A radiação ionizante é capaz de alterar o número de cargas de um átomo, mudando a forma como ele interage com outros átomos. Pode causar queimaduras na pele e, dentro do corpo, dependendo da quantidade e intensidade da dose, causar mutações genéticas e danos irreversíveis às células.
Outra importante consequência do acidente de Chernobyl foi o aumento da quantidade de câncer na população ucraniana e bielorrussa, principalmente. Existem estudos que apontam que, até 2005, cerca de 6 mil crianças desenvolveram câncer de tireoide em consequência da exposição à radiação.
A imunidade, na maioria das vezes, não é alterada pela radioterapia. Durante o tratamento, muitas vezes, nem mesmo é necessário a realização de exames de sangue periódicos, para verificar se houve dano a imunidade.
O paciente pode ficar tranquilo porque sua família, amigos e colegas de trabalho não estarão expostos a nenhum tipo de radiação”, ensina Ferrigno. O medo de queimaduras e lesões de pele nem sempre tem razão de ser e é outro estigma que costuma acompanhar o paciente e traz dúvidas até mesmo entre profissionais da saúde.
Os efeitos colaterais mais esperados da radioterapia, hoje diminuídos pela alta tecnologia, são basicamente ardência e urgência urinária e também aumento da frequência evacuatória (fezes), normalmente autolimitadas, de melhora esperada para após alguns dias do término do tratamento.
O tratamento radioterápico convencional (fracionamento convencional) para câncer de próstata é realizado entre 35 a 40 sessões.
Para braquiterapia de alta taxa de dose, tubos ou cateteres são colocados dentro da próstata, também, enquanto o paciente está sob anestesia, e uma dose elevada de radiação é liberada ao longo de alguns minutos, muitas vezes em várias sessões. A fonte de radiação é, em seguida, removida do corpo.