A hiperplasia nodular focal é um tumor benigno localizado no fígado, com cerca de 5 cm de diâmetro, e que pode acontecer devido a alteração na formação de uma artéria ou ser consequência do uso de anticoncepcionais.
Na maioria dos casos, os tumores hepáticos benignos não são detectados porque não causam sintomas. Quando são detectados, geralmente é porque um paciente precisou de um exame de imagem médica, como ultrassonografia, tomografia computadorizada ou ressonância magnética, para outra condição.
IIIProfessores Doutores da Disciplina de Medicina Nuclear da Faculdade de Medicina de Botucatu Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (Unesp), Botucatu, SP, Brasil
O diagnóstico é realizado por meio de exames de imagens, sobretudo a tomografias computadorizadas. Também é possível identificá-la (com 98% de garantia) em ressonâncias magnéticas do fígado.
Em resumo, a hiperplasia nodular focal é uma lesão benigna e assintomática do fígado, geralmente descoberta acidentalmente durante exames de imagem realizados por outros motivos. O diagnóstico é feito através de exames de imagem e, em alguns casos, pode ser necessário realizar uma biópsia hepática para confirmar o diagnóstico. A causa da hiperplasia nodular focal ainda não é completamente compreendida, mas estudos sugerem que pode estar relacionada a anomalias no desenvolvimento dos vasos sanguíneos do fígado. O tratamento é geralmente desnecessário, mas em casos raros a remoção cirúrgica dos nódulos pode ser considerada.
Apesar de não ser um problema grave na maioria dos casos, é importante que se mantenha acompanhamento periódico da saúde do órgão com um especialista, pois a doença muitas vezes é achada em processo de investigação e tratamento de outras doenças associadas.
A hiperplasia nodular focal do fígado é um tipo de tumor benigno que acomete as células metabólicas do fígado. É o segundo tumor benigno de fígado mais comum, ficando atrás apenas dos hemangiomas. Em dados estatísticos, corresponde a cerca de 8% dos tumores hepáticos primários, isto é, que se iniciam no próprio fígado.
A HNF não possui causas bem esclarecidas na comunidade médica, porém, há o consenso entre profissionais e cientistas de que ela suja a partir de más formações vasculares, que aumentam o fluxo local de circulação sanguínea. Com o fluxo sanguíneo aumentado, as hiperplasias, células presentes no fígado, se multiplicam e geram o tumor.
Atualmente, não entendemos completamente o que causa a HNF. No entanto, está frequentemente associado a vasos sanguíneos anormais no fígado, o que levou à teoria de que o crescimento é uma resposta ao aumento do fluxo sanguíneo.
Na maioria dos casos, ele se manifesta em nódulo único, mas alguns pacientes podem apresentar a doença de forma multifocal, ou seja, com mais de um nódulo benigno. Existem pacientes que têm hiperplasia nodular focal do fígado junto a outras doenças, como os adenomas.
Geralmente, a hiperplasia nodular focal é assintomática e não necessita de tratamento, no entanto, deve-se ir ao médico com regularidade de forma a acompanhar a sua evolução. Na maior parte dos casos, as lesões permanecem estáveis em número e dimensão e raramente se verifica a progressão da doença.
Na grande maioria das vezes o tumor HNF é descoberto ao acaso, especialmente em meio a baterias de exames de rotina. Isso se dá uma vez que a condição quase nunca apresenta sintomas.
VIIIProfessor Doutor da Disciplina de Pediatria e Hepatologia da Faculdade de Medicina de Botucatu Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (Unesp), Botucatu, SP, Brasil
Técnicas diagnósticas não-invasivas são cada vez mais utilizadas(3,8,12), tais como: a) ultra-som; b) tomografia computadorizada, que permite grande acurácia na diferenciação dos tipos mais comuns de tumores hepáticos com cicatriz central, incluindo HNF, carcinoma hepatocelular fibrolamelar e hemangioma de grande tamanho; c) cintilografia hepatoesplênica; d) ressonância magnética. Um achado útil no diagnóstico de HNF é a evidência de aumento da captação hepática à cintilografia hepatoesplênica, permitindo diferenciá-la de outras massas hepáticas. A ultra-sonografia, a tomografia computadorizada e a ressonância magnética podem evidenciar massa hepática de características benignas, sendo típica, porém não universal, a presença de cicatriz central. Na angiografia pode ser encontrada configuração hipervascular radial característica, porém pouco freqüente(3).
A hiperplasia nodular focal é a segunda forma mais comum de tumor benigno do fígado após os hemangiomas. Esses tumores ocorrem principalmente em mulheres entre 20 e 30 anos de idade. Como as outras formas de tumores benignos do fígado, geralmente são descobertos durante exames de imagem para outras condições.
Paciente do sexo feminino, negra, 19 anos de idade, apresentou-se aos seis anos de idade com queixa de dor no mesogástrio e distensão abdominal. Ao exame físico apresentava-se em bom estado geral, corada e hidratada. O peso e a estatura estavam próximos ao 25º percentil de acordo com a idade cronológica (peso: 20,4 kg; estatura: 116 cm). O fígado estava palpável a 6,5 cm da borda costal direita e a 11,5 cm do apêndice xifóide, era indolor, de superfície irregular e de consistência endurecida. Os "testes de função hepática" estavam normais.
A maioria dos pacientes com HNF do fígado não apresentará quaisquer sintomas e o crescimento será encontrado incidentalmente quando a imagem do abdome for realizada por outros motivos. Em casos raros, o crescimento se tornará grande o suficiente para causar sintomas como dor abdominal
Em grande parte dos casos de sua manifestação, a hiperplasia nodular focal não exige tratamento. Vale ainda destacar que ela costuma ser diagnosticada em exames rotineiros e não consiste em uma lesão que posteriormente pode se transformar em um cancro (câncer) maligno.