigos reforçando esta correlação entre a carambola e a neurotoxicidade.6,7 Estudos seguintes, mostraram que tanto pacientes com DRC submetidos a tratamento dialítico quanto pacientes sem necessidade de diálise apresentaram sintomas de intoxicação por carambola6 e foi observado que o consumo de carambola causa declínio da função renal independentemente do estágio da doença.8 Mais recentemente, em 2010, outros estudos também com paciente sem necessidade de diálise, reforçaram a ideia de que há uma pobre correlação entre o grau de função renal subjacente e a taxa de mortalidade pela intoxicação por carambola, e que o consumo da fruta causa rápida deterioração da função renal e morte, sugerindo o efeito convulsivante da neurotoxina presente na fruta.3,9
A carambola (Averrhoa carambola) pertence à família das oxalidacea, é uma fruta encontrada nas regiões tropicais, sendo originária da Ásia.1,2 Fatias cortadas transversalmente possuem a forma de estrela, que lhe dá o nome na literatura inglesa de "star fruit". Ela pode ser amarela ou esverdeada com sabor variando do ácido ao doce1.
Logo, o consumo da fruta por pessoas que possuem um histórico de patologias relacionadas aos rins não é indicado, pois, pode causar inclusive o óbito do paciente.
Sim, conforme Navarro, gestantes podem consumir o alimento. No entanto, assim como para outra pessoa saudável, é necessário comer o fruto da caramboleira moderadamente e evitando a ingestão durante um logo prazo.
Dos estudos incluídos, a maioria (67%, n = 8) se referia a relato de casos envolvendo indivíduos de ambos os sexos, dois artigos incluídos são de revisão (16%, n = 2) e 25% (n = 3) são estudos experimentais realizados em roedores.
No entanto, não há um consenso sobre qual é a dose em que a fruta pode se tornar tóxica. Vários relatórios clínicos sugerem que a dose tóxica pode variar dependendo de vários fatores, como algumas doenças, níveis de hidratação no momento da ingestão, consumo com o estômago vazio e a concentração de oxalato no extrato de carambola.
Segundo a nutricionista, diabéticos podem comer carambola, pois a fruta é rica em fibras, contribuindo positivamente para homeostase da glicose, o que inibe a atividade da α-amilase e atrasa a liberação do açúcar.
Ele contou que a pessoa tinha tomado 300 ml de suco de carambola de estômago vazio e, primeiramente, sofreu com um ataque repentino de vômito, náusea e dor abdominal dentro de horas e, depois disso, foi levado ao hospital.
De maneira geral, a carambola é sim uma fruta muito nutritiva e que oferece muitos benefícios para a saúde. Entretanto, ela possui um problema gravíssimo, que é a presença de uma neurotoxina em sua composição. No caso, essa neurotoxina é denominada de caramboxina, e pode ser extremamente prejudicial para a nossa saúde. Dentre os principais problemas que o excesso dela pode causar, é possível citar:
Em estudo recente publicado em 2013, foi descoberta uma toxina que seria a responsável pelos efeitos neurotóxico da carambola. Nesse estudo isolou-se a neurotoxina presente na fruta que atua especificamente inibindo o sistema GABAérgico. Os pesquisadores denominaram a neurotoxina de caramboxina, uma molécula não proteica, que difere do oxalato. Quando misturada em água e armazenada em temperatura ambiente, a caramboxina sofre uma reação que a torna inativa. Nesse estudo foram feitos testes com extrato bruto de carambola em ratos Wistar. O extrato bruto de carambola a partir de frutas fresca foi dado por gavagem para os ratos para induzir lesão renal aguda, e depois, o extrato bruto liofilizado de carambola (20 mg/mL) e caramboxina (0,1 mg/mL) solubilizado em solução salina foi aplicado por via intracerebral, sendo observadas as convulsões e eventuais óbitos.4
A carambola é rica em antioxidantes naturais, como vitamina C, β-caroteno e ácido gálico e é uma fonte de magnésio, ferro, zinco, manganês, potássio e fósforo. Além dos elevados valores nutricionais, ela ainda contém grandes quantidades de fibras e possui baixo teor calóricos. Segundo a nutricionista Bruna Navarro*, em cada 100g da fruta contém cerca de 30 quilocalorias.
O médico também orientou que pessoas que sofrem com hipertensão, diabetes e obesidade – que têm um risco mais elevado de desenvolver doença renal – ou indivíduos com histórico de doença renal na família devem evitar a carambola como medida de prevenção.
À primeira vista, é estranho pensar que uma fruta como a carambola possa ser prejudicial de alguma forma. Assim como outros alimentos naturais, as frutas são amplamente conhecidas por serem nutritivas e, consequentemente, benéficas para a nossa saúde. Entretanto, precisamos ter em mente que os nutrientes variam de uma fruta para outra e, portanto, seus efeitos acabam sendo bastante diferentes.
A nutricionista esclarece que a toxicidade da fruta é relacionada tanto com o consumo único, quanto com a ingestão de longo prazo. Por exemplo, o consumo de cinco a seis unidades do fruto todos os meses durante 2 a 3 anos e o consumo de uma carambola por dia durante um ano foram relatados como causadores de toxicidade.
Eles chegaram a essa conclusão depois que identificaram a presença de uma molécula, que chamaram de caramboxina. Essa substância é encontrada em baixas concentrações na fruta, porém, causa danos. Em pessoas com saúde normal, ela é eliminada pelo organismo, mas quem sofre com insuficiência renal retém o componente.
A carambola é uma fruta bastante presente na decoração de pratos, principalmente nas festas de fim de ano. Bonita e saborosa, ela é um perigo para pessoas portadoras de doença renal crônica. Isso porque a carambola contém uma substância que não é eliminada do organismo das pessoas que sofrem de problemas nos rins. A caramboxina é uma toxina presente nessa fruta e que, em excesso em nosso organismo, causa reações que vão desde soluços até convulsões.
As bases de dados consultadas foram Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), Literatura Internacional em Ciências da Saúde (PubMed), Scientific Electronic Library Online (SCIELO) e Google Acadêmico. A definição das palavras-chave foi realizada mediante consulta aos Descritores em Ciências da Saúde (DeCS). Utilizou-se o cruzamento das palavras-chave star fruit, intoxication; kidney; chronic kidney diseases e neurotoxic, em inglês; e carambola; intoxicação; rins; doença renal crônica e neurotoxina, em português. Foram selecionados 56 artigos, sendo excluídos 24 artigos duplicados. Após a aplicação dos critérios de inclusão, 20 artigos foram excluídos por abordarem o cultivo de carambola (n = 3), uso da carambola em outras doenças (n = 1), estudo com crianças (n = 1), tratamento e abordagem terapêutica na intoxicação (n = 7), não conseguir acesso pela internet (n = 7) e não ser nos idioma português e inglês (n = 1). Com isso, 13 artigos foram selecionados para compor o presente artigo. Sete referências não se enquadram no critério de inclusão, mas foram utilizadas para a descrição de conceitos e etiologia.
Ao longo do experimento, os cientistas conseguiram isolar e identificar a substância da fruta que causa o problema, a tal da caramboxina. O farmacêutico Norberto Lopes participou da pesquisa e explicou que essa molécula descoberta por ele é instável, derivada de um aminoácido natural e acaba sendo confundida pelo organismo.
O oxalato presente na fruta foi mencionado como sendo um possível candidato para causar nefropatia aguda e neurotoxicidade.10 De acordo com os artigos de revisão, o consumo de carambola deve ser evitado devido às complicações que ela causa no paciente com DRC.6,10
Isto ocorre devido à caramboxina ser filtrada e eliminada pelos rins. Assim, pessoas que possuem redução da função renal e consomem carambola apresentam elevação dessa toxina no sangue, o que pode causar soluços, confusão, vômito, convulsões e até mesmo óbito.
Problemas da carambola O excesso da caramboxina pode atingir o cérebro e ocasionar vômito, confusão mental, agitação psicomotora, convulsões e levar até mesmo à morte. Pessoas com propensão a formação de cálculos renais por ácido oxálico devem evitar o consumo da fruta.
Fonte de antioxidantes e vitaminas A, C e B, o alimento fortalece o sistema imunológico e combate os radicais livres, substâncias que prejudicam o organismo. Apesar dos benefícios, é comum ouvir que a carambola possui substâncias tóxicas que podem provocar problemas graves e até matar.
Uso de armadilhas e destruição de frutos podres são algumas maneiras para controlar a praga.
A carambola é o fruto da caramboleira (Averrhoa carambola), uma árvore ornamental de pequeno porte, da família das Oxalidaceae.
O diretor de teatro Danilo de Alencar diz que o maior alerta vem da natureza: “Pássaros não bicam a carambola, animal nenhum come a carambola porque eles têm os seus motivos”.