Resposta: Bem, se a memória é aquilo que "gravamos" do que apreendemos ao observar, ao participar da vida em sociedade, a identidade seria construída a partir dos vínculos sociais que mantém coesa essa sociedade, pois o indivíduo assimilará a cultura dessa civilização.
Michael Pollak nasceu em Viena, Áustria, em 1948, e morreu em Paris em 1992. Radicado na França, formou-se em sociologia e trabalhou como pesquisador do Centre National de la Recherche Scientifique -CNRS. ... Prestamos hoje uma homenagem póstuma a este grande expoente das ciências sociais na França.
O processo de enquadramento da memória implica na destituição do homem, principalmente do homem simples, da condição de fazer história. O conteúdo das histórias individuais é silenciado e as ações de grupos ou homens que não pertençam aos círculos oficiais são praticamente impedidas de ganhar relevância.
A experiência vivida do velho, neste embate, se configura como aspecto representativo do que se denomina memória subterrânea ou marginalizada (POLLAK, 1992; 1989). É este movimento que conceituo como Expressão do Silêncio. Há um erro em considerar essa forma expressiva do silêncio como mera passividade do sujeito.
As narrativas históricas, nesse contexto, refletem um processo incessante de seleção e reconstrução de vestígios do passado. 2 Portanto, para estes autores, tanto a história como a memória lidam com a descontinuidade do tempo moderno.