Foi realizada em Roma, junto ao túmulo do Apóstolo São Pedro, a peregrinação internacional da família dentro do Ano da Fé. Esse evento, que reuniu 150 mil famílias, coincidiu com o encerramento da XXI Assembleia Plenária do Pontifício Conselho da Família. Constaram desse evento três jornadas dedicadas ao estudo e ao debate no 30º aniversário da Carta dos Direitos da Família, publicada pelo mesmo dicastério vaticano em 22 de outubro de 1983, sob o Pontificado do Beato João Paulo II. O encontro, aberto ao público, debateu os “Novos horizontes antropológicos e os direitos da família”.
Em conclusão, o Ministério da Família é uma parte crucial da vida da igreja. Conforme refletimos sobre os pontos discutidos, somos encorajados a participar mais profundamente, seja como líderes, voluntários ou simplesmente membros apoiadores de nossa comunidade. Que possamos, em nossas diversas capacidades, abraçar o desafio de fortalecer a unidade e o amor em nossas famílias, e em nossa família maior – a família de Deus.
Finalmente, o Ministério da Família promove um senso de comunidade entre as famílias na igreja. Muitas vezes, as experiências mais impactantes para uma criança são aquelas compartilhadas com outros jovens e famílias que compartilham os mesmos valores e fé. Portanto, ao criar um ambiente de amor, apoio e orientação espiritual, o Ministério da Família pode ajudar a nutrir o desenvolvimento espiritual e emocional das crianças.
2. Ventre de alegrias e de provações, de afetos profundos e de relacionamentos por vezes feridos, a família é verdadeiramente «escola de humanidade»(cf. Gaudium et Spes, 52), cuja necessidade é fortemente sentida. Não obstante os numerosos sinais de crise da instituição familiar nos vários contextos da «aldeia global», o desejo de família permanece vivo, de forma especial entre os jovens, motivando a Igreja, perita em humanidade e fiel à sua missão, a anunciar incessantemente e com profunda convicção o «Evangelho da família», que lhe foi confiado mediante a revelação do amor de Deus em Jesus Cristo e ininterruptamente ensinado pelos Padres, pelos Mestres da espiritualidade e pelo Magistério da Igreja. A família adquire para a Igreja uma importância totalmente particular e, no momento em que todos os fiéis são convidados a sair de si mesmos, é necessário que a família volte a descobrir-se como protagonista imprescindível da evangelização. O pensamento dirige-se ao testemunho missionário de numerosas famílias.
Assim, o Ministério da Família tem como função principal garantir que essa união seja preservada, nutrida e fortalecida, sempre em consonância com os ensinamentos de Cristo.
11. Neste contexto, a Igreja sente a necessidade de dizer uma palavra de verdade e de esperança. É preciso partir da convicção de que o homem provém de Deus e, por conseguinte, de que uma reflexão capaz de voltar a propor as grandes interrogações sobre o significado do ser homem pode encontrar um terreno fértil nas expectativas mais profundas da humanidade. Os grandes valores do matrimónio e da família cristã correspondem à investigação que atravessa a existência humana, inclusive numa época caracterizada pelo individualismo e pelo hedonismo. É necessário acolher as pessoas com a sua existência concreta, saber fomentar a sua busca, encorajar o seu desejo de Deus e a sua vontade de se sentir plenamente parte da Igreja, até mesmo em quantos experimentaram a falência ou vivem as situações mais diferentes. A mensagem cristã contém sempre em si mesma a realidade e a dinâmica da misericórdia e da verdade, que convergem em Cristo.
“E estas palavras que hoje te ordeno estarão no teu coração; E as ensinarás a teus filhos, e delas falarás assentado em tua casa, e andando pelo caminho, e ao deitar-te, e ao levantar-te.”
39. A complexa realidade social e os desafios que a família de hoje está chamada a enfrentar exigem um maior compromisso da parte de toda a comunidade cristã, em ordem à preparação dos nubentes para o matrimónio. É necessário recordar a importância das virtudes. Entre elas, a castidade resulta uma condição preciosa para o crescimento genuíno do amor interpessoal. Em relação a esta necessidade, os Padres sinodais concordaram em salientar a exigência de uma maior participação da comunidade inteira, privilegiando o testemunho das próprias famílias, além de uma radicação da preparação para o matrimónio no caminho de iniciação cristã, frisando o nexo do matrimónio com o batismo e com os demais sacramentos. Evidenciou-se de igual modo a necessidade de programas específicos para a preparação próxima do matrimónio, a fim de que constituam uma verdadeira experiência de participação na vida eclesial, aprofundando os diversos aspetos da vida familiar.
Como é dito em Eclesiastes 4:12: “Um cordão de três dobras não se rompe facilmente”. Este versículo pode ser aplicado ao casamento – quando um casal se une a Deus, eles formam um cordão de três dobras que é incrivelmente difícil de romper.
As metas do Ministério da Família devem estar alinhadas com a visão geral da igreja, mas também devem ser específicas para o bem-estar das famílias. As metas podem ser voltadas para o crescimento espiritual, como aprofundar a compreensão das famílias sobre o amor de Deus, ou podem ser focadas em necessidades práticas, como fortalecer as habilidades de comunicação entre os membros da família.
31. A pastoral de acompanhamento dos casais nos primeiros anos de vida familiar – observou-se durante o debate sinodal – tem necessidade de um desenvolvimento ulterior. Quais são as iniciativas mais significativas já realizadas? Quais aspetos devem ser incrementados nos planos paroquial, diocesano, ou no âmbito de associações e movimentos?
6. Uma das maiores formas de pobreza da cultura contemporânea é a solidão, fruto da ausência de Deus na vida das pessoas e da fragilidade dos relacionamentos. Existe também uma sensação generalizada de impotência em relação à realidade socioeconómica, que frequentemente acaba por esmagar as famílias. É assim devido às crescentes pobreza e precariedade de trabalho, que por vezes são vividas como um verdadeiro pesadelo, ou por causa de uma fiscalidade demasiado pesada, que certamente não encoraja os jovens ao matrimónio. As famílias sentem-se não raro abandonadas pelo desinteresse e pela escassa atenção por parte das instituições. As consequências negativas do ponto de vista da organização social são evidentes: da crise demográfica aos obstáculos educativos, da dificuldade de aceitar a vida nascente ao sentir a presença dos idosos como um peso, até ao propagar-se de um mal-estar afetivo que às vezes chega à violência. O Estado tem a responsabilidade de criar as condições legislativas e de trabalho para garantir o porvir dos jovens e para os ajudar a realizar o seu projeto de fundar uma família.
29. O diálogo sinodal abordou algumas instâncias pastorais mais urgentes, que devem ser confiadas à concretização em cada uma das Igrejas locais, na comunhão «cum Petro et sub Petro». O anúncio do Evangelho da família constitui uma urgência para a nova evangelização. A Igreja está chamada a pô-lo em prática com ternura de mãe e clareza de mestra (cf. Ef 4, 15), em fidelidade à kenosi misericordiosa de Cristo. A verdade encarna-se na fragilidade humana, não para a condenar, mas para a salvar (cf. Jo 3, 16-17).
“Sejam completamente humildes e mansos, e sejam pacientes, suportando uns aos outros com amor. Façam todo o esforço para manter a unidade do Espírito pelo vínculo da paz.”
Neste sentido, esta função é a que mais se aproxima do trabalho em conjunto com o Ministério de Ensino e com o Ministério Infantil.
Infelizmente, muitos chegam às núpcias sem se conhecer. Limitaram-se a divertir-se juntos, a fazer experiências juntos, mas não enfrentaram o desafio de se manifestar a si mesmos e apreender quem é realmente o outro, a história da sua vida, seus valores, seus problemas etc. Quando isso acontece, não é raro que se assustem com o comportamento do outro depois de casados. É preciso que sejam orientados a se revelarem mutuamente, com sinceridade, sem camuflar a realidade.
As necessidades das famílias podem variar de acordo com o contexto cultural e comunal, assim como as idades dos membros da família. Os programas podem incluir estudos bíblicos para casais, aconselhamento matrimonial, programas para jovens, atividades para crianças e idosos, dentre outros.
O magistério eclesial deve ser melhor conhecido pelo Povo de Deus em toda a sua riqueza. A espiritualidade conjugal alimenta-se do ensinamento constante dos Pastores, que cuidam da grei, e amadurece graças à escuta incessante da Palavra de Deus, dos sacramentos da fé e da caridade.
Encontrar um equilíbrio saudável entre igreja e família na vida cotidiana pode ser um desafio. É importante que os pais incentivem a participação dos filhos nas atividades religiosas, mas sem impor nada. Além disso, é preciso respeitar as necessidades individuais de cada membro da família e encontrar um tempo para estar junto semanalmente.
49. A propósito das causas matrimoniais, a simplificação do procedimento, exigida por muitos, além da preparação de suficientes agentes, clérigos e leigos com dedicação prioritária, requer que se realce a responsabilidade do bispo diocesano, que na sua diocese poderia encarregar consultores devidamente preparados, para aconselhar gratuitamente as partes interessadas sobre a validade do próprio matrimónio. Esta função pode ser desempenhada por um gabinete ou por pessoas qualificadas (cf. Dignitas Connubii, art. 113, 1).
16. Como desenvolver e promover iniciativas de catequese que levem a conhecer e ajudem a viver o ensinamento da Igreja sobre a família favorecendo a superação da distância possível entre o que é vivido e o que é professado, e promovendo caminhos de conversão?
Uma família cristã que cultiva o hábito da oração e meditação da Bíblia na igreja e estende essa prática em casa pode encontrar respostas rápidas para fragilidades que surgem no dia a dia. ... “Crê no Senhor Jesus que será salvo tu e tua família” (Atos 16.
Um parceiro que abandona por muito tempo o cônjuge, o lar e os filhos não tem direito à partilha de bens do casal. O imóvel que pertenceu ao casal passa a ser de quem o ocupava, por usucapião.
“Portanto deixará o homem o seu pai e a sua mãe, e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma carne”. Gênesis 2.
[Gênesis 1:27-28] "Criou Deus o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou. ... Por essa razão, o homem deixará pai e mãe e se unirá à sua mulher, e eles se tornarão uma só carne." [Provérbios 18:22] "Quem encontra uma esposa encontra algo excelente; recebeu uma bênção do Senhor."
Este costume é mencionado no Antigo Testamento como uma das leis de Moisés e se observarmos nosso assunto a luz do levirato, podemos concluir que caso a pessoa com quem você deseja namorar tenha filhos, mas seja viúva, não existe pecado ou erro algum no fato de vocês se namorarem.
1- Como lidar com os filhos do outro casamento? A aproximação das crianças deve ser cautelosa, respeitando os limites e tempo de cada um. A comunicação é essencial para que a criança entenda que o novo parceiro não é um substituto para as figuras de pai e mãe que ele já conhece.
Sei que marido é marido e filho é filho. Cada um tem seu papel e seu lugar. Aliás, “primeiro” é só uma forma de chamar atenção para algo sério: a tendência que as mães têm de colocarem os filhos antes de mais nada, inclusive em detrimento do relacionamento.
A Igreja Católica considera que um casamento religioso não pode ser dissolvido. Por isso, de acordo com o direito canônico, pessoas que se separaram e voltaram a se casar pelo rito civil estão em adultério em relação ao primeiro cônjuge. Por esta interpretação, eles se tornam impedidos de participar da comunhão.
Segundo a lei atualmente em vigor, após um divórcio não pode haver imediatamente a seguir um novo casamento, devendo os homens aguardar um período de 180 dias e as mulheres 300 dias para casar novamente, regime jurídico que vigora sem alterações há 51 anos.
180 dias
Isso porque, para católicos, o casamento é a instituição de um sacramento, tal qual o batismo, a primeira comunhão e a crisma. O valor sacramental estipulado pela igreja torna o ato de se casar um momento com muitos protocolos e diversas questões burocráticas.
O pedido de anulação não é um divórcio — a Igreja considera que o casamento é um vínculo indissolúvel. No entanto, o matrimônio pode ser anulado se for comprovado que ele nunca foi válido. ... — Esses casamentos são nulos desde o começo.
O casamento não está vinculado à igreja: ele é uma cerimônia civil. É o que diz o artigo 1512 de nosso Código Civil: “o casamento é civil e gratuita a sua celebração”. É apenas por exceção que nossa lei confere qualquer validade ao casamento religioso.
Segundo São Tomás de Aquino a causa do matrimônio é o pacto conjugal; a sua essência é o vínculo e os seus fins são a procriação e educação da prole, a regulação do instinto sexual e a mútua ajuda. A doutrina da Igreja Católica estipula que o casamento é simultaneamente uma instituição natural e um sacramento.