Os termômetros tradicionais usam o mercúrio para medir a temperatura. Porém, você sabia que é possível fazer um termômetro caseiro só com álcool isopropílico e água? Embora ele não sirva para medir uma febre, você pode usá-lo para descobrir a temperatura da sua casa. E para fazer esse experimento super útil e divertido, você só precisa de alguns materiais encontrados em praticamente qualquer despensa!
Os termômetros infravermelhos são mais tecnológicos que os digitais comuns, por trazerem sensores que mostram se um paciente tem febre ou está febril apenas ao apontá-lo para a testa.
Para sair da fase de conceito e chegar até as prateleiras, o processo é longo, até porque termômetro é um item que precisa responder a várias regras de compliance. O Canaltech conversou com Pedro Henrique Abreu, Gerente de Marketing e Produtos da G-Tech, para entender melhor como isso funciona.
Mas, então, como saber que você está adquirindo um produto confiável? Pedro dá uma dica de ouro: "A forma mais segura de o consumidor se resguardar é procurar marcas tradicionais, que possuam outros produtos para saúde em seu portfólio. Além disso, marcas desconhecidas muitas vezes não possuem embalagem e manual em português, o que é um indicativo da pouca preocupação com a qualidade do produto."
Se você ainda não tem um bom termômetro ou quer fazer um upgrade no termômetro da sua farmacinha doméstica, aqui vão algumas dicas sobre como escolher e qual escolher. Já adiantamos: termômetros de mercúrio já são defasados, além de apresentarem riscos à saude caso o metal vaze numa queda. Esqueça-os, caso esteja querendo comprar um usado em um site de desapego. Então, investir em um digital já é um bom primeiro passo.
Apesar de o foco deste guia ser em termômetros que medem a temperatura do corpo humano, os mais modernos conseguem, ainda, captar a temperatura ambiente. Outros, ainda mais sofisticados, podem ser usados até na culinária.
Apesar de muitos conhecerem e até sentirem fata do velho termômetro analógico de mercúrio (aquele fininho, de vidro, que precisávamos sacudir antes de começar a aferição), o instrumento foi retirado de circulação em 2018 pela Anvisa por conter o metal, que é potencialmente nocivo, caso entre em contato com feridas na pele. Com a medida, a agência evitou que o mercúrio fosse acidentalmente inalado ou aspirado, pois, já que os termômetros de mercúrio eram feitos de vidro, eram frágeis o suficiente para quebrar e espalhar o líquido metálico por toda parte.
Se você estiver monitorando a temperatura de alguém na sua casa, como um idoso ou uma criança, e quer evitar acordar a pessoa durante o sono, alguns termômetros sem contato trazem telas LCD retroiluminadas, ou seja: elas acendem no escuro — e você não vai precisar acender a luz do quarto de madrugada, por exemplo.
Segundo Pedro Henrique, "termômetros Infravermelhos, de contato ou sem contato, não possuem regulamentação do INMETRO para sua parte metrológica, apenas relativa à segurança elétrica do uso do produto. Em relação à aprovação da Anvisa, esta é requerida para todos os tipos de termômetros e é a forma mais segura de identificar se o produto passou por testes e possui qualidade e segurança", explica.
Pedro Henrique acrescenta, ainda, que o consumidor deve procurar por marcas de qualidade, pois elas garantem precisão e segurança. "Além disso, ele deve analisar qual vai ser uso do termômetro, se vai ser residencial ou, muito comum, agora, 'uso comercial' [na porta de estabelecimentos]. Sendo uso residencial, pode escolher entre os termômetros digitais tradicionais, que ainda têm o inconveniente de levar aproximadamente 60 segundos para apresentarem o resultado, ou os infravermelhos, com ou sem contato com a pele."
O termômetro é um artefato com uma longa história na história da humanidade, cuja primeira versão foi chamada de termoscópio e inventada pelo cientista renascentista Galileo Galilei: consistia em um recipiente de vidro que culminava em uma esfera fechada, que precisava ser submersa de cabeça. para baixo em uma mistura de álcool e água , deixando a esfera para cima. Conforme o líquido esquentava, ele subia pelo tubo.
Após alguns minutos de espera, o calor do corpo ou da substância fará com que o mercúrio ou o álcool suba a um ponto equivalente, na escala registrada no aparelho, ao grau de calor medido.
Para usá-lo, basta zerar a temperatura pressionando o botão. A maioria traz o indicativo "Lo" (mínimo, em tradução literal) na tela, que mostra o momento de colocar a parte metálica do aparelho no corpo, preferencialmente na axila, e aguardar o sinal sonoro para que o resultado seja mostrado na tela. Enquanto isso, a pessoa precisa ficar parada, aguardando a aferição. Após o bip, você pode retirar o termômetro e checar se existe febre. Alguns, inclusive, emitem um sinal sonoro semelhante ao de um despertador quando detectam que o paciente está com febre.
Não basta comprar o melhor termômetro da loja. Se você não ler o manual e não souber operá-lo de acordo com as normas do fabricante, suas medições podem vir com erros. Então, tome cuidado para não cometer erros crassos, como os listados abaixo:
Para que o líquido não desça depressa demais até o reservatório na ponta do termômetro (antes que você tenha tempo de olhar a temperatura!), o tubo de vidro é bem fininho. Assim, o líquido volta devagar. E, para deixar o aparelho pronto para ser usado outra vez, é só deixá-lo em um lugar frio ou sacudi-lo para que o mercúrio retorne ao reservatório.
Com a evolução da tecnologia, equipamentos médicos, dos mais simples aos mais complexos, também foram beneficiados — e, a partir de então, uma variedade de marcas, tipos e modelos de novos termômetros começou a surgir para substituir o velho termômetro de mercúrio. Hoje em dia, podemos contar com a praticidade de termômetros mais rápidos e precisos, sem metais nocivos à saúde, usando tecnologias que variam de sensores simples de temperatura a componentes que usam raios infravermelhos para aferir sem precisar de contato com o corpo.
Esses instrumentos têm bom nível de precisão e são acessíveis, com preços na casa dos 30 reais, em média. Eles precisam de uma bateria tipo botão para funcionar e o resultado da medição sai em um prazo de 1 a 5 minutos, dependendo do modelo. Alguns, mais caros, levam menos tempo — cerca de 10 segundos, mas a medição pode não ser tão precisa.