Sabemos o quanto é importante o papel dos professores em nossas vidas. São eles quem nos ensinam e nos preparam para enfrentar os desafios da vida. E se tratando de educação inclusiva, essa tarefa se torna um desafio ainda maior para os professores, pois exige que possuam amplo conhecimento, adquiram diversas competências e tenham mais responsabilidade.
Portanto, os estudos mostram a necessidade de olhar para todos os âmbitos da educação inclusiva, tendo a necessidade de verificar e modificar questões não apenas didáticas (recursos e estratégias de ensino), como também estrutural (ambiente interno e externo da instituição), levando-se em conta a diversidade de casos e especificidades de cada aluno com necessidade educacional especial.
Observa-se que este planejamento do professor ou das equipes com profissionais especializados pode não acontecer ocasionando assim a exclusão destes alunos com necessidades educacionais especiais, como também a não utilização de recursos que possibilitem englobar todos na perspectiva da inclusão escolar, permitindo isolamentos de alguns ou atividades diferenciadas e sem proposição pedagógica adequada ao currículo escolar.
A partir da análise dos dados verificou-se que os 16 artigos relatam a necessidade da inserção de adaptações e utilização de recursos no ensino objetivando facilitar o processo de inclusão escolar para os alunos com NEEs, para que estes possam participar ativamente do processo de ensino.
O atendimento educacional às pessoas com deficiência passou por vários paradigmas (institucionalização total, parcial, integração e inclusão), funcionando e evoluindo de acordo com as ideias científicas predominantes em cada época, com as concepções e os modelos de homem e de sociedade presentes nos diversos momentos históricos.
Percebeu-se ênfase nas dificuldades dos alunos, sendo aqueles com deficiência, por vezes, desconsiderados como sujeitos ativos no processo de suas construções educacionais, profissionais e sociais (GOMES; GONZALEZ REY, 2008). Apesar de ter sido verificado que o cuidar é visto como parte do trabalho pedagógico (MELO; FERREIRA, 2009), esse trabalho parece ser permeado por preconceitos nas relações escolares (JURDI; AMIRALIAN, 2006), por descrença quanto à influência da escola sobre a educação, principalmente no caso das altas habilidades (MAIA-PINTO; FLEITH, 2002) e por desarticulação presente na fala dos professores a respeito da dificuldade do aluno e dificuldade nos métodos pedagógicos, com ênfase na dificuldade apresentada pelos alunos (GUARINELLO et al., 2006). Além disso, os professores tenderam a perceber a inclusão como atendimento de crianças deficientes e proteção, levando, de acordo com Sekkel, Zanelatto e Brandão (2010), à exclusão do grupo.
Houve poucos estudos com foco na participação de alunos sem deficiência e na participação conjunta de alunos. Com base no estudo de Batista e Enumo (2004), que verificou que a percepção sobre os comportamentos de alunos com deficiência, considerados inadequados pelos colegas, promove a estigmatização, afirma-se a necessidade de maior número de estudos que analisem a interação entre as crianças no contexto inclusivo. Verifica-se, também a necessidade de estudos que tenham por objetivo estudar a interação realizada no contexto escolar a partir de observações, sejam elas sistematizadas ou não, uma vez que a maior parte dos estudos lidos teve como técnica de coleta a aplicação de questionários e realização de entrevistas, confirmando dados anteriores de Dias e Omote (1990).
Essa situação reforça a ideia de investimentos no ensino itinerante, não apenas como instrumento de suporte e capacitação aos professores regulares, mas também como agente de "internalização" nas escolas da política de inclusão de pessoas com necessidades especiais.
Educadora Especial com habilitação em Educação Especial pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM/Brasil), concluiu o Mestrado em Educação pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ/Brasil) em 2005, onde atualmente cursa o doutorado em Educação. Atua como professora de Pedagogia do Instituto Multidisciplinar da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
This article aims to raise some aspects related to the formation of teachers in Brazil, with emphasis to the inclusion of people with special educational needs in the regular education. For such, we will base ourselves in three references: the national legislation and the specific political guidelines of the Education Cabinet (MEC); the result of researches and the specialized literature over the theme. The text is organized in three parts. First, we deal with the grounding of the formation of teachers established in the official documents. Then, we show the results of different researches about the theme. At last, we trace alternatives for the educational inclusion.
Com relação aos fatores categorizados como sociais, chama a atenção a quase ausência dessa dimensão na fala das entrevistadas. Consideramos que tal lacuna está associada à ênfase dada pelas professoras aos aspectos individuais, configurando-se como uma forma de expressão da relação dos indivíduos com a vida social em que os dois aspectos (indivíduo e sociedade) são percebidos como isolados.
Para efetivação do processo de inclusão escolar, não se deve apenas pensar nos recursos e estratégias a serem utilizados, é necessário ter um olhar mais amplo, um olhar para a estrutura externa do ambiente educacional, como também para o interior da instituição, observando a forma como este aluno chega à escola e como este adentra o prédio.
A inserção de uma disciplina ou a preocupação com conteúdos sobre crianças com necessidades educativas especiais pode redundar em práticas exatamente contrárias aos princípios e fundamentos da educação inclusiva: a distinção abstrata entre crianças que possuam condições para se inserir no ensino regular e as que não as possuam, e a manutenção de uma escola que, através de suas práticas, tem ratificado os processos de exclusão e de marginalização de amplas parcelas da população escolar brasileira (1999b, p. 18).
Percebeu-se, também, a necessidade de trabalho pedagógico e de equipe muldisciplinar centrado não nas deficiências apresentadas, mas nas possibilidades do aluno, relacionadas à postura de sujeito construtor de suas relações sociais (GOMES; GONZALEZ REY, 2008), em acordo com a necessidade de um olhar de mudanças e inquietações, aliado à necessidade de se considerar as pessoas, suas histórias, crenças, trajetórias pessoais, percepções, entre outros (SILVEIRA; NEVES, 2006).
Desse modo, é central que os esforços de formação docente para atuação na perspectiva da educação inclusiva levem em consideração as condições de trabalho do professor e de seu coletivo. Para isso, é fundamental que os profissionais envolvidos na escola sejam convidados a refletirem de forma conjunta sobre sua atuação, de modo que possam realizar uma avaliação constante de suas práticas pedagógicas.
Ressalta-se a escassez de estudos nacionais sobre a temática e a atuação de profissionais de outras áreas, como a da saúde, exemplificando os Terapeutas Ocupacionais, na Educação Inclusiva. Dessa forma considera-se a importância de investimentos com estudos sobre as contribuições que os profissionais da área da saúde podem dar pensando na relação entre recurso terapêutico e a prática educacional.
Ao estudar o desenvolvimento das pessoas com deficiência, Lev Seminovich Vigotski (1896-1934), importante psicólogo russo, introduz uma nova forma de investigação e compreensão da anormalidade. Para o pesquisador, principal autor da perspectiva histórico-cultural, o desenvolvimento deve ser analisado a partir de uma base qualitativa, pois não é possível se pautar em expectativas definidas por prognósticos clínicos.
Este artigo tem como objetivo levantar alguns aspectos relativos à formação de professores no Brasil, com ênfase para a inclusão de pessoas com necessidades educacionais especiais no ensino regular. Para tal tomaremos como base três referências: a legislação nacional e as diretrizes políticas específicas do Ministério da Educação (MEC); o resultado de pesquisas e a literatura especializada sobre o tema. O texto está organizado em três partes. Primeiro abordamos a fundamentação da formação de professores estabelecida nos documentos oficiais. Em seguida, apresentamos os resultados de diferentes pesquisas sobre o tema. Por fim, traçamos alternativas para a inclusão educacional.
Assim, a educação inclusiva emerge no cenário político sinalizando mudanças radicais no interior da escola. Afinal, a partir da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional - LDBN - n. 9.394/96, todas as crianças, independentemente de suas condições desenvolvimentais, têm o direito de atendimento educacional público, preferencialmente em salas regulares.
É relevante destacar que, de modo geral, a formação recebida pelos professores influencia diretamente no desenvolvimento dos alunos (LIBÂNEO, 1998). No caso específico aqui tratado, de fato, como ressalta Braibant, "a aquisição de competências e habilidades pelo aluno com necessidades especiais tem no professor o indispensável apoio e a orientação segura para o seu desenvolvimento" (1999 apud MEC/SEESP 2003, p. 37). Por outro lado, isto ocorre de forma mais intensa quando, a partir de sua formação, o professor alimenta sua própria capacidade reflexiva no trabalho em equipe. Como salienta Ainscow (1997), a reflexão crítica em equipe é fundamental para criar as condições para a implementação da educação inclusiva.
Orientar e mediar o ensino para a aprendizagem dos alunos; responsabilizar-se pelo sucesso da aprendizagem dos alunos; assumir e saber lidar com a diversidade existente entre os alunos; incentivar atividades de enriquecimento curricular; elaborar e executar projetos para desenvolver conteúdos curriculares; utilizar novas metodologias, estratégias e material de apoio; desenvolver hábitos de colaboração e trabalho em equipe (MEC, 2000, p. 5, grifo nosso).
De fato, o processo de escolarização pode servir ao embrutecimento ou à emancipação do sujeito. No primeiro caso, há uma ratificação da incapacidade do outro, reduzindo-o e considerando-o inferior. No segundo, há por parte do mestre um forçar da capacidade do aprendiz que, até então, se desconhecia ou negava, desenvolvendo-a por seu reconhecimento.
Os estudos indicaram que há pouca participação de profissionais de apoio, bem como disponibilização de materiais e recursos didáticos para a prática educacional de alunos com deficiências. Sem a participação efetiva da equipe de apoio, os professores trabalham sem maiores informações sobre as dificuldades apresentadas, de modo que a naturalização das condições existentes acaba se constituindo como uma possível barreira a mudanças e como defesa.
isso é uma coisa que os pais gostam muito. Dizem: Olha que bacana! Todos os anos meu filho tem um colega que tem uma necessidade especial. A escola vê o meu filho como um todo, se o meu filho precisar de alguma coisa, o meu filho também vai ter um atendimento especial.
A Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva tem como objetivo assegurar a inclusão escolar de alunos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades/superdotação, orientando os sistemas de ensino para garantir: acesso ao ensino regular, com participação, ...
Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva. Brasília: MEC/SEESP, 2008. BRASIL. Decreto nº 6.
Nova Política Nacional de Educação Especial segrega crianças com deficiência. ... A PNEE incentiva que haja classes e escolas especiais para crianças com deficiências, transtornos globais do desenvolvimento, e altas habilidades ou superdotação.
Seu principal objetivo é assegurar o acesso, a participação e a aprendizagem de todos os indivíduos, sem qualquer exceção. “Educação inclusiva é uma modalidade de ensino que permite a convivência e a integração das pessoas com deficiência dentro da escola regular garantindo a todos o direito à escolarização.
Stainback e Stainback (1999) complementam essa definição, especificando que o objetivo da inclusão é criar uma comunidade em que todas as crianças trabalhem juntas e desenvolvam repertório de ajuda mútua e apoio dos colegas.
A educação inclusiva pode ser entendida como uma concepção de ensino contemporânea que tem como objetivo garantir o direito de todos à educação.
A Educação Inclusiva se configura na diversidade inerente à espécie humana, buscando perceber e atender as necessidades educativas especiais de todos os sujeitos-alunos, em salas de aulas comuns, em um sistema regular de ensino, de forma a promover a aprendizagem e o desenvolvimento pessoal de todos.
Como vimos, a Educação Especial é uma modalidade de ensino que se destina a alunos com alguma deficiência. Já a Educação Inclusiva é aquela que desperta o senso de pertencimento entre os alunos, ensinando eles a conviverem com a diferença.
Educação especial é uma modalidade de ensino que tem como objetivo principal promover o aprendizado e o desenvolvimento das habilidades das pessoas com deficiência, em escolas regulares ou especializadas, em todos os níveis e graus do sistema de ensino.
A Educação Especial é definida pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, em seu capítulo V, artigo 58, como: “[...] a modalidade de educação escolar, oferecida preferencialmente na rede regular de ensino, para educandos portadores de necessidades especiais” (BRASIL, 1996).
A educação inclusiva no Brasil Hoje, com as novas diretrizes do PNE, escolas regulares recebem alunos com necessidades especiais. Para que isso ocorra, as instituições de ensino precisam passar por adaptações, como a implementação de rampas de acesso. ... Assim, um estudante com deficiência visual pode acessá-lo.
O pesquisador Romeu Kasumi Sassaki conceitua “inclusão social” como o processo pelo qual a sociedade se adapta para poder incluir, em seus sistemas sociais gerais, pessoas com necessidades especiais e, simultaneamente, estas se preparam para assumir seus papéis na sociedade.
Os resultados da pesquisa apontaram que apesar de favoráveis à inclusão de alunos com deficiência no ensino comum, os professores evidenciam dificuldades com esse processo, enfrentando desafios como a falta de formação voltada à inclusão, as salas de aula numerosas, a falta de tempo para o atendimento individualizado ...
Portanto confira alguns dos principais desafios da inclusão escolar no cotidiano da escola regular.
O estudo aponta como dificuldade, a falta de formação, o despreparo, à falta de recursos, deslocando o problema para o aluno. Contata-se que a educação inclusiva tem trazido inquietações, insegurança e um desafio para os professores que se percebem despreparados para atuar com alunos incluídos.
Seja um professor que respeita o ritmo de aprendizagem de cada aluno. Alunos especiais podem ter vários tipos de dificuldades, e sem dúvida o maior desafio é quando essa dificuldade é intelectual, ou seja, a criança não consegue aprender com a mesma facilidade e rapidez do que seus colegas de classe.
“Os maiores desafios que encontramos em uma instituição como a escola ou em uma sociedade que não avançou no sentido da inclusão, é repensar as suas próprias regras, o próprio modo de atuar a partir de práticas naturalmente excludentes, que consideram as diferenças em alguns e não em todos.”