Nos últimos dez anos, a literatura científica começou a se ocupar do desenvolvimento das funções executivas desde a idade pré-escolar, com especial atenção ao sistema de atenção. Mas, ao que nos referimos exatamente quando falamos de funções executivas?
Pesquisas sobre o cérebro em desenvolvimento mostram que experiências da primeira infância constroem as bases para uma força de trabalho capacitada, uma comunidade responsável e uma economia próspera. A nova base de evidências identificou um conjunto de habilidades que são essenciais para o desempenho escolar, para a preparação e adaptação de nossa força de trabalho futura e para evitar uma ampla gama de problemas de saúde da população.
Quando temos um propósito, para alcançar planejamos e desenvolvemos nosso comportamento. As funções executivas são, pois, os diferentes processos mentais que se colocam em prática no momento em que se tenta perseguir um fim. Neste artigo de Psicologia-Online, veremos juntos o que são as funções executivas.
A função executiva é um tipo de “sistema de gerenciamento do cérebro”. Isso porque as habilidades envolvidas permitem definir metas, planejar e realizar as atividades.
Independentemente do enfoque de reabilitação utilizado, sempre é importante a terapia psicológica e desenvolver uma relação com o paciente. O dano cerebral às funções executivas pode implicar uma redução da motivação, problemas comportamentais ou anosognosia, isto é, incapacidade de reconhecer um déficit cognitivo.
Relacionamentos – As crianças desenvolvem-se em um ambiente de relacionamentos. Isso começa em casa e se estende aos cuidadores, professores, profissionais de serviços médicos e humanos, pais adotivos e colegas. As crianças são mais propensas a desenvolver habilidades eficazes de funções executivas se os adultos importantes em suas vidas forem aptos a:
Precisamente, é a função executiva que, com sua ação sinérgica e integrada, torna possível a representação mental da tarefa, que inclui tanto a informação relevante codificada na memória como os objetivos futuros que devem ser alcançados.
Para alguém com problemas de função executiva, há dificuldade de prestar atenção nas atividades básicas e podem esbarrar em coisas ou se arriscar ao caminhar em uma rua movimentada.
O terapeuta pode proporcionar situações objetivo a dificuldades crescentes sobre as quais elaborar um planejamento de atividades hipotéticas, como um café da manhã, um programa recreativo ou qualquer outro acontecimento significativo para o paciente.
Entre as funções executivas encontramos também a organização, isto é, as ações que realizamos em sequências hierárquicas para alcançar metas e objetivos, assim como da ordem do próprio espaço e dos materiais.
Como visto o desenvolvimento das mesmas inicia-se muito precocemente, já no primeiro ano de vida e parece encontrar seu ápice de desenvolvimento na adolescência. Na vida adulta não deixamos de desenvolvê-las, mas nosso cérebro já aprendeu a como lidar com as situações do dia a dia, exigindo de nós um posicionamento mais assertivo nas tarefas que devemos realizar.
As funções executivas estão inteiramente ligadas a uma série de atividades, tal qual o seu desenvolvimento é indispensável para uma vida regular e sem problemas. Vejam abaixo:
Como as funções executivas desempenham um papel essencial no desenvolvimento das crianças e em seu sucesso até a idade adulta, é importante encontrar maneiras de favorecer sua evolução durante a primeira infância.
Ajudar as crianças em idade pré-escolar a melhorar suas funções executivas apresenta vários benefícios. Os programas de intervenção voltados para o treinamento das funções executivas são eficientes para melhorar o êxito escolar das crianças e suas competências sócio-emocionais, e podem levar a mudanças nos circuitos cerebrais. Além disso, uma intervenção precoce pode atenuar a rapidez e as dificuldades associadas com distúrbios tais como TDAH e problemas comportamentais. O treinamento do funcionamento executivo não exige altos recursos financeiros e pode ser executado em salas de aula comuns com crianças a partir dos 4 ou 5 anos de idade. As modificações nos currículos escolares das crianças pequenas deveriam incluir atividades agradáveis e desafiadoras voltadas para a autorregulação. Yoga, música, aeróbica, dança, meditação, artes marciais, e contar histórias são exemplos de atividades que podem ajudar a melhorar as habilidades de funcionamento executivo fundamentais. Na sala de aula, as crianças devem passar mais tempo em atividades de aprendizagem ativa e em pequenos grupos, e menos tempo em atividades com grupos grandes. As crianças com um nível de funcionamento executivo mais elevado necessitam de um número menor de intervenções negativas dos professores, o que contribui para criar um ambiente livre de estresse que ajuda ainda mais o desenvolvimento das funções executivas. As crianças pequenas também devem ser encorajadas a participar de brincadeiras mais elaboradas, como jogos de faz-de-conta social, onde elas aprendem a representar papéis e a se adaptar a uma trama em constante transformação.
Considerando o longo processo de amadurecimento das habilidades associadas às funções executivas, as crianças são extremamente sensíveis a experiências cedo na vida que possam dificultar ou reforçar suas habilidades. O estresse, por exemplo, pode ser tão prejudicial às funções executivas de uma criança pequena a ponto de levar a um diagnóstico errôneo de TDAH. Por outro lado, as experiências reforçadoras, tais como uma relação pais-filho positiva, podem proteger as crianças contra os efeitos negativos de circunstâncias estressantes, como uma vida difícil do ponto de vista econômico e, consequentemente, melhoram o funcionamento executivo. Os filhos de pais receptivos que utilizam métodos brandos de disciplina, ao invés de severa, e que incentivam a autonomia de seus filhos também tendem a ter melhores habilidades da função executiva.
Muito bom o artigo, mas poderia constar a referência abaixo rsrsr, ja que vc usou. Iria facilitar os fins acadêmicos, para alunos que desejam fundamentar trabalhos e etc com os conteúdos do seu site.
Destaca-se o desenvolvimento de testes usados para avaliar as funções executivas, tais como o Teste de Stroop, o Teste de Trilhas e o Teste da Torre de Londres, que avaliam atenção seletiva, controle inibitório, flexibilidade e planejamento, respectivamente17.
Atenção executiva: A via da atenção executiva está relacionada à detecção de erros e à habilidade de resolver conflitos, considerando diferentes tendências. O período importante de desenvolvimento desta via ocorre entre os 3 e 7 anos de idade.
Desempenho escolar – habilidades de funções executivas ajudam as crianças a lembrarem-se e seguirem instruções com várias etapas, evitar distrações, controlar respostas precipitadas, ajustar quando as regras mudam, persistir na solução de problemas e controlar obrigações de longo prazo.
Já a capacidade cognitiva é a aptidão que cada um tem individualmente de interpretar os estímulos do ambiente em volta e também de si mesmo para tomar as decisões acerca do próprio comportamento. ... O desenvolvimento dessa inteligência cognitiva se faz com um constante e crescente processo de aprendizado.
A MEMÓRIA COMO PROCESSO COGNITIVO: A memória é a função cognitiva que nos permite codificar, armazenar e recuperar informações do passado. É um processo básico para a aprendizagem, pois é o que nos permite criar um sentido de identidade.
O Teste do Desenho do Relógio é um instrumento simples e de fácil aplicação. Pode ser executado de maneira rápida e objetiva. O examinador solicita verbalmente ao paciente que desenhe um relógio numerado de 1 a 12 numa folha de papel em branco. Em seguida, pede que desenhe os ponteiros indicando um determinado horário.