O Que Acontece Quando A Apendicite Supurada?

O que acontece quando a apendicite supurada

A apendicite é a inflamação do apêndice, uma pequena porção do intestino grosso que se localiza na parte inferior direita do abdômen. O sinal mais típico de uma apendicite é o surgimento de dor forte e aguda que pode vir também acompanhada de falta de apetite, enjoo, vômitos e febre.

Luiz César

O risco de esperar muito tempo para buscar ajuda médica é que a doença pode avançar rapidamente e provocar a perfuração do órgão. Como ele tem comunicação direta com o intestino, há possibilidade de vazamento de fezes para dentro do abdome (peritonite), e ainda pode haver acúmulo de pus (abcesso); obstrução intestinal (aderência); fístula, sepse e até risco de morte.

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As complicações da apendicite são mais comuns quando o tratamento demora a ser feito e podem colocar a vida da pessoa em risco. Por isso, em caso de suspeita de apendicite, é importante procurar a emergência assim que possível para uma avaliação.

Rubéola

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Referências: - Marco Ceresoli, Alberto Zucchi, Niccolò Allievi, Asaf Harbi, Michele Pisano, Giulia Montori, Arianna Heyer, Gabriela E Nita, Luca Ansaloni, and Federico Coccolini. Acute appendicitis: Epidemiology, treatment and outcomes- analysis of 16544 consecutive cases. World J Gastrointest Surg. 2016 Oct 27; 8(10): 693-699;

Uma forma de tentar descobrir se pode ser apendicite consiste em deitar de barriga para cima e pressionar com uma mão a parte inferior da barriga do lado direito. Depois, deve-se aliviar rapidamente a pressão e, caso a dor seja mais intensa, pode ser um indicativo de apendicite. Veja como saber se é apendicite.

Incontinência urinária

Para saber diferenciar uma simples dor de estômago de uma dor abdominal aguda, esteja atento às seguintes características da apendicite: a dor se localiza na região da barriga (abdominal) e é aguda (aparece de repente), pode ser difusa, isto é, abrange toda a barriga (abdome) ou se manifesta na região do estômago.

Aqui, um resultado menor que 4 pontos diminui a probabilidade de se tratar de apendicite. O limbo está entre 4-7 pontos, quando precisaremos de maiores dados. Daí entra a nossa investigação complementar com exame laboratorial e exame de imagem. Já uma pontuação maior que 7 requer uma avaliação mais rápida da equipe cirúrgica, pois a probabilidade de se tratar de estarmos diante de uma apendicite aumenta muito. 

Possíveis complicações

Possíveis complicações

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Uma particularidade do exame físico é a palpação do abdome para identificar o chamado sinal de Blumberg. Trata-se de um sinal médico caracterizado por dor ou piora dela após a compressão da barriga na parte lateral direita inferior.

O quadro inflamatório-infeccioso característico da apendicite é mais frequente entre 20 e 30 anos e  pode ser extremamente grave. Em caso de dor forte e localizada do lado direito na parte baixa do abdômen, procure ajuda imediatamente, pois apendicite pode evoluir em algumas horas e levar à morte se o paciente não for tratado a tempo.

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A solução é sempre a retirada do apêndice, o que se faz por meio cirúrgico. As técnicas disponíveis são a laparotomia (corte) e videolaparoscopia, menos invasiva. Neste último caso, a internação é de 24 horas e o retorno às atividades acontece após três ou quatro dias, com liberação para exercícios físicos mais intensos depois de 15 dias.

Sim. O tratamento pode ser clínico, ou seja, medicamentoso, ocasião em que se fará uso de antibióticos. "A alternativa, porém, é considerada exceção, dadas as altas taxas de falha (três em cada dez pacientes). Nos casos de sucesso, no prazo de um a três anos a pessoa tende a ter outra crise", afirma Adonis Nasr, professor de cirurgia gastrointestinal da PUC-PR (Pontifícia Universidade Católica do Paraná) e da UFPR (Universidade Federal do Paraná).

Cirurgia na apendicite: quais as opções?

A inflamação do apêndice, também conhecida como apendicite, só foi descrita na literatura médica de forma detalhada em 1886. De lá para cá, tem-se observado que a enfermidade pode afetar 1 em cada 500 pessoas a cada ano, especialmente os jovens. Entre as crianças, 4 em cada 1.000 têm o apêndice retirado antes dos 14 anos. Uma particularidade dessa inflamação é que seus sintomas são muito parecidos com os de outras doenças, o que pode confundir e até atrasar o diagnóstico. O problema é que ela pode evoluir rapidamente e, caso não seja tratada, trazer grande complicações e colocar em risco a sua vida.

Bom, agora que você entendeu como o paciente com apendicite não complicada irá se apresentar, será mais fácil entender os sinais de complicação. Isso porque além do que discutimos acima, haverá alterações mais gritantes no exame físico.

Para melhor escolhermos quem precisará de uma avaliação do cirurgião, solicitar exame de imagem e pedir exames complementares, podemos lançar mão da Escala de Alvarado modificada.