Em seu audiolivro "Outras mentes: o polvo e a evolução da vida inteligente" (em tradução literal), o filósofo e mergulhador Peter Godfrey-Smith explora a surpreendente jornada evolutiva dos cefalópodes.
Polvos em movimento já foram vistos colocando seus braços sobre outros polvos, como se estivessem dando um "tapinha" nas costas. Pesquisadores acreditam que isso não seja um ataque, mas sim uma forma de reconhecimento mútuo, semelhante a um gesto de amizade entre humanos.
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Os polvos aplicam uma pressão significativamente diferente quando estão dispostos a manipular diferentes utensílios, presas ou, pelo contrário, quando agem de forma defensiva diante de predadores. Demonstrou-se que retêm as presas, como no caso dos peixes, com muito maior intensidade do que as ferramentas que possam utilizar para a sua proteção.
Em seu audiolivro "Outras mentes: o polvo e a evolução da vida inteligente" (em tradução literal), o filósofo e mergulhador Peter Godfrey-Smith explora a surpreendente jornada evolutiva dos cefalópodes.
Três polvos participaram do experimento com a alavanca, citado anteriormente: Albert, Bertram e Charles. Albert e Bertram foram os mais participativos, já Charles se confundiu um pouco e quebrou a alavanca.
Fuga e ocultação: outra estratégia empregada pelos polvos é a fuga rápida, impulsionando-se para frente e expelindo água através de um tubo muscular chamado sifão. Além disso, seus corpos moles, apesar de torná-los mais vulneráveis a predadores, permitem que eles se escondam em buracos de diversos tamanhos e formatos. O único requisito é que o buraco seja maior do que o bico do polvo, a única parte dura de seu corpo.
Mas Charles foi mais longe e naquele dia lançou jatos d'água nos cientistas. Há histórias de polvos com mau comportamento em alguns aquários, incluindo alguns que aprenderam a desligar as luzes esguichando água nas lâmpadas para provocar curtos-circuitos elétricos.
Locomoção dos polvos: os polvos utilizam seus braços para "andar" ou "rastejar" no fundo do mar. Além disso, eles possuem uma estrutura tubular e muscular conhecida como sifão, que lança água e permite que eles realizem um nado "para trás", principalmente em situações de fuga de predadores.
No entanto, o professor Stefan Linquist, que estuda o comportamento destes animais, acredita que os "ataques" são, na realidade, interações parecidas com "tapinhas" que damos nas costas de conhecidos e são uma forma de se reconhecerem.
Há histórias de polvos com mau comportamento em alguns aquários, incluindo alguns que aprenderam a desligar as luzes esguichando água nas lâmpadas para provocar curtos-circuitos elétricos.
Nesse mesmo laboratório da Nova Zelândia que enfrentou o problema com o polvo que "apagava as luzes", um outro animal não gostou de um dos cientistas do laboratório, sem motivo aparente.
Com deu para perceber com as situações anteriores, polvos podem ser criaturas brincalhonas. Alguns animais em laboratórios já foram observados se divertindo em seus tanques com frascos de comprimidos vazios, lançando-os com seus esguichos de água na direção do fluxo criado pela bomba do tanque para que eles voltassem.
Alguns animais em laboratórios já foram observados se divertindo em seus tanques com frascos de comprimidos vazios, lançando-os com seus esguichos de água na direção do fluxo criado pela bomba do tanque para que eles voltassem.
Os polvos inspiraram diversos personagens famosos do cinema, como a bruxa do mar Ursula, da Disney, e o Doutor Octopus em Homem-Aranha. Além disso, eles também desempenharam papéis como vilões em filmes de terror.
Polvos podem mudar de cor e forma. Quando um macho agressivo se prepara para atacar, geralmente adota uma cor mais escura, sobe do fundo do mar e estica os tentáculos para aumentar seu tamanho.