Naturalismo é um movimento literário do final do século XIX no qual os escritores se concentravam em explorar as causas fundamentais das ações, escolhas e crenças de seus personagens.
Essa postura é discutível, especialmente porque inúmeros escritores desde 1900 infundiram em suas obras elementos fortemente naturalistas. Ernest Hemingway, Edith Wharton e Jack London são apenas alguns que levaram o naturalismo ao século XX.
Ela consagrou Aloísio como o nome brasileiro mais importante do Naturalismo! No enredo, o escritor trouxe um personagem incomum como protagonista, o próprio cortiço. Além de inovador, isso possibilitou uma profunda crítica à sociedade e costumes da época.
O Naturalismo no Brasil surge a partir da segunda metade do século XIX, em relação de coexistência com o Realismo, como forma de reação ao ideal imposto pela escola anterior – o Romantismo.
Sua obra mais relevante é “O Ateneu”, considerado por muitos um livro semi-bibliográfico por apresentar uma história semelhante às vivências do autor. O enredo se passa em uma escola chamada Ateneu e aborda temáticas como rejeição, descobertas da juventude e a busca por identidade.
Uma das obras mais importantes do naturalismo brasileiro é “O Cortiço”, de Aluísio Azevedo, publicado em 1890. O livro retrata a vida em um cortiço no Rio de Janeiro, apresentando uma visão crítica da sociedade da época e dos vícios e paixões humanas. A obra é considerada um marco do naturalismo no Brasil.
Vale ressaltar que o autor também foi influenciado pelas ideias deterministas, positivistas e darwinistas. Para entender melhor o que essas ideias representavam, acesse:
É importante destacar que, como o Naturalismo é visto como uma ramificação que coexiste com o Realismo, é possível perceber características realistas nas obras desses autores.
Zola apresentou três argumentos principais no ensaio. Primeiro, os escritores poderiam incorporar o método de investigação científica do fisiologista francês Claude Bernard em suas obras. Bernard afirmou que experimentos controlados poderiam provar ou refutar uma hipótese sobre os fenômenos testados.
O autor americano Frank Norris foi outra figura formativa no movimento do naturalismo. Como Zola, ele via seus personagens como experimentos; ele os expôs a certos estímulos ou fenômenos e registrou suas reações.
Jules-Antoine Castagnary, um crítico de arte francês, usou pela primeira vez o termo “naturalismo” para descrever um estilo de pintura realista que se tornou popular no início da década de 1860. Émile Zola então aplicou o termo à literatura. O ensaio seminal de Zola, “The Experimental Novel”, publicado em 1880, apresenta um exame detalhado do romance como uma forma de arte literária naturalista preeminente.
Além disso, é influenciado pelas ideias deterministas e usa o ambiente educacional para explorar de maneira mais precisa o funcionamento da sociedade.
Zola postulou que um escritor poderia usar essa mesma abordagem, com os personagens funcionando como fenômenos. Em segundo lugar, Zola disse que esse método experimental separa o naturalismo do realismo e do romantismo. Por fim, Zola apresentou um argumento contestando as afirmações de seus críticos de que seu trabalho era imoral e ofensivo.
Em parte, isso facilita a análise crítica da sociedade ao mencionar como ela promove o caos ao deixar parte da população em situações precárias e sem perspectivas. Agora, vamos ao contraponto.
Muitas foram as obras do Naturalismo brasileiro. Entre outros nomes, é possível citar Contos amazonenses, de Inglês de Sousa, Casa de Pensão, de Aluísio Azevedo e A Normalista, de Adolfo Caminha.
O autor francês Émile Zola adaptou pela primeira vez o termo naturalismo para descrever um tipo específico de literatura e projetou muitas das teorias por trás do movimento.
O Naturalismo teve como marco inicial a publicação, em 1881, de Germinal, de Émile Zola, na Europa. O livro retrata os dramas vividos por uma família que trabalha nas minas de carvão, denunciando as precárias condições de vida e de trabalho do proletariado, classe social que surge graças ao avanço do capitalismo.
O mulato
Teve como marco inicial a obra “Madame Bovary” (1857) de Gustave Flaubet. No Brasil, iniciou-se no fim do século XIX com a publicação do romance “O Mulato” (1881) de Aluísio de Azevedo. Já em Portugal, o Naturalismo tem início na década de 1875, com a obra “O Crime do Padre Amaro” de Eça de Queiros.
O naturalismo, tendência estética e literária em voga no último quartel do século XIX, surgiu na França e é entendido por muitos críticos como uma corrente mais extremada do movimento realista, sendo muitas vezes também chamado de realismo-naturalismo.
No século seguinte, por influência do espanhol, o termo “mulato” era usado para designar um mulo jovem, e foi certamente por analogia com o caráter mestiço do animal que a palavra passou – a partir de meados do século XVI, segundo o Houaiss – a ser aplicada também, como adjetivo e substantivo, a pessoas descendentes de ...
O Mulato é uma obra com forte crítica social. Por meio de seus personagens estereotipados, Aluísio de Azevedo aborda temas como o preconceito racial, a escravidão, a hipocrisia do clero e ainda o provincianismo.
Podem ser identificados alguns elementos naturalistas, como o anticlericalismo, projetado na figura do cônego Diogo, devasso, hipócrita e assassino. II. Há fortes “resíduos” românticos, já que o autor toma partido do mulato, idealizando-o exageradamente e descrevendo-o como ingênuo e bondoso.
Explicação: Existem duas teorias para a origem da palavra mulato: a latina e a árabe. Segundo a primeira, o termo 'mulato' adota o prefixo de mula (mulus, em latim). ... Por analogia, no século XVI, teria surgido o termo "mulato", que remete à ideia de "híbrido" (descendente de pessoas brancas e negras).
Os mulatos são comuns no Brasil desde os tempos coloniais, em decorrência da interação sexual sobretudo entre homens portugueses e mulheres africanas. Esses mulatos são resultado dos mais diversos cruzamentos: o banda forra (branco com negro), o salta-atrás (mameluco com negro), o terceirão (branco com mulato).
Aluísio Azevedo
Aluísio Azevedo
a) A palavra que tão profunda e traumaticamente repercute em Raimundo é mulato, que significa “filho de pai branco e mãe preta (ou vice-versa)”, conforme definição do Dicionário Houaiss.
Aluísio Azevedo
São Luís, Maranhão, Brasil
A Praça da Alegria apresentava um ar fúnebre. De um casebre miserável, de porta e janela, ouviam-se gemer (...)” O Mulato é o segundo romance de Aluísio Azevedo, escrito no ano de 1881. Foi responsável pelo início do naturalismo no Brasil....
21 de janeiro de 1913
Como escritor, as principais características de suas obras são: