Por provocar uma sensação de relaxamento, algumas pessoas podem acreditar que fumar maconha ajuda a aliviar diferentes tipos de dores. Mas um estudo preliminar realizado por cientistas da Universidade do Colorado (EUA) mostra que não é bem assim.
A associação entre cocaína e crack e isquemia miocárdica é bem conhecida, embora seu diagnóstico seja muitas vezes desafiador. O eletrocardiograma é anormal mesmo em pacientes sem isquemia. Os níveis de creatinofosfoquinase estão elevados, secundários ao aumento da atividade muscular e rabdomiólise. A dosagem de troponinas é mais sensível e específica para o diagnóstico de infarto miocárdico.
A cocaína e seus alcaloides apresentam ação anticolinérgica importante e os usuários cursam com redução no esvaziamento gástrico, lentificação do trânsito intestinal e prolongamento do contato da mucosa gástrica com o conteúdo ácido contribuindo para doença cloridopéptica tão frequente nesses pacientes.32 A indução em sequência rápida é recomendável mesmo com tempos de jejum adequados. É importante frisar que a cocaína compete com a succinilcolina na metabolização pela butirilcolinesterase, levando à diminuição do metabolismo de ambas.33 A associação de dor torácica, hipertensão e taquicardia é muito frequente e é causada por grande aumento no débito cardíaco concomitante à vasoconstrição periférica e à estimulação simpática direta.34 A utilização isolada de beta-bloqueadores não é encorajada, pelo risco de crise hipertensiva secundária ao agonismo alfa isolado. Deve-se preferir, nos casos de hipertensão, a utilização de vasodilatadores como a nitroglicerina, nitroprussiato de sódio, alfa-bloqueadores ou, ainda, o uso de beta-bloqueadores com atividade alfa-bloqueadora associada.
Embora seja muito raro, pode acontecer que a anestesia tenha um efeito parcial, como tirar a consciência mas permitir que a pessoa se mova ou a pessoa não se conseguir mover mas sentir os acontecimentos à sua volta.
Para tentar amenizar a tortura, alguns médicos faziam uso de uma série de táticas criativas e até mesmo inusitadas, como o uso de saporíferos e narcóticos extraídos de plantas (como machona e beladona) para induzir o sono. Outros apostavam em técnicas de hipnose ou "apagavam" o paciente com um soco na mandíbula. Para tentar criar um estado de distração, podia-se, ainda, esfregar algumas regiões do corpo do paciente com plantas urticárias.
O diagnóstico de dissecção aórtica deve ser sempre lembrado nos pacientes com dor torácica, devido aos altos índices de catecolaminas circulantes e hipertensão não tratada desses pacientes.
Esse tipo de anestesia é inserido na medula com o uso de uma agulha muito fina e, geralmente, é utilizada para cirurgias nas pernas ou em procedimentos ginecológicos e urológicos. Ela bloqueia todos os tipos de sinais. O que não acontece na peridural, em que o anestésico também é injetado na coluna, mas de modo mais superficial. Assim, ele é suficiente apenas para eliminar a dor, e mantém a sensação tátil.
Todo procedimento médico pode ser acompanhado de eventos adversos. Sempre se leva em consideração as condições de saúde específicas de cada paciente e se os benefícios superam os riscos do procedimento.
26. Pitts WR, Vongpatanasin W, Cigarroa JE, Hillis LD, Lange RA. Effects of the intracoronary infusion of cocaine on left ventricular systolic and diastolic function in humans. Circulation. 1998;97:1270-3.
A intoxicação aguda por crack pode cursar também com convulsões secundárias à hipertermia. Ocorre alteração do centro termorregulador hipotalâmico.37-38 Existem também vários relatos de acidentes vasculares encefálicos, tanto isquêmicos quanto hemorrágicos. As convulsões muitas vezes não respondem à terapêutica tradicional com benzodiazepínicos, barbitúricos ou hidantoína, mas possuem boa resposta ao uso de agonistas alfa2.
O crack é a cocaína em sua forma de base livre.17 A cocaína possui vida-média plasmática entre 30 e 90 min.18 Quando inalada, atinge a circulação encefálica entre seis e oito segundos e, por via venosa, entre 12 e 16 segundos. Seu uso através da via nasal causa intensa vasoconstrição, o que limita a absorção. Cerca de 80 a 90% da cocaína são metabolizados no plasma por hidrólise do radical éster, gerando o primeiro metabólito, ecgonina metil éster (meia-vida 3,5 a 6h), que sofre degradação para benzoilecgonina (meia-vida 5 a 8h), o principal metabólito urinário. Norcaide, outro metabólito, é produzido por desmetilação no fígado através do sistema citocromo P450.17 Embora a cocaína possa ser encontrada no sangue e urina por poucas horas, seus metabólitos podem ser detectados por 24 a 36 horas após uso.18 A análise bioquímica do cabelo pode demonstrar uso prévio dessa substância por semanas a meses.
A cocaína é uma benzoilmetilecgonina, alcaloide extraído das folhas da coca (Erythroxylon coca). A maceração das folhas misturadas a determinados produtos químicos produz uma pasta de natureza alcalina, denominada pasta-base de cocaína.16 O refino da pasta origina a cocaína em pó (cloridrato de cocaína), apresentação mais conhecida em nosso meio, que pode ser aspirada ou diluída em água para ser injetada.
Existem vários tipos de anestesia, que afetam o sistema nervoso de várias formas através do bloqueio de impulsos nervosos, cuja escolha vai depender do tipo de procedimento médico e do estado de saúde da pessoa. É importante que seja informado ao médico qualquer tipo de doença crônica ou alergia para que seja indicado o melhor tipo de anestesia sem que haja qualquer risco. Veja quais são os cuidados antes da cirurgia.
28. Baldwin GC, Tashkin DP, Buckley DM, Park AN, Dubinett SM, Roth MD. Marijuana and cocaine impair alveolar macrophage function and cytokine production. Am J Respir Crit Care Med. 1997;156:1606-13.
Anestesias regionais com elevadas doses de anestésicos locais podem levar a sérias complicações, como convulsões e parada cardíaca, uma vez que a cocaína apresenta efeito aditivo com esses anestésicos.
A chegada dos espanhóis representou o primeiro contato do homem moderno com a droga. Suas propriedades estimulantes foram de fundamental importância na exploração da Terra do Ouro. No entanto, as tentativas de transporte da folha de coca para a Europa não foram bem-sucedidas, uma vez que a longa viagem causava deterioração do princípio ativo contido na folha. A cocaína ficou, então, esquecida por vários anos, até que em 1860 Albert Niemann obteve êxito na extração da substância pura na forma de pó.14
Embora a anestesia seja um procedimento bastante seguro, poderá ter alguns riscos associados dependentes de alguns fatores, como o tipo de cirurgia e da condição médica da pessoa. Os efeitos colaterais mais comuns são enjoo, vômitos, dor de cabeça e alergias ao medicamento anestésico.
A droga começou a popularizar-se na Europa no final do século XIX. Sigmund Freud, um de seus usuários mais ilustres, publicou em 1884 o artigo de revisão Über Coca, no qual conta suas experiências com o consumo da droga. Nesse mesmo ano, Karl Köller, oftalmologista austríaco que trabalhava no mesmo hospital de Freud, publicou os primeiros relatos de suas propriedades anestésicas.15 No início do século XX, o uso recreacional da cocaína difundiu-se e chegou até a América do Norte. Logo, seus efeitos colaterais devastadores começaram a ser notados. Em 1914, o uso da cocaína foi proibido na Europa e Estados Unidos. A proibição resultou em significativa redução de seu consumo até meados da década de 70, quando a droga reapareceu, dessa vez na ilegalidade.
A anestesia é uma estratégia utilizada com o objetivo de prevenir a dor ou alguma sensação durante uma cirurgia ou procedimento doloroso por meio da administração de medicamentos através da veia ou por meio da inalação. A anestesia normalmente é realizada em procedimentos mais invasivos ou que possam provocar qualquer tipo de desconforto ou dor no paciente, como cirurgia do coração, parto ou procedimentos odontológicos, por exemplo.
A sedação pode ser leve, em que a pessoa está relaxada mas acordada, podendo responder a perguntas do médico, moderada em que a pessoa normalmente dorme durante o procedimento, mas pode ser acordada facilmente quando se faz uma pergunta ou profunda em que a pessoa dorme durante todo o procedimento, não se lembrando do que se passou desde que foi administrada a anestesia. Sendo leve, moderada ou profunda, este tipo de anestesia é acompanhada de suplemento de oxigênio.
12. Dunn J, Laranjeira R, Silveira DX, Formigoni MLOS, Ferri CP. Crack cocaine: an increase in use among patients attending clinics in São Paulo: 1990-1993. Subst Use Misuse. 1996;31:519-27.
14. Araujo DR, Paula E, Fraceto LF. Anestésicos locais: interação com membranas biológicas e com o canal de sódio voltagem-dependente. Química Nova. 2008;31(7):15-8.
O anestésico pode ser injetado na veia, tendo um efeito imediato, ou inalado através de uma máscara na forma de gás, chegando na circulação sanguínea através dos pulmões. A duração do seu efeito é variável, sendo determinado pelo anestesista, que decide a quantidade do medicamento anestésico a administrar. Saiba mais sobre anestesia geral.
Isso aconteceu em 1846, na cidade de Boston, nos Estados Unidos, quando o dentista americano Thomas Green Morton, pela primeira vez, usou o éter para realizar uma cirurgia.
“Os anestésicos são capazes de bloquear essas minúsculas portas. Assim, não se cria a onda nervosa e a informação da dor nunca chega ao cérebro.” Mas isso, às vezes, não dura muito.
As anestesias que tiram a sensibilidade apenas de algumas regiões do corpo são a raqui e peridural; a que age em um lugar menor, como um dente ou unha, é a local; já a anestesia geral reduz toda a atividade do corpo, exigindo inclusive que o paciente seja entubado para receber a quantidade suficiente de oxigênio.