Porém, a curto prazo, o álcool também traz muitos efeitos negativos, um belo exemplo disso é a ressaca no outro dia. Muitas pessoas pensam que não há nenhum problema em dormir bêbado, mas os especialistas desmentem isso. Eles mostram o que acontece com o corpo quando a pessoa vai dormir após beber umas doses a mais.
Um estudo desenvolvido pelo Centro do Sono de Londres sugere que o consumo de bebidas alcoólicas antes de dormir pode prejudicar a noite de sono. De acordo com os pesquisadores, o álcool prejudica os ciclos do sono e, se consumido com frequência antes de dormir, pode causar problemas como apneia e insônia crônica.
O álcool realmente pode ajudá-lo a adormecer: a bebida acelera o início do sono. Ajuda a relaxar, reduz o estresse, diminui a ansiedade e traz sonolência. Essa sonolência, no entanto, é relativa. A medida que a pessoa fica resistente, é necessário uma dose cada vez maior de álcool para conseguir o mesmo efeito.
O álcool é uma substância que produz diversos efeitos no cérebro, sendo alguns relacionados à regulação do sono. O uso crônico de álcool promove o aumento da sinalização do neurotransmissor GABA (sigla para ácido gama-aminobutírico) e prejudica a sinalização do neurotransmissor acetilcolina.
Segundo os cientistas, o vinho e a cerveja são as bebidas que mais causam sensação de relaxamento, sono – e até mesmo cansaço, em alguns casos. Já se a intenção é sentir-se mais confiante e enérgico, os destilados são as melhores pedidas.
A valeriana “atua no receptor (ácido gama-aminobutírico)” que controla a excitação da atividade neural, segundo Dasgupta. Graças ao triptofano, cálcio e magnésio dos laticínios, beber leite morno antes de dormir pode ajudá-lo a dormir melhor.
Assim, para consumir bebidas alcoólicas e não ficar bêbado, e consequentemente não ficar de ressaca, é preciso seguir as seguintes estratégias:
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Tolerância: necessidade de doses maiores de álcool para atingir o mesmo efeito obtido com doses anteriormente inferiores ou efeito cada vez menor com uma mesma dose da substância.
Quem bebe, mesmo que não se considere um alcoólico, sofre danos em seu organismo. O álcool é tóxico e agride o fígado, o pâncreas, o músculo cardíaco e o coração como um todo, o sistema nervoso central, os nervos periféricos, as glândulas, os testículos e assim por diante.
Pessoas grandes ou acima do peso: Se você é grande ou está acima do peso, você já deve ter percebido que pode beber mais que seus amigos menores sem ficar tão bêbado. Isso acontece porque você tem mais sangue no corpo, então a mesma quantidade de álcool se dilui mais, causando menos danos ao cérebro e outros órgãos.
“O álcool tem ação direta no sistema límbico, do Sistema Nervoso Central, e age como um depressor das funções cerebrais, diminuindo o centro da crítica da pessoa, que fica mais expansiva. A ansiedade, a variação de humor e a depressão são consequências da ingestão de bebida alcoólica”, explica Claudio Jerônimo.
O termo abstemia faz referência às pessoas que não ingerem bebidas alcoólicas, chamadas de abstêmios.
Quanto maior a disponibilidade da enzima ADH no organismo de uma pessoa, mais resistente e tolerante aos efeitos do álcool (etanol) ela é.