A paralisia do sono é um transtorno em que a pessoa não consegue se movimentar ao acordar ou quando está tentando adormecer, podendo causar também outros sintomas como sensação de sufocamento, alucinações, angústia e/ou medo intenso.
Abordando primeiramente sobre as parassonias não REM (NREM), estas são mais prevalentes em crianças, podendo persistir até a vida adulta. Normalmente caracterizam-se pela manifestação na fase de ondas lentas e assim ocorre majoritariamente durante o primeiro terço da noite. As parassonias não REM são classificadas – segundo a Classificação Internacional dos Distúrbios do Sono – em: alterações do despertar (despertar confusional, sonambulismo e terror noturno) e alterações alimentares associadas ao sono Quanto aos aspectos clínicos, os pacientes geralmente apresentam as denominadas características de vigília: olhos abertos, movimentos corporais complexos e interação com o ambiente, podendo também apresentar características específicas de tal estágio do sono NREM, como: amnésia, redução do nível de consciência ou tempo de resposta lentificados.
No entanto, a paralisia do sono é comum em pessoas com narcolepsia, que é uma doença mais séria que afeta o ciclo do sono e pode colocar a vida pessoa em risco se não tratada adequadamente. Entenda melhor o que é narcolepsia.
O tratamento para paralisia do sono é feito para evitar os episódios e envolve medidas para melhorar a qualidade do sono, como dormir o suficiente e nos mesmos horários e evitar bebidas energéticas, e psicoterapia para ajudar a lidar com pensamentos negativos ao ir dormir. Veja mais dicas para ter uma boa noite de sono.
O diagnóstico da paralisia do sono normalmente é feito pelo psiquiatra ou clínico geral levando em consideração o histórico de saúde da pessoa, medicamentos utilizados e os sintomas presentes, que são bastante característicos.
Hodiernamente é amplamente conhecido dentro da comunidade científica e – mesmo na comunidade leiga – a importância que o sono carrega e as consequências à saúde que a ausência de um sono adequado pode trazer, tanto que o sono é um dos tópicos explorados mesmo na anamnese quando se avalia o paciente de forma holística.
Agora, focando na que é de interesse neste artigo, as parassonias REM – de forma autoexplicativa – ocorrem durante o sono REM. Nesta etapa, ocorrem movimentos oculares rápidos (que nomeiam tal fase) e atonia muscular decorrentes de alta dessincronização dos potenciais de ação neuronal. Assim, são exemplos das parassonias desse estágio: a paralisia do sono, o pesadelo e o distúrbio comportamental do sono REM. Clinicamente, geralmente são de curta duração e movimentos não padronizados.
Abordando diretamente a patologia título do artigo, a paralisia do sono (PS) trata-se de uma parassonia do estágio REM e é definida como: episódios de incapacidade de se mover ou falar ao adormecer ou acordar temporárias e que não são melhor explicados por outros distúrbios do sono (por exemplo, a narcolepsia), efeitos de medicamentos ou outras substâncias. Dentro das paralisias do sono, as mais frequentes clinicamente são as paralisias do sono isoladas e recorrentes (PSIRs), condição que ocorre de forma isolada em diversos momentos isolados (pelo menos dois a cada seis meses) e se associa a angústia clinicamente significativa (ansiedade e/ou medo relacionado ao quarto/sono).
Além disso, o médico também pode indicar exames, como eletroencefalograma ou polissonografia, para descartar outras doenças como epilepsia e narcolepsia, que podem causar sintomas parecidos em algumas pessoas.
A paralisia do sono é um transtorno do sono no qual a pessoa sente que está consciente mas que é incapaz de mover o seu corpo ou falar, embora saiba o que está acontecendo à sua volta. Esta situação gera muita angústia, terror e desespero na pessoa afetada, costuma ocorrer no momento de começar a dormir ou no momento de despertar e tem uma duração média de entre 1 e 3 minutos. Estudos indicam que cerca de 50 a 60% das pessoas já sentiu algum episódio assim durante a sua vida. No geral, a paralisia do sono é associada a níveis de estresse altos, ansiedade e maus hábitos do sono, embora também possa ser uma consequência de doenças físicas ou mentais de maior gravidade. Na presença de episódios de paralisia do sono frequentes, é recomendável consultar um médico para averiguar a causa exata a iniciar o tratamento adequado.
A paralisia do sono não coloca a vida da pessoa em risco, embora possa causar sintomas angustiantes como a sensação de sufocamento ou peso sobre o peito. Durante os episódios, os músculos da respiração e todos os órgãos vitais continuam funcionando normalmente.
Como dito anteriormente, as parassonias são definidas como “eventos físicos ou experiências indesejáveis que ocorrem durante o início do sono, durante sua manutenção ou em associação ao despertar” (DE LIMA, 2021). São divididas entre aquelas que ocorrem na fase não REM e na fase REM – quando há alta dessincronização dos potenciais de ação neuronal -, sendo exemplos dessas últimas: a paralisia do sono, o pesadelo e o distúrbio comportamental do sono REM.
Em caso de suspeita de paralisia do sono, é recomendado consultar um psiquiatra especialmente se os episódios forem frequentes. O tratamento pode envolver medidas para melhorar a qualidade do sono, psicoterapia e medicamentos antidepressivos em alguns casos.
Durante o tempo que este episódio dura, a pessoa afetada acorda, se encontra em um estado de consciência entre o sono e a vigília e não pode realizar qualquer movimento voluntário, o que genera uma agrande angústia e ansiedade. Tem a capacidade de entender o que está acontecendo em seu redor nesse momento, nas não é capaz de mover-se, fazer qualquer ação física ou pedir ajuda. A paralisia não afeta os movimentos involuntários como a respiração ou o latido do coração, mas sim os músculos que movemos de forma voluntária.
Este artigo é meramente informativo, em Psicologia-Online não temos a capacidade de fazer um diagnóstico ou indicar um tratamento. Recomendamos que você consulte um psicólogo para que ele te aconselhe sobre o seu caso em particular.
De forma geral, os sintomas de paralisia do sono desaparecem de forma espontânea sem ter que realizar um tratamento específico, contudo, como já foi comentado, é importante consultar o médico caso os episódios sejam regulares ou frequentes e se são acompanhados de outros sintomas além dos mencionados no ponto anterior. O especialista analisará o historial clínico do paciente e os sintomas manifestados, sendo possível que indique a realização de um diário do sono por algumas semanas para analisar os hábitos de sono e, em casos necessários, pode pedir a realização de um exame de estudo do sono chamado polissonografia. Com essa prova, se registra e controla a atividade cerebral e o ritmo cardio-respiratório durante o sono.
Caso você sofra essas consequências e os episódios de paralisia do sono sejam frequentes, é conveniente consultar um médico para receber o tratamento necessário.
Se a paralisia do sono é consequência de alguma doença física ou mental, pode ser recomendada terapia psicológica e um tratamento farmacológico, já que ao tratar e melhorar o transtorno ou patologia subjacente, é provável que os episódios reduzam ou desapareçam. Os medicamentos antidepressivos podem ser recomendados em casos mais graves, já que esse tipo de fármacos atua modificando as concentrações de alguns neurotransmissores no cérebro encarregues de regular a fase REM do sono, o que faz com que essa etapa seja mais curta e não tão profunda.
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Na maior parte dos casos, a paralisia do sono surge apenas uma ou duas vezes durante toda a vida. Mas caso seja frequente, é aconselhado consultar um psiquiatra para avaliação.