As injeções intramusculares podem ser aplicadas no músculo deltoide, nos glúteos medial e dorsal e no vasto lateral do quadríceps. A escolha por um ou outro músculo depende da dosagem receitada do medicamento, do grau de irritabilidade da substância e das características do paciente, conforme a tabela abaixo.
A injeção intramuscular pode causar dor e não está isenta de riscos: por isso, a Organização Mundial de Saúde, em 1998, estabeleceu duas recomendações que devem constituir a base de qualquer comportamento relativo à injeção intramuscular: "uma injeção só deve ser administrada se for necessária" e "cada injeção deve ser segura".
Quando a via é intramuscular, como é a via das vacinas contra Covid-19, o músculo utilizado é o deltoide, na região onde ele é mais espesso (aproximadamente quatro dedos abaixo do ombro). É errado realizar a aplicação próximo ao ombro ou próximo ao cotovelo, pois poderá causar inflamação e lesões nas articulações.
Quando a injeção intramuscular é aplicada de forma errada pode atingir estruturas próximas, como nervos ou vasos sanguíneos, resultando em sintomas e complicações, como dor, alterações da pele, infecções e até paralisia.
Caso a dor seja intensa ou acompanhada de outros sintomas, como perda da força ou sensibilidade e alterações da cor da pele, é recomendado procurar uma emergência para avaliação.
A injeção intramuscular pode ser aplicada no glúteo, no braço ou na coxa e serve para administrar vacinas e alguns remédios, como o Voltaren ou o Benzetacil, diretamente no músculo.
Embora seja uma região de fácil acesso, nem sempre é bem desenvolvido representando, assim, grande risco de lesões relacionadas aos nervos axilares, radial, braquial e ulnar e à artéria braquial. O volume máximo a ser administrado no deltoide é de 1,0mL para adolescentes e adultos.
Caso se suspeite de lesão em um nervo após a aplicação de uma injeção intramuscular é importante consultar um clínico geral ou neurologista. No entanto, se existir paralisia logo após a injeção, é recomendado procurar uma emergência.
A seleção de um calibre depende da viscosidade do líquido a ser injetado. Assim, para medicamentos aquo- sos (vitamina B12, por exemplo), utiliza-se agulhas de calibre 0,7 mm. Para medicamentos do tipo suspensões ou oleosos, como é o caso da maioria dos anticoncep- cionais, utiliza-se agulhas de calibre 0,8 mm.
O tempo até que a necrose inicie varia de acordo com a substância injetada e pode demorar até horas após a aplicação da injeção intramuscular. Em algumas pessoas, os sintomas indicativos de necrose podem se desenvolver em até 14 horas após a injeção, podendo ser notada dor intensa, pele azulada ou acinzentada e perda da força ou sensibilidade.
Quando não pode tomar medicamentos por via oral devido a doenças relacionadas com uma absorção deficiente do medicamento, ou porque tem problemas de deglutição, então a injeção intramuscular representa uma alternativa válida. A injeção intramuscular é a escolha também para a administração de vacinas, alguns antibióticos e hormonas.
As injeções intramusculares, especialmente em bebês ou crianças pequenas, só devem ser aplicadas por um enfermeiro, farmacêutico ou médico treinados para evitar complicações graves, como infecção, abcesso ou paralisia.
A injeção intramuscular pode ser aplicada em quatro músculos distintos: o músculo deltóide – que comporta 3 ml – o músculo vasto lateral – que comporta 4 ml – o músculo tensor da fáscia lata – que comporta 5 ml – e o músculo glúteo máximo – que comporta 5 ml.
A injeção intramuscular é preferível à subcutânea, mesmo quando tem que injetar maiores volumes de medicamentos. As substâncias injetadas por via intramuscular são soluções ou suspensões aquosas, mas também podem ser injetadas substâncias à base de óleo. O volume máximo do medicamento a administrar é de 5 mililitros para adultos.
Basicamente, existem quatro tipos de injeção: intradérmica, subcutânea, intravenosa e intramuscular. A diferença está no ponto do corpo que elas atingem. A intramuscular, que como o próprio nome diz vai diretamente ao músculo, é a que mais incomoda por penetrar mais fundo em nossos braços ou glúteos.
Para saber qual o local exato da aplicação da injeção intramuscular no glúteo deve-se dividir o glúteo em 4 partes iguais e colocar 3 dedos, na diagonal, no quadrante superior direito, junto à interseção das linhas imaginárias, como mostra a primeira imagem. Desta forma é possível evitar ferir o nervo ciático que pode causar paralisia.
O local correto para aplicar injeção intramuscular em crianças depende da idade. No caso dos lactentes, o local mais indicado é o músculo vasto lateral (região ântero-lateral da coxa), pois representa a maior massa muscular dessa faixa etária.
A dor após a injeção intramuscular tende a melhorar sem necessidade de tratamento específico, em poucos dias. No entanto, aplicar gelo, evitar esforços e movimentar o membro em que a injeção foi aplicada podem ajudar a aliviar o sintoma.
Não se tem uma definição precisa do volume máximo que pode ser administrado com segurança por essa via parenteral. Para adultos, a única recomendação mais consistente encontrada na literatura limita a no máximo 5 mililitros (ml) o volume a ser aplicado.
Cinco músculos são geralmente selecionados como possíveis locais para administração IM de medicamentos, sendo eles: deltóide, dorsoglúteo, ventroglúteo, vasto lateral e reto lateral.
A seringa para a injeção intramuscular varia conforme o volume a ser injetado (entre 1,0 e 5 ml). O comprimento e o calibre da agulha variam de acordo com a massa muscular e a solubilidade do líquido a ser injetado, geralmente utilizamos as agulhas 25 x 08 ou 30 x 07 mm.
O canhão AZUL, é utilizada para aplicação de soluções subcutâneas e endovenosas. A agulha com o canhão CINZA ESCURO, é bastante utilizada para a aplicação de soluções intramusculares e endovenosas em adultos. Na cor VERDE, é utilizada para a aplicação de soluções intramusculares, geralmente em adultos.
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Quando um medicamento é administrado por via intravenosa, ele chega imediatamente à corrente sanguínea e tende a apresentar efeito mais rapidamente do que quando administrado por qualquer outra via.
Conheça um pouco mais sobre algumas das vias de administração de medicamentos que podem ser adotados pelo enfermeiro:
Por essas razões, a maioria dos fármacos é absorvida, principalmente, no intestino delgado, e os ácidos, apesar da capacidade de atravessar membranas prontamente por serem fármacos não ionizados, são absorvidos mais rapidamente no intestino que no estômago.
Alguns fatores influenciam a absorção, tais como: características físico- quimicas da droga, veículo utilizado na formulação, perfusão sangüínea no local de absorção, área de absorção à qual o fármaco é exposto, via de administração, forma farmacêutica, entre outros.
pH local: conforme o pH local, o fármaco pode ser ionizado, processo que dificulta a sua absorção.
No caso das cápsulas e pílulas ingeridas pela boca, a primeira parada do princípio ativo é no estômago, após passar pela faringe e esôfago, chegando ao intestino, de onde os vasos sanguíneos absorverão os princípios ativos do medicamento.
Os medicamentos são absorvidos principalmente no intestino, mas cada um age de um jeito. A passagem pelo estômago é apenas o primeiro passo do processo de absorção de um remédio pelo nosso organismo.
Na maioria dos casos, 30 minuto são suficientes para que o medicamento seja absorvido, principalmente se ele tiver sido tomado com o estômago vazio.
Conforme comentamos anteriormente, a farmacocinética é, didaticamente, dividida em quatro etapas: absorção, distribuição, biotransformação, biodisponibilidade e excreção.
A farmacocinética é o caminho percorrido pelo fármaco no organismo, ou seja, são as etapas que ocorrem desde a administração (absorção), distribuição, metabolização (biotransformação) e saída (excreção) do medicamento.
A farmacocinética é o estudo do destino dos fármacos no organismo após sua administração. Abrange os processos de absorção, distribuição, biotransformação e excreção.
Por distribuição de medicamentos entende-se o movimento do medicamento do sangue para os diversos tecidos do corpo (por exemplo, tecidos adiposo, muscular e cerebral) e dos tecidos para o sangue, bem como as proporções relativas do medicamento nos tecidos.
O grau de distribuição de um fármaco nos tecidos depende do grau de ligação às proteínas plasmáticas e aos tecidos. Na corrente sanguínea, os fármacos são transportados parte em solução como fármaco livre (sem ligação) e parte com ligação reversível a componentes sanguíneos (p.
A absorção é o processo que se inicia com a aplicação ou tomada do medicamento até a entrada para a circulação sanguínea. A análise dessa etapa é fundamental para que os efeitos da medicação sejam satisfatórios.
Biotransformação, transformação metabólica ou bioconversão é o processo em que substâncias como fármacos, nutrientes, dejetos e toxinas dentro de um organismo, passam por reações químicas, geralmente mediadas por enzimas, que o convertem em um composto diferente do originalmente administrado.
Os fármacos podem ser biotransformados por oxidação, redução, hidrólise, hidratação, conjugação, condensação ou isomerização; mas, qualquer que seja o processo, o objetivo é de facilitar sua excreção. As enzimas envolvidas na biotransformação encontram-se em muitos tecidos, mas, em geral, concentram-se no fígado.
As reações químicas da biotransformação enzimática são classificadas como reações de: Fase I e Fase II. Reações de Fase I do Metabolismo: Convertem o fármaco original em um metabólito mais polar através de reações de oxidação, redução ou hidrólise.
Os citocromos P450 são heme-proteínas envolvidas nas biotransformações de vários compostos de origem endógena e exógena. Biologicamente estas enzimas promovem a modificação química de várias moléculas exógenas lipofílicas, que após isso se tornam mais solúveis e de fácil excreção pelo organismo humano.
As enzimas do citocromo (CYP) P450 são uma superfamília da proteína envolvida na síntese e no metabolismo das drogas, toxinas e componentes celulares normais. A família da CYP das enzimas foi identificada em muitos organismos, incluindo animais, plantas, bactérias, e mesmo em alguns vírus.
O CYP450 é uma importante família de monooxigenases envolvida no metabolismo de medicamentos. As isoenzimas CYP1A2, CYP2B6, CYP2C19, CYP2D6, CYP2E1 e CYP3A4, entre as enzimas que integram o CYP450, são as que parecem contribuir com maior frequência no metabolismo da maioria dos medicamentos.
Classe de hemoproteínas ou pigmentos celulares respiratórios cuja principal função biológica é o transporte de eletrões e/ou de hidrogénio. Citocromo móvel que transporta eletrões do Complexo III para o Complexo IV da cadeia respiratória. ...