ALMEIDA, Júlia Arantes de [1], RODRIGUES, Tatiana Mota [2], MACHADO, Cintia Martins [3], ROCHA, Marcela Pioto [4]
Levando em consideração todos os trabalhos científicos utilizados para construir este artigo, consideramos que, existem vários fatores em que predispõe a DPP, começando durante a gravidez, por alterações hormonais, mudanças no corpo, dificuldades na relação com familiares e após o parto, por insegurança no cuidado do bebê, atraso no desenvolvimento, a ausência de tempo para dormir e cuidar de si mesma, trazendo um grande risco de suicídio. O enfermeiro tem um grande papel desde o acompanhamento do pré-natal, com a atenção primária, ou seja, na prevenção da doença, garantindo à frequência de idas as consultas de pré-natal, identificação e enfrentamentos de sintomas surgidos, auxilio na relação com familiares, grupos de apoio de ensinamentos no cuidado do bebe.
No Brasil, a importância do assunto começou a ser reconhecida e na década de 1990, com a abertura do primeiro ambulatório para tratamento de distúrbios mentais puerperais, no Hospital das Clínicas, em São Paulo. Entretanto, os estudos e publicações em português sobre o tema se restringiam a pequenos capítulos no interior de livros de medicina sobre a gravidez ou preparação para a maternidade.
6. Daandels, Nadieli; Arboit, Éder Luís; Sand, Isabel Cristina Pacheco van der. Produção de enfermagem sobre depressão pós-parto. Cogitare enferm. out.-dez. 2013, 18(4): 782-788. tab Disponivel em <http://pesquisa.bvsalud.org/portal/resource/pt/lil-717840>. Acesso em 12 abr. 2019.
Sabendo que a DPP é uma doença em que pode causar morbidade entre mães e filhos, séria e pouco abordada, muitas vezes causada por sintomas que acompanham as mães desde a gravidez, até o período puerperal. O enfermeiro, sendo o profissional em que tem o maior contato com a paciente, pode agir na prevenção dessa doença, de modo em que garanta o acompanhamento do pré-natal das gestantes de no mínimo 6 consultas, identificando sinais e sintomas e assim trabalhando com eles e desenvolvendo formas de atividades, sempre trabalhando com autoestima da gestante junto de seus familiares em que há acompanhará durante toda a fase de gestação e puerpério. No caso de pacientes em que já estejam com esse diagnóstico, o enfermeiro age no enfrentamento dos sintomas, no cuidado da mãe-bebe, e da puérpera como mulher por si só, trabalhando sempre na construção de uma melhora de sua autoestima.
O olhar integral e o conhecimento técnico e cientifico do enfermeiro durante toda a gestação serão fatores determinantes para reconhecer e intervir logo na fase inicial da depressão pós-parto, desenvolvendo programas e métodos para interagir com a gestante e familiares A detecção precoce dos sintomas referente à DPP é a saída mais viável para possibilitar o diagnóstico e diminuir os agravos à saúde. Considerando o profissional de enfermagem como corresponsável pelo acolhimento e acompanhamento da puérpera.² ³ Faz-se de extrema importância o acolhimento no pré-natal, pois segundo o Ministério da Saúde (MS) o foco desse acompanhamento é garantir o desenvolvimento de uma gestação saudável trazendo benefícios para a mãe e o bebê e permitindo o nascimento de um bebê saudável e sem transtornos para a mãe em todos os seus aspectos, inclusive psicossocial .Esse olhar cuidadoso do enfermeiro voltado à todas as gestantes, com medidas e ações de cuidado integral durante essa fase de mudanças e transições, poderá prevenir diversas complicações que podem ser provenientes da depressão pós-parto
Na primeira etapa foi estabelecida a pergunta norteadora que levou a investigação do tema abordado: qual o papel do enfermeiro na depressão pós-parto? Para a segunda e terceira etapa, as publicações utilizadas foram coletadas nas bases de dados Scientific Electronic Library Online – SciELO, e Caribe em Ciências da Saúde – LILACS utilizando os descritores (DeCS): Gestante, Depressão pós-parto e Assistência de enfermagem. Os critérios de inclusão utilizados foram: 1- periódicos publicados na íntegra; 2- no idioma português; 3- publicados no período de 2013 a 2018; 4-Abordagem do enfermeiro na depressão pós-parto. Foram excluídas as publicações que não atenderam a qualquer um do critério acima. Na quarta e quinta etapa, após leitura crítica dos artigos selecionados, os resultados obtidos foram categorizados de acordo com os critérios. Para a sexta etapa, as evidências obtidas nos estudos selecionados foram analisadas e discutidas.
Considerando então que a gravidez e o pós-parto são períodos críticos para a saúde mental da mulher, e que estes eventos constituem desafios no decurso do seu projeto de vida, que implicam processos de adaptação para a sua resolução saudável. O enfermeiro tem um papel importante desde o planejamento da gravidez, no acompanhamento da mesma e no pós-parto para despistar situações de risco e promover um plano de intervenção que minimize os efeitos das mesmas. Ele, pode prestar decisiva colaboração, pois ao conhecer a situação vivenciada, este profissional auxilia a puérpera a superá-la e a se readaptar melhor às suas dificuldades, contribuindo para um exercício saudável da maternidade com impactos, tanto no binômio mãe filho como na família. (1)
A DPP tem importantes consequências sociais e familiares, sobretudo para a díade mãe-bebê, mas também para a tríade mãe-pai-bebê, a saber: problemas conjugais, atraso no desenvolvimento do bebê e grande sofrimento psíquico para a mãe, inclusive com risco aumentado para o suicídio. (1,2)
O Guia Alimentar para a População Brasileira, publicado em novembro de 2014, indica ter uma alimentação baseada em alimentos in natura, frescos e comida caseira, evitando o consumo de ultraprocessados.
Trata-se de um estudo bibliográfico de caráter exploratório do tipo revisão integrativa da literatura de abordagem descritiva e qualitativa. Foi realizada a partir do estabelecimento de 6 etapas: primeira etapa – identificação do tema e seleção da pergunta norteadora; segunda etapa – estabelecimento dos critérios de inclusão e exclusão; terceira etapa – identificação dos estudos selecionados; quarta etapa – categorização dos estudos selecionados; quinta etapa – análise e interpretação dos resultados; sexta etapa – apresentação da revisão e síntese do conhecimento.
O diagnóstico da depressão pós-parto é complexo, devido à dificuldade de se estabelecer os limites entre o fisiológico e o patológico. A depressão pós-parto é um problema de saúde pública, pois afeta não apenas a saúde da mulher e da família, como também o desenvolvimento do seu filho, pois dificulta a interação saudável e necessária dos seres envolvidos. Durante o puerpério a mulher vivência uma série de expectativas, com diversos sentimentos e sensações que são ambivalentes: imensa alegria e alívio pelo o nascimento do filho; aumento da autoconfiança; desconforto físico decorrente do trabalho de parto; medo de não conseguir amamentar; decepção com recém-nascido pelo sexo, aparência física ou por não nascer saudável; receio ser incapaz de cuidar e responder às necessidades do bebê e por não vir a ser uma boa mãe, havendo desta forma uma instabilidade emocional, alternando da euforia à depressão. Portanto, o puerpério é uma fase para maior risco de aparecimento e desenvolvimento de transtornos psiquiátricos. Desta forma, estabelece conflitos e instaura-se sentimentos de sofrimento e incapacidade pois suas defesas tanto físicas e psicossociais são direcionadas ao bebê para a proteção. As manifestações mais comuns no puerpério são: baby blues ou tristeza materna, a depressão pós-parto (DPP) e a psicose puerperal. A combinação de fatores obstétricos: gravidez na adolescência, gravidez não desejada; sociais: baixo nível escolar, baixa renda, co-morbidades clínicas, baixa autoestima pode trazer situações de risco à mulher para desenvolver a depressão. Em estudos atuais há evidencias de que a depressão pós-parto está associada também ao pouco suporte oferecido por pessoas de relacionamento afetivo como: companheiro e familiares. (1,6)
O nascimento de um filho é um acontecimento de grandes mudanças na vida da mulher e dos familiares, exigindo adaptação em vários aspectos para absorver o novo membro da família e interfere na rotina da casa. A alegria e a satisfação pela chegada do filho se chocam com as responsabilidades de assumir novas tarefas e limitações de algumas atividades anteriores. As pessoas que o cercam são dados como referência desde o nascimento até a maturidade pois é incapaz de sobreviver sem a ajuda dos pais.O apoio familiar é essencial para oferecer cuidados saudáveis ao bebê, para Winnicott (1990) a mãe é a pessoa mais indicada para se adaptar às necessidades dele, porque estas são expressas de uma maneira que exigem tal sutileza de compreensão, que apenas a mãe biológica possui, uma vez que todas as condições gestacionais facilitam esse processo de interação mãe – bebê. Winnicott (1978) nomeou essa capacidade de a mãe se relacionar com o seu filho de “Preocupação Materna Primária”, que se inicia durante a gestação e deve dissipar-se poucas semanas após o nascimento do bebê. As relações precoces entre o bebê e sua mãe permite um vínculo recíproco e duradouro (Papalia, Olds & Feldman, 2007). Bowlby (1988), ao desenvolver a teoria do apego, descreveu que a saúde mental da criança depende de uma relação calorosa e íntima com sua mãe. Esta relação é mantida por fortes vínculos afetivos, construindo a base de segurança do bebê e o relacionamento que ele irá aplicar com outras pessoas. (4). Compreensivelmente, as mães que vivenciam uma depressão pós-parto interagem de forma diferente com seus bebês. A mãe deprimida geralmente é menos sensível e se envolve menos com seu bebê, não responde ao choro dele, são poucas interações positivas, segundo afirmam Papalia, Olds e Feldman (2007). As consequências dessa situação incluem a desistência de enviar sinais emocionais à mãe, apresentação de apego inseguro, menor motivação e propensão maior a desenvolver depressão na vida adulta. (4,5)
Para facilitar a apresentação e a organização dos resultados e após leitura analítica dos estudos selecionados, os mesmos foram selecionados 2 categorias em comum sobre a depressão pós-parto conforme exposto no gráfico acima.
Esses produtos passam por vários processamentos na indústria (como pasteurização, fermentação e reconstituição), além da adição de substâncias sintetizadas em laboratório e que não são comumente usadas nos preparos de refeições caseiras.
7. Zagonel, Ivete Palmira Sanson; Martins, Marialda; Pereira Karen Fabiana; Athayde Juliana. O cuidado humano diante da transição ao papel materno: vivências no puerpério. Rev. Eletrônica enfermagem. 2003, v.5 n.2. Disponível em: <http://www.fen.ufg.br/fen_revista/revista5_2/pdf/materno.pdf>. Acesso em 12 abr. 2019.
4. Santos, Luísa Parreira; Serralha, Conceição Aparecida ; Repercussões da depressão pós-parto no desenvolvimento infantil. Barbarói; (43): jan.-jun. 2015, 5-26. Disponível em <http://pesquisa.bvsalud.org/portal/resource/pt/lil-775399>. Acesso em 12 abr. 2019.
[4] Mestranda em Ciências da Saúde; Especialização em Formação de Docentes de Enfermagem em Nível Técnico; Especialização em Enfermagem em Urgência e Emergência; Graduação em Enfermagem.
3. Freitas, Danielle Rodrigues de; Vieira, Bianca Dargam Gomes; Alves, Valdecyr Herdy; Rodrigues, Diego Pereira; Leão, Diva Cristina Morett Romano; Cruz, Amanda Fernandes do Nascimento da. Alojamento conjunto em um hospital universitário: depressão pós-parto na perspectiva do enfermeiro Rev. pesqui. cuid. fundam. (Online); jul.-set. 2014, 6(3): 1202-1211. Disponivel em <http://pesquisa.bvsalud.org/portal/resource/pt/lil-719762>. Acesso em 12 abr. 2019.
No período entre 2002 e 2009, o levantamento colheu informações não apenas sobre a aquisição de alimentos ultraprocessados —que é um indicativo de consumo—, mas também sobre peso e altura dos entrevistados, o que permitiu calcular o índice de obesidade dos consumidores. Por meio do cruzamento desses dados, foi possível estabelecer uma relação entre os dois pontos.
Ao abordar a depressão é fundamental identificar as mulheres com fatores de risco e predisposição através do acompanhamento durante o pré-natal. O profissional capacitado tem a perspectiva maior de prevenir e promover à saúde, podendo então mudar a alta prevalência de depressão. Os cuidados de enfermagem não devem ser voltados somente à saúde da mãe e bebê, mas à saúde integral da mulher, como também a atenção deve ser direcionada aos seus familiares, para que estes sejam capazes de identificar e relatar sinais e sintomas desse transtorno.
Junto à imposição de consumo, veio a imposição de São Benedito, filho de um escravo, como padroeiro da aguardente. E dessa forma, a cachaça passou a ser utilizado em oferendas nas religiões africanas, principalmente no candomblé, como um pedido de proteção aos Orixás.
Orum (em iorubá: Orun) é uma palavra da língua iorubá que define, na mitologia iorubá, o céu ou o mundo espiritual, paralelo ao Aiê, mundo físico. Tudo que existe no Orum coexiste no Aiê através da dupla existência Orun-Aiê.
Oxalá, Orixalá, Orixaguinã, Gunocô ou Obatalá é o orixá associado à criação do mundo e da espécie humana. Apresenta-se de várias maneiras (qualidades) sendo as duas principais qualidades: a forma jovem, em que Oxalá é chamado de Oxaguiã e seus símbolos são uma idá (espada), um pilão de metal branco e um escudo.
Os rituais do candomblé são realizados em templos chamados casas, roças ou terreiros que podem ser de linhagem matriarcal (quando somente as mulheres podem assumir a liderança), patriarcal (quando somente homens podem assumir a liderança) ou mista (quando homens e mulheres podem assumir a liderança do terreiro).
O candomblé como conhecemos hoje no Brasil não existe em outros países, pois devido a união de diversos escravos de diferentes regiões numa mesma senzala criou-se miscigenação de fundamentos dando origem ao nosso Candomblé. ... O culto aos orixás teve origem na África e foi trazida para o Brasil pelos negros iorubas.
Nesse ritual o corpo do filho de santo é pintado com pó branco (efum), azul (uáji) e vermelho (ossum), ele usa na cabeça uma pena vermelha chamada Ecodidé. Essa saída é feita normalmente em 3 dias seguidos. No primeiro dia, o iaô sai com roupas todas brancas e com o corpo pintado apenas com efum, homenageando Oxalá.