Resumo do enredo Memórias Póstumas é uma narrativa confusa e sem linearidade. O personagem principal, como sugere o título, resolve, depois de morto, contar a história da sua vida através de uma seleção dos episódios mais relevantes, desde o seu nascimento até a sua morte.
Esse comportamento faz com que Brás Cubas nunca assuma as rédeas da própria vida, sendo sempre dependente e inseguro, por isso a relação com o "trapézio", que remete à inconstância de Brás Cubas, prestes a cair a qualquer momento.
Brás Cubas inicia a narrativa de suas memórias pelo momento em que ele morreu, e não pelo seu nascimento – uma primeira sugestão da inversão de valores que delineia o personagem. Depois de morto, ele resolve contar a história de sua vida, selecionando os acontecimentos que entende como mais relevantes.
Resposta: Todas as mulheres em que Brás Cubas se envolve são de caráter duvidoso. No livro ele mostra uma certa realidade da vida dele, sem fantasiar ou idealizar como os momances românticos. Sendo assim, observamos logo de cara que é um romance do realismo não do romantismo.
Em "Quincas Borba", Machado de Assis deixa de lado a liberdade formal que havia empregado em "Memórias Póstumas de Brás Cubas", seu romance anterior e marco do início do Realismo no Brasil. Desta vez, ele optou por narrar os fatos em terceira pessoa, isto é o narrador não participa daquilo que narra.
A filosofia de Quincas Borba afirma que a substância da qual emanam e para a qual convergem todas as coisas é Humanitas. Portanto, Humanitas é o princípio único de tudo o que existe. Sua teoria é mais amplamente explorada no romance que Machado publica em 1891, Quincas Borba.
05) Que tipo de reflexão a cena desperta em Quincas Borba? 06) No texto lido, um episódio aparentemente banal adquire um grande valor simbólico. Machado de Assis ilustra, com o episódio, o jogo de interesses, a luta pela vida e a lei do mais forte, que sempre sai vitorioso.
Machado de Assis
Se a história de Rubião recebe o título de Quincas Borba é justamente porque é a partir dele, na sua falta ou no seu espelhamento, que toda a estrutura do romance vai se organizar. O filósofo Quincas Borba é, de acordo com Helder Macedo, "a ausência estruturante do livro".
Rubião: professor, enfermeiro e protagonista da história. Ele é o herdeiro do filósofo Quincas Borba. Cristiano Palha: esposo de Sofia e suposto amigo de Rubião, mas que afinal está somente interessado em sua fortuna.
Os acessos de loucura continuam e Rubião acaba internado em um hospício. Rubião foge e, acompanhado do cão, retorna a Barbacena. Ninguém os recebe e os dois acabam dormindo na rua. No dia seguinte, Rubião morre, ainda acreditando ser um imperador francês.
Para Quincas Borba não existe a morte, pois a morte é um estado de transição para a vida eterna. Segundo Quincas Borba existe o encontro de duas expansões na morte, o que irá determinar a supressão entre elas. Mas, a supressão é uma condição necessária para a existência da outra.
Quincas Borba, filósofo e ateu, torna-se um homem rico, após herdar os bens de um velho tio, morador de Barbacena, Minas Gerais. Para melhor ilustrar o princípio do Humanitismo a Rubião, Quincas Borba apóia-se na alegoria das duas tribos famintas diante de um único campo de batatas. ...
De forma bastante resumida, a frase significa que os vencedores podem desfrutar das batatas nos campos de guerra, simplificando ao máximo o Humanitismo e seu preceito básico de que, na luta pela sobrevivência, quem vence é o mais forte.
Machado de Assis
Resposta. Resposta: a) O Humanitismo, sistema filosófico destinado a arruinar todos os outros, segundo Quincas Borba, é uma crítica satírica às correntes filosóficas e científicas da segunda metade do século XIX, como o Evolucionismo e o Positivismo.
No estilo irônico-satírico de Machado, o cão Quincas representa o homem e o cachorro e, de certa maneira, atua como uma resposta à filosofia do Humanitismo criada por Quincas Borba, na qual o ser humano não é superior ao animal; o que importa é a espécie, e não o indivíduo.
Quincas Borba é apresentada como um fato necessário à ascensão social de Rubião, justificando-se dessa forma a satisfação deste por ter sobrevivido aos dois e recebido a herança, tornando-se "o vencedor", a quem caberiam "as batatas".
3 – Que princípio naturalista orienta esta hipótese? A lei do mais forte.
Foco narrativo É onisciente, e interfere na história, fazendo comentários e dirigindo-se ao leitor. Sua participação é, portanto, interventiva. Machado de Assis foi um antecipador da chamada estética de receptação ao incluir em suas narrativas, o diálogo entre o narrador e o leitor.
Quincas Borba (Joaquim Borba dos Santos), filósofo, teórico do Humanitismo, amigo de infância de Brás Cubas. (Recebe melhor retrato em Quincas Borba, romance seguinte.)
A narrativa se passa em Barbacena. É a história de um professor mineiro de primeiras letras, Rubião, para quem o filósofo Quincas Borba (personagem que já aparecera em Memórias Póstumas de Brás Cubas) deixa todos os seus bens, com a condição de que o herdeiro cuide de seu cachorro, também chamado Quincas Borba.
Narrado na primeira pessoa, conta a história de Santiago, o protagonista, que pretende "atar as duas pontas da vida", lembrar e reviver o seu passado. A narração começa na juventude, quando Santiago (Bentinho, na época) descobre o seu amor por Capitu, amiga de infância com quem acaba casando.
O romance é narrado pelo próprio Bento Santiago, conhecido como Bentinho. Ele é um homem por volta dos seus 60 anos e que está disposto a contar sua história de amor por sua vizinha: Capitu. A trama tem como local a cidade do Rio de Janeiro durante o período do Segundo Império.
Em linhas gerais, o clímax do livro Dom Casmurro é quando Bentinho começa a duvidar de Capitu e se esta a traiu. Bentinho então planeja se matar, mas quando seu filho entra no cômodo em que Bentinho está, este pensa em matar o próprio filho.
Depois dos anos 1960, quando questões relativas aos direitos da mulher assumiram importância maior em todo o mundo, surgiram interpretações que indicavam outra possibilidade: a de que a narrativa pudesse ser expressão de um ciúme doentio, que cega o narrador e o faz conceber uma situação imaginária de traição.