Peçonha é produzida e inoculada em presas. Muitos animais são venenosos, mas nem todos são peçonhentos. O veneno e a peçonha têm uma certa diferença entre si, o que causa muita confusão e uma terminologia equivocada ao se referir a certos tipos de animais.
É necessário muito cuidado ao manusear esses peixes, pois um simples raspão em suas nadadeiras pode liberar a peçonha, que provoca dor intensa no local da ferida, inchaço, bolhas e manchas na região afetada.
Antes de falar das cobras, porém, vale a pena fazer uma distinção entre venenoso - isto é, o animal que produz a toxina, mas não tem estruturas inoculadoras, como as rãs acima citadas - e peçonhento - o animal que além de produzir a toxina possui estruturas para sua inoculação, as serpentes, por exemplo, possum presas para inocular o veneno em suas vítimas.
Para ter uma maior abrangência sobre o que é peçonha, ela não precisa necessariamente entrar em contato com a vítima através de um furo. Alguns peixes, por exemplo, podem infectar o metabolismo da presa através de sua pele intacta.
A peçonha Neurotóxica é uma das piores, já que causa visão turva, anisocoria, diplopia e face miastênica. Esse veneno é muito comum em escorpiões, aranha Viúva Negra, Cobra Coral e na família das cascavéis.
É o caso do sapo-veneno-de-flecha, pertencente ao gênero Dendrobates. Um único espécime desses pode conter até 1.900 microgramas de uma certa toxina, da qual apenas 200 microgramas podem ser fatais, inclusive para a espécie humana.
Além disso, manter as roupas sempre arejadas e armários limpos por dentro e por fora são ótimas formas de garantir que nenhum animal peçonhento sinta-se atraído pelo local. De forma geral, é importante manter o ambiente arejado, limpo e muito bem organizado.
Naturalmente, ao se pensar em animais venenosos, muito antes dos sapos, vêm à mente as cobras, que não têm a aparência inofensiva dos batráquios.
Olhar os calçados por dentro antes de colocá-los é extremamente importante. Também é bom ressaltar a importância de ficar longe de materiais de construção e demais entulhos, bem como buracos suspeitos na terra e possíveis ninhos.
Os acidentes com animais peçonhentos são extremamente comuns, mesmo quando se trata de um ambiente urbano. Por conta disso, ao notar dor moderada ou intensa, formigamento, sudorese, visão turva, sangramentos, inchaços e demais sintomas que indiquem que algo está errado, procure um médico o mais rápido possível para verificar o tratamento para peçonha.
Entre os peixes, ainda podem ser citadas outras espécies: os mandis-amarelos (Pimelodus maculatus), o mandi-chorão (Pimelodella sp), os surubins pintados e as cacharas (Pseudoplatystoma sp). Os mandis têm ferrões peçonhentos, que podem causar dor intensa por algumas horas, além de provocar infecções.
Há uma diferença entre os animais peçonhentos e venenosos. Ambos animais, venenosos e peçonhentos, produzem veneno em seu corpo. No entanto, a diferença é a presença de como a substância será inoculada.
Em contrapartida, a peçonha Proteolítica é uma das mais comuns, já que inicia com uma pequena lesão local e rubor, mas evolui para bolhas, necrosas e um imenso edema. É difícil e quase impossível de ser curada, pois avança rapidamente e pode causar amputações caso não seja tratada ao menor sinal de algum dos sintomas.
O nome coral verdadeira significa, sim, que existe uma falsa coral. Ou melhor, várias: a Phalotris mertensi, a Oxyrhopus guibei, a Oxyrhopus rhombifer e a Apostolepis dimidiata. Sua semelhança com a coral verdadeira é de grande utilidade, pois mantém eventuais predadores afastados.
Por final, a peçonha Coagulante é aquela que, na verdade, não coagula o sangue exatamente, mas sim, impede a coagulação e causa hemorragias severas. Tal peçonha é liberada por todas as cobras Bothrops ou Lachesis.
Convém lembrar que há cobras perigosas que, no entanto, não são peçonhentas: é o caso da jibóia (Boa constrictor) e da sucuri ou anaconda, do gênero Eunectes, do qual há três espécies (murinus, notaeus e deschauenseei. Possuem grande dimensões e são cobras constritoras, que se enrolam nas vítimas, esmagando seus ossos ou asfixiando-as.
A cobra coral verdadeira, pertencente ao gênero Micruru, também é encontrada em todo o Brasil. No entanto, trata-se de uma serpente de pequeno e médio porte (até um metro de comprimento) e respondem por somente 0,5% dos acidentes com ofídios no país.
Como são traiçoeiros e predadores, podem utilizar do tamanho e da camuflagem para ataque. Portanto, o mais indicado é sempre evitar caminhar sozinho sem experiência, principalmente em áreas com muita água ou vegetação.
Os surubins e cacharas têm ferrões serrilhados perigosos, mas sem a presença de peçonha. Já as arraias de água doce (família Potamotrygonidae) possuem peçonhas fortes que provocam dores intensas por até 24 horas e feridas no ponto de entrada do ferrão.
Já os animais venenosos possuem, sim, as toxinas necessárias para se tornarem peçonhentos, mas não possuem estrutura adequada para inoculá-lo na vítima. Ou seja, mesmo que ele possa ter a peçonha, ele não possui formas de injetá-la, já que os dentes não são ocos ou não possuem nenhum ferrão, por exemplo.
Ex.: serpentes, aranhas, escorpiões, abelhas, arraias. ANIMAIS VENENOSOS são aqueles que produzem veneno, mas não possuem um aparelho inoculador (dentes, ferrões) provocando envenenamento passivo por contato (taturana), por compressão (sapo) ou por ingestão (peixe baiacu).
Escorpião-amarelo
Confira abaixo, alguns pra você ficar bem esperto e tomar bastante cuidado antes de sair por aí querendo levar eles para ser seu mascote.
Uma cobra venenosa geralmente tem uma cabeça notavelmente mais larga que o pescoço e sua forma triangular é mais pronunciada. As cobras não-venenosas têm uma cabeça mais arredondada, sem ângulos agudos. 4. As escamas na cauda de uma cobra venenosa estão dispostas em uma única linha, e as de não-venenosas, em duas.
A maioria das cobras peçonhentas possui dentes ocos, por onde passa o veneno. Já as cobras venenosas não peçonhentas, não possuem esse mecanismo. Geralmente, elas matam suas presas por constrição, se enrolando a elas e as esmagando.
Tipos de cobras não venenosas
Geralmente o ventre é claro com manchas irregulares. A jararaca é ativa durante a maior parte do ano e as fêmeas tendem a serem maiores e mais pesadas do que os machos da espécie. A jararaca possui hábitos predominantemente terrestres, podendo apresentar hábitos arborícolas, principalmente os juvenis.
Também é conhecida por jararaca-do-campo, jararaca-do-cerrado, jararaca-dormideira, jararaca-preguiçosa e jararaca-verdadeira. Sua cor é marrom com amarelo escuro com rajas pretas. Perigosa, prepara o bote ao ver se aproximar qualquer ser.
Características: É muito perigosa, mas geralmente foge assim que avistada. Mede cerca de 1,20m. A Jararaca possui desenhos que lhe proporcionam uma ótima camuflagem, o que torna difícil a visualização do animal, mesmo para olhos experientes.
Os gêneros que ocorrem no Brasil podem ser diferenciados principalmente pelo formato da cauda: Bothrocophias e Bothrops (jararacas e urutus) caracterizam-se pela ponta da cauda lisa, sem guizo (chocalho); Crotalus (a cascavel) pelo chocalho na ponta da cauda e Lachesis (a surucucu) pela escama final da cauda em forma ...
No Brasil, as picadas de jararaca (Bothrops jararaca) respondem por cerca de 90% do total de acidentes com humanos envolvendo serpentes. O veneno da jararaca pode provocar lesões no local da picada, tais como hemorragia e necrose que podem levar, em casos mais graves, a amputações dos membros afetados.
A maior espécie de jararaca do nosso país se chama jararacuçu, que, na língua tupi, quer dizer justamente “jararaca grande”! ... O motivo disso é que, como os nomes científicos não contêm acentos ou cedilha, jararacuçu acabou virando jararacussu. A jararaca-comum habita a Mata Atlântica da Bahia ao Rio Grande do Sul.
A maioria das cascavéis têm cor cinza-amarronzada, com manchas em forma de diamantes ou barras transversais. Elas podem alcançar entre 30 centímetros e 2,5 metros de comprimento. Sua cabeça tem forma de triângulo. As cascavéis pertencem ao mesmo grupo de serpentes venenosas do qual fazem parte as víboras.
Ela habita os cerrados, regiões áridas e semi-áridas do Nordeste brasileiro, bem como os campos abertos das regiões Sul, Sudeste e Norte. Boicininga - "cobra que soa", na língua tupi - , é outro nome da cascavel, que possui um veneno poderoso.
Crotalus durissus
muçurana
A cobra urutu-cruzeiro, conhecida cientificamente como Bothrops Alternatus, pode ser encontrada em muitos lugares da América do Sul.
sucuris
Basicamente nenhum. As vezes ouve-se um sibilar mas isso é apenas o ar a reagir à sua língua que procura identificar o que a rodeia. Temos as as cascavéis que fazem um tilintar idêntico a um chocalho, mas é com o abanar do rabo onde têm umas escamas ocas que fazem esse barulho e, portanto, não é um barulho genuíno.
Mas o surpreendente mesmo é de onde vem esse som e o motivo de ele ser tão assustador: o silvo do gato é uma imitação do som de ameaça das cobras.