Me deixa adivinhar. Você terminou a etapa da coleta de dados e aí não sabe como interpretar tantas informações. Acertei?
Então, em primeiro lugar, é fundamental não perder de vista que toda manifestação de expressão parte de algum lugar (que compreende diversos fatores como classe social, localidade geográfica, gênero, raça, enfim).
O conceito de sensibilidade inserido será definido por meio do indivíduo como ser sentimental. Ou seja, aquilo que, ao longo da vida, aguça os seus sentimentos pessoas, e, dessa forma, tornou-se importante.
Em síntese, a AD hoje é multi e interdisciplinar. Esta situação pode muitas vezes induzir em confusão, principalmente para quem começa a dar os primeiros passos nestas abordagens, já que estas diferentes abordagens diferem em muitas dimensões, dimensões essas que são fundacionais logo fundamentais, e também metodológicas (Wood & Kroeger, 2000). Essas dimensões incluem orientações face à linguagem, como acção ou como tópico em si mesma, na definição dos termos, na natureza e papel da teoria, na natureza das questões de pesquisa, no tipo de dados (material) que é utilizado, na conceptualização e tratamento do contexto, na compilação da informação (dados), na amostra, na transcrição, na categorização, nos níveis de análise, nas proclamações dos resultados e interpretações realizadas.
Dentro de uma análise, é necessário seguir alguns passos para alcançar uma boa compreensão que vá além da superfície do que está sendo analisado e possa alcançar as entrelinhas.
A Teoria Crítica teve a sua origem no trabalho de um grupo alemão frequentemente designado por Escola de Frankfurt, que, por volta dos anos 1920, assim designavam a sua abordagem específica para interpretar a teoria marxista. Os primeiros teóricos foram Max Horkheimer, Theodor Adorno e Herbert Marcuse. Numa segunda fase por volta dos anos 1930, os teóricos críticos abandonaram uma posição política especificamente marxista, apesar da sua contínua oposição aos efeitos destrutivos do capitalismo. Numa terceira fase, sob a liderança de Habermas por volta dos anos 1960, deu-se uma revisão e revitalização radical, continuando a assumir grande relevância enquanto crítica às formas emergentes do capitalismo avançado.
Com tudo isso, a análise do discurso se consolida como uma ferramenta poderosa para transpor àquelas interpretações mais básicas sobre qualquer texto e ganha importância cada vez maior em um mundo onde muitas vezes nem tudo é o que parece ser, por mais óbvio que isso seja
Desse modo, você estará mais preparado para entender como a visão de mundo do autor afeta o que ele disse dentro daquele contexto. Ainda assim, a análise do discurso reforça que o sentido também pode ser afetado pela forma como que recebeu aquela mensagem a acomodou nas suas concepções.
Nesse contexto, a análise de discurso é uma metodologia de pesquisa, que tem como objetivo interpretar textos. É, portanto, um método qualitativo de análise. Afinal de contas, ela busca analisar a forma que as pessoas se expressam. O objeto de estudo, nesse caso, é o próprio discurso.
Nesta abordagem apresentada, a abordagem sociolinguística é a variação e a imperfeição da linguagem como um sistema, que constitui o foco de interesse (Taylor, 2001). Os pesquisadores estudam a variação da linguagem em uso, pretendem descobrir como esta varia para posteriormente relacionar essa variação com diferentes situações sociais, contextos ou personagens. Os analistas do discurso nesta abordagem, focalizam-se prioritária e essencialmente na própria linguagem (ver referência a esta abordagem em Iñiguez, 2004 e Stubbe, Johilderm, Vine, Marra, Holmes & Weatherall, 2003).
Neste artigo seguimos a proposta de Wetherell e cols. (2001) que sugerem quatro concepções principais de AD na psicologia social: Análise do Discurso Sociolinguística, a Análise Conversacional, a Psicologia Discursiva e a Análise Crítica do Discurso (ou Análise Foucaultiana) como sendo as perspectivas mais apresentadas mas, mesmo assim, nem sequer exaustivas do tipo de pesquisa que se realiza. No entanto, apesar de seguirmos esta sugestão faremos referência relativamente mais pormenorizada às duas últimas abordagens, por duas ordens de razões. Em primeiro lugar, por serem as mais comuns na psicologia e na psicologia social e em segundo lugar, pelo nosso posicionamento pessoal (Nogueira, 2001) que se aproxima mais da última abordagem - a Análise Crítica do Discurso (ACD).
O conceito de discurso, assim como a Análise do Discurso têm tido um papel crescente nas ciências sociais contemporâneas. Este crescimento faz-se sentir quer através do aumento de número de estudos, em diferentes disciplinas, que utilizam os seus conceitos e métodos, quer através da extensão do seu desenvolvimento. Neste artigo pretende-se apresentar algumas concepções de Análise do Discurso mais usadas na psicologia social contemporânea. Começa-se por apresentar em primeiro lugar algumas das influências inspiradoras para a virada linguística na psicologia social, que justificam o aparecimento deste campo cada vez mais amplo da Análise do Discurso. Por fim, faz-se a apresentação de quatro concepções distintas dando particular atenção às duas últimas, nomeadamente à Psicologia Discursiva e à Analise Crítica do Discurso.
Sendo assim, ideologias que o autor apresenta em seu texto são diretamente construídas e influenciadas pelo contexto político-social que o autor vive.É muito importante compreender também os níveis de linguagem. Identificar o nível de linguagem em que o texto foi escrito é fundamental para fazer uma boa análise discursiva.
Mas o que seria isso? As palavras podem mudar de sentido, dependendo de quem as emprega, da posição que essa pessoa ocupa, de onde e do momento em que as palavras são usadas etc. São estas circunstâncias sócio históricas que permitem que um determinado sentido seja construído. Há, na Análise do Discurso, um elemento fundamental que determina o que pode (ou não) ser dito em um certo contexto. Chamamos este elemento de formação discursiva. Esta noção tão importante nos ajuda a entender que os sentidos dentro dos discursos têm uma carga ideológica. Isto é, tudo que falamos ou escrevemos possui um traço ideológico que produz efeitos e muitas vezes nem percebemos. A Análise do Discurso trata dessa relação entre a linguagem e a ideologia.
Análise do Discurso é tida como uma prática de análise do estudo lingüístico, existente no campo da comunicação. Ela consiste na análise da estrutura de um dado texto, seja ele verbal ou não-verbal, e suas respectivas preocupações.
A quarta abordagem, a Análise Crítica do Discurso (ACD) (Iñiguez, 2004; Wetherell & cols., 2001; Willig, 2003; Wood & Kroeger, 2000), ou versão macro (Burr, 2003), ou Análise Foucaultina do discurso (Willig, 2003) procura igualmente padrões, mas dentro de contextos mais amplos, associados a questões societais ou com a cultura. Esta abordagem da AD foi introduzida pela psicologia anglo-americana nos finais dos anos 1970 (Willig, 2003). Um grupo de psicólogos/as que foram influenciados pelas ideias pós-estruturalistas, mais precisamente pelo trabalho de Michel Foucault (essencialmente com as relações entre poder/saber e conhecimento), assim como com as perspectivas provenientes da Teoria Crítica (Van Dick, 2004), começaram a explorar a relação da linguagem com a subjectividade e as suas implicações para a investigação psicológica (Willig, 2003). Foucault (1972) usa o termo discurso quer para sugerir diferentes formas de estruturar as áreas do conhecimento e práticas sociais, quer para se referir ao desenvolvimento mais amplo e histórico das práticas linguísticas. Devido ao seu carácter construtivo da realidade social, o discurso tem um efeito decisivo no modo como se configura o mundo social (Llombart, 1995). As práticas discursivas são afinal práticas sociais, produzidas através de relações de poder concretas, numa época determinada. Estas relações, por seu lado, apontam para certos efeitos que regulam e controlam a ordem social.
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Assume-se actualmente que não existe uma única teoria crítica e que muitos autores em diferentes disciplinas podem assumir-se como teóricos críticos (Morrow, 1994). No entanto, existem algumas características que unem essas diferentes perspectivas: a) crítica ao positivismo nomeadamente à ideia de objectividade científica e de neutralidade; b) crítica às instituições sociais existentes; c) demonstrar que aquilo que surge como "natural" e "eterno" são apenas meras produções sociais; e d) a proposta de algumas linhas de acção para a libertação social e individual (Azevedo, 1995). Referem que os interesses dominantes, quer políticos quer sociais, modelam o desenvolvimento da ciência e da tecnologia, sendo discutível a sua "autonomia" e a sua neutralidade (Morrow, 1994) e que a promessa de uma abordagem crítica, em qualquer disciplina científica, será sempre baseada na reflexividade e no constante auto-questionamento (Azevedo, 1995), devendo assumir-se questões normativas, isto é de valores.
O movimento pós-moderno, a emergência do pós-estruturalismo, as ideias provenientes da Teoria Crítica e da crítica social podem considerar-se quatro das maiores influências para a viragem linguística nas ciências sociais e na psicologia social em particular e consequentemente e para o nascimento da AD enquanto teoria e método. Todas estas abordagens surgiram na sequência das críticas à ciência moderna e ao positivismo de uma forma geral, assim como ao interesse crescente pelo papel da linguagem fazendo com que hoje se possa dizer que "a linguagem, o discurso e o conhecimento são essencialmente sociais" (Van Dick, 2004, p. 9)
Além do mais, busque informações sobre o autor do texto e o contexto em que ele estava inserido. Fazendo isso, é possível perceber ideologias escondidas na própria linguagem do autor.
Resumem-se cinco regras que orientam a etapa de criação e classificação de categorias coerentes de análise: 1) devem existir regras claras de inclusão e exclusão nas categorias; 2) as categorias precisam ser mutuamente excludentes; 3) as categorias não podem ser muito amplas, sendo seu conteúdo homogêneo entre si; 4) ...
Unidades de análise, segundo Siglenton (1988), são os objetos ou eventos aos quais as pesquisas sociais se referem, o que ou quem será descrito, analisado ou comparado.
Para criar as categorias, primeiramente acesse a opção "Loja" e clique em "Gerenciar Produtos e Pedidos":
Excel 2007-2013
Categorias são grupamentos de produtos formados por itens complementares ou substitutos para atender as necessidades do consumidor. Por exemplo, a categoria de higiene é composta por produtos como condicionadores, sabonetes, hidratantes, entre outros.
Para criar as Subcategorias, o usuário deve selecionar a célula ao lado e clicar em “Validação de Dados”. Feito isso, deve-se escolher novamente a opção “Lista” e, no campo “Fonte”, digitar a seguinte fórmula: =INDIRETO.
Vamos selecionar o que desejamos (Segmento) e dar mais um ok; Por fim surgirá uma janela pedindo para você informar o caminho onde será salvo o resultado final. Clique nos 3 pontinhos e selecione. Mais um ok e pronto.
Para criamos nosso código Identificador no Excel vamos precisar conhecer as funções CONCATENAR, SE e LIN. Clique na célula A2 e abra a função SE: A lógica é a seguinte: se o campo cliente for preenchido ele vai gerar um código novo.
Na macro a Autonumeração está definida para a célula "A1". Para colocar em outra célula, altere os dois campos acima onde aparece "A1" para o endereço da célula que você quer. O número será alterado para "mais um" sempre que a planilha for aberta. Abre a planilha, soma 1 ao número que estava na última planilha salva.