Por Que As Leucoplasias Podem Ser Definidas Como Leses Cancerizveis?

Por que as leucoplasias podem ser definidas como leses cancerizveis

O termo leucoplasia ganhou evidência nas últimas semanas, em diversos meios de comunicação, gerando dúvidas e interesse na população. A leucoplasia é uma lesão de coloração esbranquiçada que se manifesta nas superfícies da mucosa, principalmente na boca.

Principais sintomas

A principal causa da leucoplasia é o uso frequente de cigarro, mas também pode ser provocada pelo uso de substância irritantes, como ingestão frequente de bebidas alcoólicas, por exemplo, sendo mais comum em homens com idade compreendida entre os 40 e 60 anos de idade.

Ruth Tramontani RamosI; Camilla Rodrigues PaivaII; Andreza Maria de Oliveira FilgueirasIII; Geraldo Oliveira Silva-JuniorIV;Marília Heffer CantisanoIV; Dennis de Carvalho FerreiraV; Marcia RibeiroVI

Artigo

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Diversos fatores podem influenciar no desenvolvimento da leucoplasia. Dentre eles, destacam-se alguns hábitos de vida, como o uso frequente de cigarro. 

Leucoplasia é quando surgem placas ou bolinhas brancas na língua e, por vezes, no interior das bochechas ou nas gengivas. Acontece devido ao espessamento da camada superficial de queratina da língua e não provoca dor, queimação ou coceira. Também não é possível remover as placas em casa, sendo importante consultar o dentista.

Foi também observada a conduta dos cirurgiões-dentistas para o tratamento das lesões orais. Para a queilite actínica, as principais condutas foram aplicação de fludroxicortida, uso de protetor solar e biópsia. Em 26 casos, foi realizado um tratamento conservador com uso apenas de fludroxicortida e/ou protetor solar; em 23 casos, foi indicada a realização de biópsia (destes, 11 realizaram tratamento conservador antes de indicar a biópsia) e, em 4 casos, não foi registrada a conduta tomada pelo cirurgião-dentista. Nos casos de leucoplasia oral, 20 pacientes foram encaminhados para biópsia e, em 1 dos casos, o profissional não registrou a conduta indicada; em 3 casos, foram solicitados exames complementares (hemograma e glicemia em jejum) e, em outros 3, o paciente ficou em acompanhamento. De seis casos com diagnóstico clínico de eritroplasia oral, cinco foram encaminhados para biópsia; um não foi necessário, porque notou-se que a lesão era de origem traumática. Para os casos de eritroleucoplasia, todos os pacientes foram encaminhados para biópsia. Nos casos de líquen plano oral, foi indicada a realização de biópsia em seis casos; em um caso, foi realizada laserterapia antes do encaminhamento para biópsia e, em outro, não foi registrada a conduta do cirurgião-dentista.

O que pode causar a leucoplasia

Segundo Pereira et al.,22 a eritroplasia oral acomete ambos os gêneros, mas mostra maior incidência em homens, além de ser mais comum em pessoas com idade entre 40 e 60 anos, o que corrobora os resultados deste estudo, no qual 66,7% dos pacientes eram do gênero masculino e a média de idade foi de 65 anos. Para Lapthanasupkul et al.,21 o palato foi o sítio mais acometido, no nosso estudo, por sua vez, 22,2% das eritroplasias foram verificadas em palato mole e 11,1% em palato duro. Diferentemente do relato de Reichart et al.,23que afirma que a raça mais prevalente acometida por eritroplasia oral em seu estudo foi a branca, no presente estudo foi verificada maior prevalência de pacientes de outras raças.

Nesse caso, duas opções confiáveis são a Amil Dental e a SulAmérica. Esses planos oferecem cobertura para uma ampla gama de procedimentos odontológicos, incluindo consultas regulares, exames, tratamentos de gengiva e até mesmo cirurgias, se necessário. 

9. Warnakulasuriya S, Johnson Nw, Van Der Waal I. Nomenclature and classification of potentially malignant disorders of the oral mucosa. J Oral Pathol Med. 2007;36:575-80.

Quem escreve

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O Tua Saúde, marca do Grupo Rede D'Or, é um espaço informativo, de divulgação e educação sobre temas relacionados com saúde, nutrição e bem-estar. Também facilitamos o acesso ao atendimento médico personalizado. As informações publicadas não devem ser utilizadas como substituto ao diagnóstico ou tratamento especializado, e não dispensam a consulta com um médico.

Até esta última conclusão muitas foram as definições propostas ao longo do tempo para designar a LO de modo a uniformizar internacionalmente, facilitando a comunicação entre os diversos pesquisadores, epidemiologistas e patologistas.9 Em 1978, a OMS propôs sua primeira definição, como sendo uma mancha ou placa branca que não pode ser caracterizada clínica ou patologicamente como nenhuma outra doença.8

As lesões pré-cancerosas são definidas como um tecido morfologicamente alterado, em que o câncer é mais provável de ocorrer que sua contraparte aparentemente normal, enquanto uma condição pré-cancerosa é definida como um estado generalizado associado a um risco significativamente aumentado de câncer.3 Algumas dessas lesões exibem um alto potencial de desenvolver um carcinoma, muitas vezes independentemente do grau de displasia epitelial.4

MÉTODOS

1. Starzyńska A, Pawłowska A, Renkielska D, Michajłowski I, Sobjanek M, Błażewicz I, et al. Estimation of oral leukoplakia treatment records in the research of the Department of Maxillofacial and Oral Surgery, Medical University of Gdansk. Postepy Dermatol Alergol. 2015; 32(2):114-22.         [ Links ]

Em 2005, a OMS determinou uma nova classificação, na qual a nomenclatura foi alterada para lesões com potencial de malignização ou lesões epiteliais precursoras, sendo assim classificadas em: leucoplasia, leucoplasia verrucosa proliferativa (figura 2), eritroplasia, queilite actínica, fibrose submucosa oral, líquen plano e atrofia por deficiência de ferro.18

Serviços Personalizados

Palavras-chave: Leucoplasia; Carcinoma de células escamosas; Desordens potencialmente malignas; Lesões pré-malignas; Terminologia.

Objetivo: o trabalho tem por objetivo revisar a literatura contemplando a atualização dos conceitos atuais sobre a leucoplasia oral (LO) e as suas repercussões clínicas. Material e Métodos: foram selecionados artigos científicos publicados entre os anos de 2010 e 2016, através dos bancos de dados MEDLINE (Medical Literature Analysis and Retrievel Sistem online), PUBMED (Publicações Médicas) e LILACS (Literatura Latino-americana e do Caribe em Ciências da Saúde) utilizando como palavras-chave: Leucoplasia, carcinoma de células escamosas, desordens potencialmente malignas, lesões pré-malignas, terminologia. Foram selecionados 30 artigos em português e inglês em sua versão completa. Resultados: termo leucoplasia deve ser usado para identificar placas brancas com possibilidade de malignização excluindo outras doenças ou desordens conhecidas que não demonstrem um risco aumentado para o câncer. Conclusão: concluiu-se que os conceitos sobre leucoplasia oral dentro das desordens potencialmente malígnas insere o potencial de transformação maligna, ressaltando a importância do reconhecimento e diagnóstico precoce.

RESULTADOS

26. Parise O. Câncer de boca: aspectos básicos e terapêuticos. São Paulo: Savier; 2000. P. 57-60.

Agora que você já sabe o que é a leucoplasia e como ela pode impactar a sua vida, que tal dedicar mais cuidado à sua saúde? Comece identificando quando sua imunidade está baixa, lendo o artigo 5 sinais de imunidade baixa que devem te deixar alerta.

O que é queilite actínica?

A queilite actínica é a lesão pré-maligna mais comum do lábio inferior, que se apresenta como uma lesão difusa, resultante da exposição excessiva à radiação solar, e exibe alterações histomorfológicas indicativas de desvio da diferenciação normal, podendo apresentar diferentes graus de displasia18,24,26,29,31.

Quais são os aspectos clínicos da queilite actínica?

Seus sinais clínicos são edema, eritema, descamação, ulceração, sangramento, áreas leucoplásicas, crostas, áreas eritoplásicas, adelgaçamento do vermelhão, falta de delimitação entre o vermelhão e a pele e atrofia labial (PICASCIA & ROBINSON, 1997).

O que causa queilite?

A queilite é inflamação aguda ou crônica dos lábios. Pode ser causada por infecção, exposição ao sol, fármacos ou substâncias irritantes, alergia ou doença subjacente. A inflamação acomete principalmente o vermelhão labial e a borda do vermelhão.

Qual o melhor remédio para boqueira?

Para isso, o médico pode recomendar a aplicação de um creme ou pomada com miconazol, nistatina (Daktarin) ou clotrimazol (Canesten), 2 a 3 vezes ao dia, o uso de uma suspensão oral com nistatina (Canditrat) ou mesmo a ingestão de antifúngicos orais, como o fluconazol (Zoltec), em comprimidos.

Estou com um corte no canto da boca o que devo tomar para cicatrizar mais rápido?

5 passos para curar uma ferida mais rápido

  1. Lavar a ferida e fazer um curativo. ...
  2. Aplicar calor na ferida por 15 minutos. ...
  3. Manter a ferida elevada. ...
  4. Comer ômega 3 e vitaminas A, C e E. ...
  5. Passar uma pomada cicatrizante.

O que causa boqueira no canto da boca?

A boqueira, também conhecida como queilite angular, é uma feridinha que pode aparecer no canto da boca e que pode ser causada por aparelhos ortodônticos ou pelo excesso de saliva que fica acumulada no local, o que favorece a proliferação de fungos e bactérias, resultando na boqueira.

Como curar boqueira em 1 dia caseiro?

Tratamento natural para boqueira Para ajudar a curar a boqueira é aconselhado comer alimentos cicatrizantes, como iogurte ou tomar o suco de laranja com canudinho porque facilitam a formação do tecido que ajuda a fechar as feridas no canto da boca.

O que é bom para curar aftas?

Sal. O sal é um antisséptico ótimo para tratar afta. Para utilizá-lo como remédio caseiro, misture uma colher de chá de sal em meio copo de água morna e utilize-o para enxaguar sua boca, principalmente na área afetada pela afta, depois cuspa a água.

Como aliviar dor de afta na bochecha?

Aplicar sal, água oxigenada ou até o bicarbonato de sódio diretamente na lesão é uma péssima escolha. Mas existem remédios que podem ser feitos em casa que melhoram as dores provocadas pela afta. A dentista indica alguns: “Bochechos ou chá com própolis e aloe vera ajudam a aliviar bastante os incômodos.

Quando a afta não Sara?

Normalmente desaparece em até duas semanas, mesmo sem qualquer tratamento. Já a afta causada por um tumor maligno pode até se parecer com a sua versão mais comum. Porém, ela não cicatriza: permanece por mais de 15 dias e sua tendência, em parte dos casos, é de piora, ou seja, a área afetada aumenta.

Como diagnosticar HPV na boca?

Os sintomas que indicam a infecção por HPV na boca são raros, no entanto, algumas pessoas podem apresentar pequenas lesões, parecidas com verrugas esbranquiçadas, que podem se juntar e formar placas. Estas pequenas feridas podem ser de cor branca, vermelha-clara ou ter a mesma cor da pele.