Que tal falarmos sobre a síndrome de realimentação? Isso porque, em algum momento, você já deve ter se deparado com um paciente muito desnutrido e emagrecido.
Eu pesquisei a epidemiologia e o manejo da tuberculose em países de alta incidência e publiquei muitos remédios e artigos relacionados à saúde sobre o Exenin e em outras revistas médicas.
PONZO, Valentina et al. The Refeeding Syndrome: a neglected but potentially serious condition for inpatients. A narrative review. Internal and emergency medicine, v. 16, n. 1, p. 49-60, 2021.
Sendo ela doença identificada recentemente, verifica-se que seu diagnóstico e tratamento ainda são limitados. A importância do controle dos níveis séricos de fosfato não é reconhecida26.
O tratamento estabelecido pelo consenso tem como objetivo normalizar o desequilíbrio eletrolítico para evitar sequelas e maiores complicações e possivelmente reduzir a ingestão calórica ou reintroduzi-las de maneira mais lenta
Em casos de arritmia grave, notadamente a torsades de pointes, podemos utilizar 20 mL de sulfato de magnésio a 10% diluídos em 100 mL de SF0,9%, corridos em 20 minutos, com repetição de dose se persistência da arritmia.
A Redação Nutritotal é formada por nutricionistas, médicos e estudantes de nutrição que têm a preocupação de produzir conteúdos atuais, baseados em evidência científicas, sempre com o objetivo de facilitar a prática clínica de profissionais da área da saúde.
A hipofosfatemia é a marca principal da SR. Sua ocorrência é maior naqueles pacientes mais desnutridos (e, consequentemente, com mais distúrbios hidroeletrolíticos prévios) e com maior período de jejum completo antes da realimentação.
O fosfato é o principal ânion intracelular e desloca-se entre os compartimentos intra e extracelulares. Este movimento transcelular pode resultar da ingestão de carboidratos, lipídeos e de alterações ácido-básicas20.
Estudos sugerem que o tratamento da hipofosfatemia não é usualmente necessário a menos que a concentração plasmática de fosfato seja menor que 1,5 mg/dl ou que o paciente esteja sintomático. Sabe-se que a mensuração do fosfato sérico não é fidedigna por ser um íon predominantemente intracelular. Sendo assim, não guarda relação com os estoques corporais totais8.
O objetivo desta revisão foi avaliar as causas e a aplicação das medidas dietéticas profiláticas e terapêuticas apropriadas visando a prevenção e diminuição da morbimortalidade desta síndrome.
Após a identificação do risco, o paciente deve passar por uma avaliação criteriosa, incluindo um histórico completo com foco na ingestão nutricional detalhada, uso de álcool, mudança de peso recente, conforme recomendado pelas diretrizes do The National Institute for Health and Clinical Excellence (NICE):
Pacientes com doenças caquetizantes como neoplasias, tuberculoses, micoses profundas, doenças inflamatórias intestinais ou, ainda, com distúrbios psiquiátricos ou sociais graves, certo?
Além da desnutrição prévia, inúmeras outras condições têm sido relacionadas com a hipofosfatemia, tais como pós-operatório de operação bariátrica1, alcoolismo15, fístulas gastrintestinais11 e em pacientes críticos19.
Os sintomas geralmente aparecem dentro de 2 a 5 dias após a realimentação e podem variar de ausente/leve até uma síndrome clínica grave e com risco de vida, dependendo do grau preexistente de desnutrição e comorbidades. Desse modo, todos os órgãos do corpo podem estar envolvidos, levando a manifestações cardíacas, respiratórias, hematológicas, gastrointestinais, neurológicas e musculoesqueléticas, que se não foram antecipadas ou corrigidas, podem levar à morte.
As anormalidades metabólicas, principalmente hidroeletrolíticas, resultantes da síndrome de realimentação podem afetar varias funções corporais do mesmo modo que a realimentação hiperglicídica pode reduzir a excreção de água e sódio. Realimentação hiperprotéica ou hiperlipídica pode resultar em perda de peso e excreção urinária de sódio, gerando balanço de sódio negativo8,15.
Os protocolos previamente recomendados para o tratamento do hipofosfatemia severa foram desenvolvidos principalmente a partir da experiência em tratar um pequeno número de pacientes críticos. Usualmente, recomendam-se múltiplas infusões baseadas no peso, com monitoração frequente do fosfato sérico32.
Em relação à deficiência de vitaminas e elementos traço, é necessária correção antes da realimentação, especificamente tiamina deve ser administrada com doses intravenosas de 50 a 250mg pelo menos 30 minutos antes da dieta ser instituída16. Não há consenso sobre a dose exata de tiamina a ser ofertada, inicialmente a administração precisa ser realizada por via intravenosa até que o paciente tolere as doses por via oral com tabletes de 100 mg uma vez ao dia8. Alguns clínicos indicam folato (5 mg) diariamente, o que necessariamente não previne a síndrome de realimentação8.
A Síndrome da Realimentação é caracterizada por uma variedade de alterações metabólicas e eletrolíticas que ocorrem como consequência da reintrodução da ingestão calórica após um longo período de tempo em jejum.
Deve ocorrer o controle intensivo da glicemia, tanto para prevenir hipo quanto hiperglicemias, afinal a secreção de insulina é um dos gatilhos principais da síndrome de realimentação.
Qual é a recomendação de energia indicada para pacientes com risco de síndrome de realimentação no primeiro dia da terapia nutricional? Escolha uma: a. 10 kcal/kg real de peso corporal/dia Correto.
A nutrição enteral é uma forma de alimentação para pacientes que não devem ou conseguem se alimentar por via oral (boca), como em casos de cirurgia da região da cabeça e do pescoço, esôfago, estômago, etc.
Basicamente, existem dois tipos de alimentação enteral: a artesanal e a industrializada. Dieta enteral artesanal: também conhecida como caseira ou manipulada, essa dieta consiste em usar alimentos do dia dia, in natura.
Alimentação forçada ou gavagem é a prática de alimentar é o método de introdução de alimentos líquidos no estômago através de um tubo colocado pelo nariz ou boca. Usado para alimentação de recém-nascidos ou animais de experimentação.