A alimentação saudável é fundamental para manutenção da saúde, prevenção de doenças e controle de enfermidades. Segundo dados do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional, de 3,4 milhões de idosos acompanhados na Atenção Primária à Saúde em 2021, 11,82% apresentaram baixo peso e 52,11%, sobrepeso.
Familiares e profissionais de saúde precisam estar atentos à vulnerabilidade social, ao contexto socioambiental, disfunções fisiológicas e dependência funcional deste público para uma orientação alimentar adequada.
À Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP; Projeto 2015/14900-9 e Projeto 2019/06852-5) e Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq; Projeto nº 408462/2017-5).
- Café da manhã, almoço e jantar devem ser respeitados. É importante que o idoso consuma comida feita na hora, como arroz e feijão, carnes, ovos, legumes e verduras, farinha de mandioca, panquecas, entre outros;
Este trabalho apresenta limitações. Observou-se que alguns estudos originais foram mais suscetíveis a vieses, como aqueles que utilizaram instrumentos de coleta de dados de consumo alimentar sujeitos a viés de memória, ou peso e altura autorreferidos. O uso da ferramenta de avaliação da qualidade, no entanto, foi importante para levar em conta esses possíveis vieses na apresentação dos resultados. Nosso estudou limitou a busca a artigos disponíveis na literatura (sem acessar “literatura cinza”, anais de congresso ou estudos em andamento). Dessa forma, para muitos desfechos, para populações de países de baixa e média rendas e para crianças e adolescentes, encontramos poucos estudos e de qualidade metodológica baixa. Sendo assim, alguns resultados devem ser interpretados como não conclusivos. Por outro lado, este estudo utilizou uma abrangente e rigorosa estratégia de pesquisa e seleção que identificou trabalhos de diferentes delineamentos realizados em diferentes subgrupos populacionais. Embora estudos transversais contribuam com menor peso na avaliação da totalidade da evidência, eles são importantes em um cenário de poucos estudos ou na falta de outra evidência disponível. Dessa forma, acreditamos que nossos resultados resumem os melhores dados atuais sobre a associação entre o consumo de alimentos ultraprocessados e saúde, destacando também as lacunas no conhecimento que precisam de mais investigação.
- Prefira o consumo de fruta inteira em vez de sucos de frutas, mesmo os naturais. Os sucos naturais feitos a partir da fruta não fornecem os mesmos benefícios e nutrientes que o consumo da fruta inteira;
Dados relevantes foram extraídos de cada artigo selecionado, com o auxílio de uma planilha padronizada, incluindo: autor e ano de publicação, desenho do estudo, participantes, definição operacional da exposição e do desfecho, variáveis de controle e resultados. Os estudos foram organizados em três grandes grupos de acordo com os desfechos encontrados e apresentados, dentro de cada grupo de desfecho, para adultos, gestantes, crianças/adolescentes (nesta ordem) e, dentro de cada subgrupo populacional, por tipo de delineamento de estudo: ensaio clínico randomizado, coorte, caso-controle, transversais com representatividade nacional e transversais locais (nesta ordem).
El objetivo de este estudio fue realizar una revisión de alcance de la literatura sobre la asociación entre el consumo de alimentos ultraprocesados y los resultados de salud. La búsqueda se realizó en las bases de datos PubMed, Web of Science y LILACS. Fueron elegibles los estudios que evaluaron la asociación entre el consumo de alimentos ultraprocesados identificados según la clasificación NOVA y los resultados de salud. El proceso de revisión resultó en la selección de 63 estudios, cuya calidad se analizó con base en una herramienta delo Instituto Nacional de Salud de Estados Unidos Los resultados encontrados incluyeron indicadores de obesidad, marcadores de riesgo metabólico, diabetes, enfermedad cardiovascular, cáncer, asma, depresión, fragilidad, enfermedad gastrointestinal y mortalidad. La evidencia fue particularmente consistente para la obesidad (o indicadores relacionados con ella) en adultos, cuya asociación con el consumo de alimentos ultraprocesados se demostró, con un efecto dosis-respuesta, en estudios transversales con muestras representativas de cinco países, en cuatro grandes estudios de cohortes y en un ensayo clínico aleatorizado. Grandes estudios de cohortes también encontraron una asociación significativa entre el consumo de alimentos ultraprocesados y el riesgo de enfermedades cardiovasculares, diabetes y cáncer, incluso después de ajustar la obesidad. Dos estudios de cohortes mostraron una asociación entre el consumo de alimentos ultraprocesados y la depresión y cuatro estudios de cohortes con mortalidad por todas las causas. Esta revisión resumió los resultados de estudios que describieron la asociación entre el consumo de alimentos ultraprocesados y las diversas enfermedades crónicas no transmisibles y sus factores de riesgo, lo que tiene importantes implicaciones para la salud pública.
O objetivo deste trabalho foi realizar uma revisão de escopo da literatura acerca da associação entre o consumo de alimentos ultraprocessados e desfechos em saúde. A busca foi realizada nas bases PubMed, Web of Science e LILACS. Foram elegíveis os estudos que avaliaram a associação entre o consumo de alimentos ultraprocessados identificados com base na classificação NOVA e os desfechos em saúde. O processo de revisão resultou na seleção de 63 estudos, os quais foram analisados em termos de qualidade com base em ferramenta do Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos. Os desfechos encontrados incluíram indicadores de obesidade, marcadores de risco metabólico, diabetes, doenças cardiovasculares, câncer, asma, depressão, fragilidade, doenças gastrointestinais e mortalidade. A evidência foi particularmente consistente para obesidade (ou indicadores relacionados a ela) em adultos, cuja associação com o consumo de ultraprocessados foi demonstrada, com efeito dose-resposta, em estudos transversais com amostras representativas de cinco países, em quatro grandes estudos de coorte e em um ensaio clínico randomizado. Grandes estudos de coorte também encontraram associação significativa entre o consumo de alimentos ultraprocessados e o risco de doenças cardiovasculares, diabetes e câncer, mesmo após ajuste para obesidade. Dois estudos de coorte demonstraram associação do consumo de alimentos ultraprocessados com depressão e quatro estudos de coorte com mortalidade por todas as causas. Esta revisão sumarizou os resultados de trabalhos que descreveram a associação entre o consumo de alimentos ultraprocessados e as diversas doenças crônicas não transmissíveis e seus fatores de risco, o que traz importantes implicações para a saúde pública.
Além disso, idosos podem apresentar dificuldade na absorção de nutrientes. Os ultraprocessados agravam ainda mais esse quadro, prejudicam o controle da fome e da saciedade, induzindo o consumo excessivo.
A busca por artigos indexados foi realizada em três bases de dados: PubMed e Web of Science, de alcance internacional, e LILACS, contemplando a América Latina e o Caribe. As palavras-chave utilizadas para a exposição de interesse foram “ultra-processed” combinada com “food OR product” para as bases de dados internacionais, e “ultraprocessado OR ultraprocesado OR ultra-processed” combinadas com “alimento OR produto OR food OR product” para a base LILACS. Não foram usados limites de tópicos, idiomas ou data de publicação. A busca incluiu registros publicados até 18 de agosto de 2020. Adicionalmente, foram incorporados registros identificados por meio de outras fontes, como artigos no prelo/publicados após a busca.
Os estudos avaliaram a associação entre o consumo de alimentos ultraprocessados e o ganho de peso (n = 3), IMC (n = 17), sobrepeso/obesidade (n = 25), circunferência da cintura (n = 9), gordura corporal (n = 4), hipertensão/níveis de pressão arterial (n = 4), níveis séricos de lipídios (n = 4), glicemia (n = 1), níveis séricos de proteína C reativa (n = 1), aterosclerose subclínica (n = 1), telômeros curtos (n = 1), níveis urinários de 8-hidroxi-2’-desoxiguanosina (8-OHdG) (n = 1), síndrome metabólica (n = 4), diabetes gestacional (n = 1), doença cardiovascular (n = 1), diabetes tipo 2 (n = 2), câncer de mama (n = 2), câncer de próstata (n = 2), câncer colorretal (n = 1), chiado/asma (n = 3), mortalidade por doenças cardiovasculares (n = 2), mortalidade por todas as causas (n = 4), depressão (n = 3), síndrome de fragilidade (n = 1) e doenças gastrointestinais (n = 2). Os estudos foram realizados no Brasil (n = 24), na França (n = 9), na Espanha (n = 9), nos Estados Unidos (n = 6), no Reino Unido (n = 4), no Canadá (n = 4), na Austrália (n = 1), na Noruega (n = 1), no Líbano (n = 1) e no Irã (n = 1). Três estudos ecológicos avaliaram dados de, respectivamente, 19 países europeus, 13 países latino-americanos e 80 países de diferentes regiões. Autor e ano de publicação, delineamento, participantes (abarcando tamanho amostral), definição operacional de exposição e desfecho, variáveis de controle e principais resultados desses estudos estão descritos em tabelas separadas, de acordo com o tipo de desfecho em saúde.
Durante o mês de julho, o Ministério da Saúde vai divulgar uma série de conteúdos sobre a importância da alimentação saudável e as particularidades em cada fase da vida. Acompanhe:
Muito embora diversos mecanismos não estejam completamente elucidados, inúmeras características dos alimentos ultraprocessados, determinadas pela natureza altamente processada destes alimentos, contribuem para o seu papel no risco de doenças.
- Coma com regularidade e atenção, sem se envolver em outras atividades, como assistir televisão, mexer no celular, computador, comer na mesa de trabalho, em pé, andando, dentro de carros ou transporte público. Faça as refeições, sempre que possível, na companhia da família ou amigos.
A qualidade global da evidência foi avaliada como alta para a associação entre o consumo de alimentos ultraprocessados e os indicadores de obesidade e mortalidade, moderada para diabetes tipo 2 e depressão, e baixa para os outros desfechos.
- Para quem não gosta de fazer “grandes refeições” no jantar, sopas feitas com alimentos in natura podem ser uma ótima alternativa, substituindo o consumo de lanches à base de biscoito/bolacha, pão empacotado e embutidos;
Enlatados, embutidos, congelados, preparações instantâneas, refrigerantes, salgadinhos, frituras, doces, gelatinas industrializadas, refrescos em pó, temperos prontos, margarinas, iogurtes industrializados, queijinhos petit suisse, macarrão instantâneo, sorvetes, biscoitos recheados, achocolatados e outras guloseimas.
Alimentos processados São os casos das conservas em salmoura (cenoura, pepino, ervilhas, palmito), compotas de frutas, carnes salgadas e defumadas, sardinha e atum em latinha, queijos feitos com leite, sal e coalho e pães feitos de farinha, fermento e sal.
Alimentos processados – são fabricados, essencialmente, com adição de sal ou açúcar a um alimento in natura ou minimamente processados. Eles são derivados diretamente de alimentos e são reconhecidos como versões dos alimentos originais.
Alimentos ultraprocessados têm alto teor de açúcar, gordura e sódio. Procure por opções que não contenham o açúcar e/ou a gordura hidrogenada entre os primeiros ingredientes. Esses produtos têm um alto tempo de prateleira. Não estragam nunca ou demoram muito tempo para estragar.
Os alimentos processados são produzidos basicamente adicionando-se sal, açúcar, óleo ou vinagre aos alimentos in natura ou minimamente processados. ... No caso de alimentos ultraprocessados, por serem nutricionalmente desbalanceados, a recomendação é evitá-los.
Alimentos naturais, ou in natura, é tudo aquilo que vem da natureza. Não confunda com orgânicos, que são alimentos naturais sem uso de pesticidas ou agrotóxicos. Os alimentos naturais (ou in-natura) são aqueles que não passam pelo processamento da indústria e, por isso, não contêm nenhum tipo de aditivo químico.
Alimentos in natura - obtidos de plantas ou animais e adquiridos para consumo sem terem sofrido processamento. Alimentos minimamente processados - alimentos in natura que sofreram alterações mínimas na indústria, como moagem, secagem, pasteurização etc.
A expressão in natura é uma locução latina que significa "na natureza, da mesma natureza". É utilizada para descrever os alimentos de origem vegetal ou animal que são consumidos em seu estado natural, como por exemplo as plantas... Traduzida à letra, a expressão in natura quer dizer apenas «na natureza».
Alimentos in natura e minimamente processados formam o grupo que deve ser a base da nossa alimentação. In natura é fácil de definir: são aqueles vendidos como foram obtidos direto da natureza. Ou seja, frutas, legumes, verduras, tubérculos e ovos, por exemplo. Tudo fresco, tudo natural.
Alimentos ultraprocessados têm alto teor de açúcar, gordura e sódio. Procure por opções que não contenham o açúcar e/ou a gordura hidrogenada entre os primeiros ingredientes. Esses produtos têm um alto tempo de prateleira. Não estragam nunca ou demoram muito tempo para estragar.
Os Alimentos in natura são aqueles naturais, ou seja, que não foram manufaturados e não passaram pela indústria. Carne fresca é considerada in natura.
SALÁRIO IN NATURA OU UTILIDADE - O QUE PODE OU NÃO CARACTERIZÁ-LO! O salário in natura ou também conhecido por salário utilidade é entendido como sendo toda parcela, bem ou vantagem fornecida pelo empregador como gratificação pelo trabalho desenvolvido ou pelo cargo ocupado.
SIGNIFICA QUE O PRODUTO ESTÁ NO ESTADO NATURAL, DO JEITO QUE FOI TIRADO DA NATUREZA.
Os alimentos in natura, por serem 100% naturais, preservam suas qualidades nutricionais: sais minerais, vitaminas e fibras, por exemplo. Por isso que são tão interessantes do ponto de vista nutricional! Os minimamente processados também não ficam atrás.