Com o fim do tráfico de escravos africanos foi motivado por razões econômicas. As nações europeias, principalmente a Inglaterra, viram no continente africano uma fonte profícua de riqueza. A manutenção do sistema de comércio de pessoas era inviável para a exploração dos recursos naturais do continente.
O Brasil foi o último país do continente americano a abolir a escravidão, que só veio a acontecer em 1888, através da Lei Áurea, criada a partir da pressão popular.
Além do Brasil, Portugal mantinha outras colônias espalhadas no litoral africano (século XV), sendo todas elas de exploração. Na África, essas colônias tinham feitorias, locais onde os portugueses aprisionavam, escravizavam e compravam africanos, dando início assim a uma relação que perdurou durante séculos de dominação.
2ª: Esses cativos, após a chegada dos europeus no século XV e a proposta da “cristianização”, se recusavam a trocar sua religião materna pela religião católica e, como “punição”, eram enviados para as colônias para serem cristianizados pelos jesuítas.
Vale lembrar também que, naquela época, ter escravos era sinônimo de riqueza, ou seja, o tráfico negreiro enriqueceu muitos donos de engenho, seja pelo aumento da produção, seja pela posse numérica de muitos escravos.
Deste modo, o início do tráfico negreiro no Brasil foi em meados do século XVI, estimulado principalmente pelas fazendas que produziam cana-de-açúcar no nordeste brasileiro. Desde então, começou a ser rotina da coroa portuguesa organizar expedições para a África, sequestrar nativos, levá-los para o Brasil e leiloá-los/distribuí-los nos portos da colônia.
Em posse de escravos em solo africano, os portugueses concluíram que essas pessoas seriam mais úteis no Brasil, até porque era uma colônia recente e que precisaria de um grande esforço para sua exploração. Foi nesse contexto que se solidificou a dinâmica de escravidão na África, possibilitando assim a Portugal intensificar a rotina de escravidão por meio do tráfico negreiro.
Como já sabemos, em 1822 foi decretada a independência do Brasil diante de sua metrópole, Portugal, devido a diversos fatores que não nos cabe discorrer aqui, mas em um futuro post a respeito. No entanto, apesar de sua independência, a questão da escravização de povos africanos persistiu, diferentemente de outras colônias que se tornaram independentes como o Haiti.
Mesmo com o fim do tráfico negreiro, a escravização não foi abolida no mesmo instante, sendo marcada por uma abolição lenta e gradual, criando várias leis que não surtiam efeitos reais como a Lei do Ventre Livre que tornava livre as crianças nascidas a partir da data da promulgação.
No fim do século XVIII, as colônias começaram a ter revoltas internas em prol da libertação dos cativos. A mais expressiva delas foi a do Haiti, que conquistou a sua independência por meio das revoltas dos escravizados. Foi a única colônia que teve sua independência realizada totalmente por eles.
Como vimos, todo esse processo de escravização dos povos africanos, iniciado com a chegada dos europeus no continente africano, o tráfico negreiro, e as demais situações vivenciadas por esses povos, foi marcado por grande sofrimento.
Porém, por volta do século XIX, quase todos os países europeus colonizadores começaram a abolir o tráfico negreiro para as suas colônias. Essa prática foi adotada para que o número de pessoas escravizadas não aumentasse.
Utilizar a mão de obra escrava para a exploração do território africano, assim como estimular o mercado consumidor, proibindo o tráfico negreiro e consequentemente a escravidão – visando estimular o assalariamento – contribuiria para o desenvolvimento industrial inglês.
Os pensamentos que impulsionaram o trabalho escravo foram sendo questionados a medida em que o iluminismo e o liberalismo passaram a vigorar, a partir do século XVIII.
Em 1850, diante dessas novas dificuldades impostas pela Inglaterra, o Império, já sob o comando de Dom Pedro II, decretou a Lei Eusébio de Queiroz, tornando proibido o tráfico de povos africanos para o Brasil.
Sendo assim, percebemos que o tráfico negreiro foi responsável pelo transporte de milhões de escravos da África para o Brasil. Além disso, notamos que essa prática foi importante para suprir a demanda de mão de obra na principal colônia portuguesa, contudo, suas marcas de opressão e exploração são irreparáveis e, até hoje, são debatidas por toda a sociedade.
(Adaptado de Luiz Felipe de Alencastro. O trato dos viventes: formação do Brasil no Atlântico Sul (séculos XVI e XVII). São Paulo: Companhia das Letras, 2000, p. 61-63.)
O fim do tráfico de escravos africanos foi motivado por razões econômicas. ... Foi aprovado em Em 4 de setembro de 1850 a lei que proibia o tráfico,a lei gerou efeitos imediatos na estrutura do tráfico africano e a entrada de novos escravos baixou a zero em apenas três anos./span>
Lei Eusébio de Queirós (1850), Lei do Ventre Livre (1871), Lei dos Sexagenários (1885) e Lei Áurea: promulgada dia 13 de maio de 1888./span>
A lei n. 581, de 4 de setembro de 1850, conhecida como Lei Eusébio de Queirós, estabeleceu medidas para a repressão do tráfico de africanos no Império. Sua promulgação é relacionada, sobretudo, às pressões britânicas sobre o governo brasileiro para a extinção da escravidão no país./span>
A Lei Eusébio de Queirós foi resultado da campanha inglesa para que o Brasil acabasse definitivamente com o tráfico negreiro, atividade comercial que existia desde o século XVI e que foi responsável por trazer quase cinco milhões de africanos escravizados para o Brasil.
Também conhecida como “Lei Rio Branco”, foi assinada em 28 de setembro de 1871 pela princesa Isabel, como resposta às revoltas abolicionistas brasileiras vindas de correntes internacionais. O objetivo da lei era possibilitar o processo de abolição da escravidão de forma lenta e gradual./span>
Qual foi a solução encontrada pelas elites agrárias para compensar a necessidade de escravos, após a Lei Eusébio de Queiroz? ... Estabelecia que apenas escravos poderia trabalhar nas terras. Estabelecia que não se poderia doar mais terras, só poderia comprá-las.
As consequências da Lei Eusébio de Queirós, que proibiu o tráfico de escravos para o Brasil, seriam o prejuízo dos latifundiários, que "dependiam" da mão de obra escrava para ampliarem os seus ganhos, mas estas consequências foram rapidamente aliviadas com a promulgação da Lei de Terras, que reorganizou o poder dos .../span>
Como a economia brasileira era fortemente apoiada na exportação de café, o país passou por uma crise. O café se acumulava e apodrecia nos armazéns à espera do aumento do preço de venda que cobrisse os gastos com a produção. Isso não ocorreu e o destino da maioria da produção cafeeira foi o lixo./span>
Com o fim do tráfico negreiro,muitos agricultores ficaram revoltados com Dom Pedro II então eles começaram a apoiar a ideia da República,para acabar com a Monarquia de Dom Pedro,assim após o feito vários colonos passaram da economia agrícola para a economia industrial,assim se movendo para cidades urbanas etc./span>
O tráfico negreiro para o Brasil foi iniciado por volta da década de 1550, pelos motivos explicados anteriormente. O comércio ultramarino de escravos no Brasil estendeu-se por três séculos e encerrou-se somente em 1850, quando foi decretada a Lei Eusébio de Queirós.
Resposta. Resposta: em 1808, os ingleses pressionavam a coroa portuguesa pelo fim do tráfico negreiro./span>
Os primeiros escravos negros chegaram ao Brasil com a expedição de Martim Afonso de Souza em 1530, vindos da Guiné. A partir da década de 1550, o comércio negreiro intensificou-se, sendo oficializado em 1568 pelo governador-geral Salvador Correa de Sá./span>
Os primeiros escravos africanos chegaram ao Brasil em meados do século 16. Os negros trazidos da África foram destinados a trabalhos como a agromanufatura açucareira no Nordeste e à extração de metais preciosos em Minas Gerais. A libertação total dos escravos só aconteceu em 1888, com a promulgação da Lei Áurea./span>