Imagine todos os seres vivos do planeta, tanto animais como vegetais. Agora, tente pensar em uma denominação para cada um deles, de forma que seus nomes os agrupe conforme suas características em comum. Difícil, não é? Mas é exatamente isso que um ramo da biologia faz. Existem pessoas que trabalham apenas para identificar e nomear espécies - os botânicos (no caso das plantas) e os zoólogos (no caso dos animais) e são chamados sistematas.
As espécies devem ser binomiais, ou seja, devem possuir dois nomes, formados pela junção do gênero (epíteto genérico) com a espécie (epíteto específico), que deve ser escrita com todas as letras minúsculas. Veja o exemplo da espécie humana:
O reino fungi é constituído pelos fungos, que possuem parede celular formada por quitina. Podem ser uni ou pluricelulares. Os fungos mais conhecidos são os cogumelos, os formadores de mofo, bolores, orelhas de pau e leveduras (fermento biológico).
O reino plantae, vegetal ou metaphyta comporta os organismos que produzem seu próprio alimento (autótrofos) por meio da fotossíntese. São eucariontes, pluricelulares e possuem respiração aeróbica (utiliza o oxigênio como aceptor final). Como exemplos, temos os pinheiros, as samambaias e a roseira.
Os gêneros, por fim, incorporam as espécies, a categoria taxonômica menos abrangente, definida como aquela que reúne organismos que se reproduzem entre si e que são capazes de gerar descendentes férteis.
Na verdade, o gênero Homo contém diversas espécies, porém, com exceção do sapiens, todas estão extintas. São elas : Homo antecessor, Homo rhodesiensis, Homo rudolfensis, Homo habilis, Homo cepranensis, Homo ergaster, Homo erectus, Homo floresiensis, Homo georgicus, Homo heidelbergensis, Homo neanderthalensis, Homo sapiens.
Porém, foi apenas no século XVIII que surgiram as bases científicas do ramo da biologia que classifica e organiza os seres vivos dentro de categorias: a Taxonomia. Essa classificação segue até hoje um sistema definido em 1735 pelo botânico sueco Carl Von Linné, também conhecido como Lineu.
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Lineu reuniu os organismos biológicos de acordo com suas características comuns em grupos chamados táxons, que vão dos mais abrangentes aos menos abrangentes:
Essas subdivisões são muito comuns no caso dos insetos. A razão disso, está muitas vezes ligada à peculiaridades como número de articulações nas antenas - é o caso de uma espécie de besouro. Estudiosos descobriram que uma espécie de besouro tem alguns indivíduos com número maior de articulações nas antenas. E estes apenas se reproduziam com os seus iguais. Então, esses besouros foram classificados em uma subespécie.
É muito importante para a ciência que todos os seres vivos sejam identificados, ou não seria possível estudá-los. A ciência agrupa os seres vivos conforme as características que eles apresentam em comum. Como num jogo de encaixar, cada grupo possui um subgrupo, o qual possui outro subgrupo, e a cada divisão as similaridades ficam cada vez mais acentuadas.
O reino animalia, animal ou metazoa abrange todos os animais do planeta. São seres macroscópicos, eucariontes e pluricelulares. É composto por nove grupos (filos) principais:
A classificação básica dos seres vivos é, em ordem decrescente: reino, filo, classe, ordem, família, gênero, e espécie. Em muitos casos, há tantas especializações que esta classificação não é suficiente. Por isso foram criadas algumas subdivisões dentro de ordem, classe, e espécie. No caso do grupo "classe", encontra-se a superclasse (que fica um grau acima da classe) e a infraclasse (que fica um grau abaixo da classe). Da mesma maneira ocorre com o grupo da ordem: existe a superordem e a infraordem. No grupo de espécies, encontra-se a subespécie.
O reino protista ou protoctista é formado por seres eucariontes (o núcleo da célula é definido e envolto por uma membrana) em sua maioria microscópicos. Podem ser unicelulares ou pluricelulares (formados por mais de uma célula). Pertencem ao reino protista as algas e os protozoários.
Para Lineu, no século XVIII, haveria apenas dois reinos: animal e vegetal. No entanto, com o avançar do tempo e a evolução da microscopia, novos reinos foram descobertos. Atualmente, são cinco os reinos biológicos: