Estrofe de quatro versos. A quadra iniciou o cordel, mas hoje não é mais utilizada pelos cordelistas. Porém as estrofes de quatro versos ainda são muito utilizadas em outros estilos de poesia sertaneja, como a matuta, a caipira, a embolada, entre outros. A quadra é mais usada com sete sílabas.
A literatura de cordel é considerada um gênero literário geralmente feito em versos. Ela se afasta dos cânones na medida em que incorpora uma linguagem e temas populares. Além disso, essa manifestação recorre a outros meios de divulgação, e nalguns casos, os próprios autores são os divulgadores de seus poemas.
Os autores, ou cordelistas, recitam esses versos de forma melodiosa e cadenciada, acompanhados de viola, como também fazem leituras ou declamações muito empolgadas e animadas para conquistar os possíveis compradores.
Principais cordelistas brasileiros: Antônio Brasileiro Borges, Expedito Sebastião da Silva, Cunha Neto, Arievaldo Viana Lima, Ismael Gaião, Jarid Arraes, Apolônio Alves dos Santos, Elias de Carvalho, Cego Aderaldo, entre outros.
A literatura de cordel como conhecemos hoje teve sua origem ainda em Portugal com os trovadores medievais (poetas que cantavam poemas no século 12 e 13), os quais espalhavam histórias para a população, que, na época, era em grande parte analfabeta.
Principais artistas do movimento armorial Gilvan Samico (1928-2013): gravurista, desenhista e pintor pernambucano. Raimundo Carrero (1947): jornalista e escritor pernambucano. Antônio Madureira (1949): músico e compositor potiguar. Antônio Nóbrega (1952): artista e músico pernambucano.
As tradições folclóricas foram de grande influência para Movimento Armorial, já que este se baseou na criação de uma arte erudita valorizando as raízes culturais brasileiras, principalmente a nordestina.
O lançamento do magistral Romance d'A Pedra do Reino e o Príncipe do Sangue do Vai-e-Volta, de Ariano Suassuna, em 1970, é o marco inicial do Movimento Armorial, que pretendeu construir uma estética erudita brasileira a partir da arte popular.
O movimento armorial, surgido na década de 70 no Brasil, foi uma vertente artístico-cultural de valorização das artes populares nordestinas. O objetivo central era criar uma arte brasileira singular baseada nas raízes populares. ... A ideia central do movimento era criar uma arte erudita a partir de elementos populares.
adjetivo, substantivo masculino Livro de registro de brasões. Relativo aos brasões.
Iluminogravuras é uma técnica mista de gravura com pintura, daí o neologismo (iluminura + gravura). O termo designa um objeto artístico que alia as técnicas da iluminura medieval aos modernos processos de gravação em papel.
Inspirado nos ferros marcadores de gado, Suassuna desenvolveu um trabalho tipográfico ligado à sua heráldica sertaneja: o Alfabeto Armorial. ... Gustavo Barroso fora o primeiro a chamar de heráldica este encadeamento de marcas ligadas umas à outras pelos elementos ou diferenças.
Em 1980 e 1985 Ariano Suassuna publicou Dez Sonetos Com Mote Alheio e Sonetos de Albano Cervonegro, álbuns com dez iluminogravuras, produções que integram poema e ilustrações criados pelo artista em consonância com o que propunha o Movimento Armorial: a realização de uma arte erudita a partir de elementos da cultura ...
O Movimento Armorial surgiu, portanto, sob a inspiração e direção de Ariano Suassuna, com a colaboração de diversos artistas e escritores da região Nordeste do Brasil e o apoio do Departamento de Extensão Cultural da Pró-Reitoria para Assuntos Comunitários da Universidade Federal de Pernambuco.
Significado de Armorial adjetivo, substantivo masculino Livro de registro de brasões.