Possui graduação em Medicina pela Universidade Nacional de Córdoba, Argentina (2008). Possui mestrado em Promoção da Saúde e Desenvolvimento Social, em graduação conjunta pela Universidade Pública de Navarra e pela Universidade de Bordeaux (2017).
Surgiu a partir de pesquisas com novos pesticidas nos anos 1950, mas acabou se mostrando tóxico demais para o uso na agricultura. Foi então desenvolvido para uso militar, como arma química.
A tetrodotoxina, abreviada como TTX, é uma neurotoxina hidrofílica, não proteica, produzida por várias espécies de seres aquáticos, como peixes, moluscos, artrópodes, anfíbios e bactérias, sendo cerca de 100 vezes mais tóxica do que os cianetos.
Em geral, toxinas ingeridas e absorvidas causam sintomas sistêmicos. Substâncias cáusticas e corrosivas prejudicam principalmente as mucosas do trato gastrintestinal, causando estomatite, enterite ou perfuração. Algumas toxinas (p. ex., álcool, hidrocarbonetos) causam odores característicos ao hálito. O contato da pele com toxinas pode causar vários sintomas agudos cutâneos (p. ex., exantema, dor, bolhas); a exposição crônica pode causar dermatites.
As intoxicações bacterianas podem surgir da ingestão de água ou alimentos contaminados ou mal armazenados. Aqui estão algumas das toxinas bacterianas mais comuns.
Na maioria dos casos, os exames laboratoriais auxiliam muito pouco. Testes padronizados facilmente disponíveis para identificar drogas ilícitas comuns (denominadas “triagem toxicológica”) são qualitativos, não quantitativos. Esses testes podem fornecer resultados falso-positivos ou falso-negativos, e só analisam um limitado número de substâncias. Além disso, a presença de uso abusivo de fármacos não necessariamente indica que o fármaco causou os sinais e sintomas do paciente (isto é, um paciente que tenha tomado recentemente um opioide pode, na verdade, estar inconsciente em razão de uma encefalite, não por causa do fármaco). Exame de urina é recomendado, mas tem valor limitado e detecta classes de drogas ou metabólitos em vez de drogas específicas. Por exemplo, identificação de opioides na urina por imunoensaio não detecta fentanila ou metadona, mas reage com pequenas quantidades de morfina ou análogos da codeína. O teste usado para identificar cocaína detecta um metabólito em vez da própria droga.
O reconhecimento da toxídrome (p. ex., anticolinérgicos, colinérgicos muscarínicos, colinérgicos nicotínicos, opioides, simpatomiméticos, síndrome de abstinência) pode ajudar a estreitar o diagnóstico diferencial.
O veneno está presente também nos polvos de anéis azuis (gênero Hapalochlaena) e em alguns sapos brasileiros. Por incrível que pareça, algumas pessoas criam essa espécie de polvo em aquário, e existem registros de acidentes fatais com ele envolvendo pessoas em ambiente doméstico.
Muitas outras substâncias são altamente tóxicas para os seres humanos, animais em geral e plantas. A lista a seguir traz uma pequena fração das substâncias perigosas à nossa saúde, com os compostos e elementos mais conhecidos do público em geral. Alguns são elementos químicos, outros são produzidos por plantas, ou por animais, ou ainda são substâncias sintéticas ou subprodutos de processos industriais.
Hidratação venosa na hipotensão. Se não forem eficazes, monitoramento invasivo hemodinâmico é necessário para conduzir a terapia com líquidos e vasopressores. O vasopressor de primeira escolha na maioria dos casos de hipotensão induzida por intoxicação é a infusão de noradrenalina, 0,5 a 1 mg/min IV mas o tratamento precisa ser imediato se outro vasopressor estiver imediatamente disponível.
Toxinas inaladas produzem sintomas e danos às vias respiratórias superiores se forem solúveis em água (p. eg., cloro, amônia) e sintomas e danos às vias respiratórias inferiores (parênquima pulmonar) e edema pulmonar não cardiogênico se forem menos solúveis em água (p. eg., fosfogênio). Inalação de monóxido de carbono, cianeto ou sulfeto de hidrogênio pode causar isquemia dos órgãos ou parada cardíaca ou respiratória. O contato dos olhos com as toxinas (sólidas, líquidas ou vapores) pode danificar córnea, esclera e cristalino, causando dor nos olhos, rubor e perda de visão.
Curiosamente, essa propriedade paralisadora é aproveitada no uso clínico da toxina no cosmético Botox. Injeções de minúsculas quantidades da toxina impedem o funcionamento normal de músculos, relaxando-os e assim impedindo a formação de rugas.
Além disso, a substância é altamente carcinogênica, e, como se não bastasse, explode em contato com a água. Assim, essa substância é perigosa em mais de um nível: tóxica, carcinogênica e explosiva.
Qualquer região do corpo (incluindo olhos) exposta à toxina deve ser lavada com grandes quantidades de soro fisiológico ou água. É preciso remover roupas contaminadas, incluindo meias, sapatos e adereços. Os adesivos tópicos e os sistemas de administração transdérmica são removidos.
A sigla VX significa “venomous agent x” (“agente venenoso x”), sendo um dos agentes nervosos V mais conhecidos. É mais potente que o gás Sarin, que funciona de forma semelhante.
S. aureus é uma bactéria Gram-positiva pertencente à família Micrococcaceae. As células têm a forma de cocos, apresentam-se frequentemente agrupados em cacho e são imóveis. Quando em condições favoráveis, produz toxinas – enterotoxinas – que são o agente responsável pela intoxicação alimentar.
Podemos dizer que entre os fatores de virulência bacterianos estão as adesinas, as invasinas e os fatores que inibem as defesas do hospedeiro. Os fatores de virulência são necessários aos microrganismos patogênicos para invadir, colonizar, sobreviver, multiplicar no interior das células do hospedeiro e causar doença.
As endotoxinas são encontradas em maior quantidade em dentes sintomáticos que naqueles assintomáticos. Como componente da parede celular das células Gram-positivas está o peptidioglicano, cuja contagem é 40% da massa das células, ligado de modo covalente ao ácido lipoteicoico.
Diferença entre bactéria Gram-positiva e Gram-negativa Já as bactérias Gram-negativas possuem uma parede de peptidoglicano mais fina que não retém o cristal violeta durante o processo de descoloração e recebem a cor vermelha no processo de coloração final.
A parede celular é uma camada muito resistente, flexível e ocasionalmente rígida. Está presente em células vegetais, bactérias e fungos. As células animais não possuem parede celular. A parede celular envolve a membrana celular e fornece à célula suporte estrutural e proteção.
A parede celular pode ser primária e secundária: