Algumas pessoas que foram infectadas com a mononucleose podem contaminar outras pessoas mesmo depois que os sintomas cessaram, sendo que o período de transmissão pode durar um ano ou mais.
Deve situar-se entre quatro e seis semanas em média. Nas crianças pequenas, costuma ser um pouco mais curto, de duas semanas aproximadamente. A partir de um caso índex, quem é contaminado pela saliva pode adoecer várias semanas depois, o que dificulta a ocorrência de casos concomitantes.
Os sintomas de mononucleose podem ser facilmente confundidos com gripe ou resfriado, por isso caso os sintomas durem mais de 2 semanas, é importante ir ao clínico geral ou infectologista para que seja feita a avaliação e possa se chegar ao diagnóstico.
João Silva de Mendonça – Excepcionalmente, pode ser transmitido por transfusão de sangue, e mais excepcionalmente ainda, por via transplacentária, se a gestante adquirir o vírus durante a gravidez.
O normal é a febre desaparecer em cinco dias, uma semana, mas pode perdurar por semanas, mesmo que o paciente esteja tomando erradamente antibiótico, e isso preocupa os familiares e o doente.
As complicações da mononucleose são mais comuns em pessoas que não fazem o tratamento adequado ou que apresentam um sistema imune enfraquecido, permitindo que o vírus se desenvolva mais. Estas complicações normalmente incluem o aumento do baço e inflamação do fígado. Nestes casos, é comum o surgimento de dores intensas na barriga e inchaço do abdômen e é recomendado consultar um clínico geral para iniciar o tratamento adequado.
Drauzio – Quando um adolescente não infectado entra em contato com a saliva de uma pessoa contaminada pelo vírus, qual caminho esse vírus desenvolve no organismo?
João Silva de Mendonça – A febre é sintoma obrigatório da doença. O comprometimento de toda a garganta e da faringe é intenso, com formação de placas brancas e exsudato (líquido com alto teor de proteínas e leucócitos) que lembram as lesões da candidíase (sapinho) e da difteria, doença comum no passado, mas pouco frequente hoje em dia. Os gânglios linfáticos avolumam-se, particularmente os do pescoço, e a infecção também pode provocar alterações no fígado e no baço.
A dor do lado esquerdo abaixo da costela normalmente está relacionada com infecção, inflamação ou ferida em algum órgão localizado do lado esquerdo do corpo como coração, baço, estômago, pâncreas, pulmão e rim esquerdo, causando algumas doenças benignas e que têm tratamento, como costocondrite, gastrite ou pedra nos ...
Outra informação interessante registrada na literatura vem da Escandinávia, onde colegas infectologistas resolveram medicar pacientes com mononucleose um pouco mais arrastada, febre prolongada e garganta que não melhora, com metronidazol. Pode parecer estranho, pois o metronidazol é antibacteriano e antiparasitário e não antiviral. Não se sabe por que, porém, o fato é que eles constataram remissão importante dos sintomas, não nos casos agudos, mas nos que evoluem de maneira muito lenta.
Drauzio – Há um exame de sangue especifico para diagnosticar a mononucleose. Quando adultos fazem esse exame, muitas vezes, se verifica que a grande maioria, aproximadamente 90%, teve a doença no passado, sem se dar conta de que estiveram doentes. Como você explica esses casos?
João Silva de Mendonça – Até que o exame propedêutico, isto é, o exame clínico, deixe claro que o baço voltou à normalidade.
Característico da mononucleose, porém, é o enorme aumento do número de linfócitos no sangue e, o que é muito sugestivo, a aparência anormal que uma parcela deles adquire. São os chamados linfócitos atípicos que, detectados no hemograma realizado rotineiramente nas doenças infecciosas, valorizam a possibilidade de tratar-se de mononucleose infecciosa.
Prefira refeições mais leves e alimentos mais moles, como sopa, canja, leite, iogurtes e gelados, pois são mais fáceis de engolir e de digerir. Desta forma conseguirá alimentar-se bem, apesar dos problemas na garganta que são característicos desta infeção.
João Silva de Mendonça – Nos linfócitos classificados como linfócitos B, há um receptor específico para esse vírus. Neles, o Epstein Barr se prolifera e invade a corrente sanguínea, provocando viremia, pois espalha-se por todo organismo humano onde existam células linfoides. Portanto, a doença dissemina-se pelo fígado, baço, medula óssea e gânglios linfáticos.
João Silva de Mendonça – Não creio que haja alguma forma de evitar contato com o vírus, porque ele é eliminado pela saliva do doente contínua ou intermitentemente, por períodos que podem chegar a um ano, um ano e meio ou mais. Isso explica por que é praticamente impossível evitar que, ao longo da vida, a pessoa entre em contato com o vírus e por que a maioria dos adultos tem exames laboratoriais, mostrando que já foi infectada por ele.
Assim, pode ser indicada a realização do hemograma, em que pode ser observada linfocitose, presença de linfócitos atípicos e diminuição do número de neutrófilos e plaquetas. Para confirmação do diagnóstico, é recomendada a pesquisa de anticorpos específicos presentes circulantes no sangue contra o vírus responsável pela mononucleose.
A mononucleose, conhecida como doença do beijo, é uma infecção causada pelo vírus Epstein-Barr, que pode ser transmitido através da saliva. Os sintomas mais comuns incluem febre alta, dor e inflamação da garganta, placas esbranquiçadas na garganta e ínguas no pescoço.
João Silva de Mendonça – A segunda hipótese é mais provável. Nelas, a doença se confunde com as infecções banais que apresentam com frequência e não tem as características próprias da mononucleose, o que não acontece com o adolescente e o adulto jovem.
A mononucleose é uma doença que pode ser facilmente transmitida de uma pessoa para outra por meio da saliva, principalmente, sendo o beijo a forma mais comum de transmissão. No entanto, o vírus Epstein-Barr pode ser espalhado no ar através de gotículas que são liberadas no espirro e na tosse.
Seus sintomas são inespecíficos e, por vezes, passam despercebidos. Exames rotineiros de sangue comprovam que cerca de 60% das pessoas adultas têm ou tiveram essa infecção, mas a maioria desconhece esse fato. Geralmente, manifesta-se de forma aguda e benigna e tem uma taxa de mortalidade muito baixa.
Repouso intenso. Ingestão de bastante água e sucos de frutas. Fazer gargarejo com água salgada. Evitar a prática de exercícios até você estar completamente recuperado, pois casos extremos podem levar à ruptura do baço, que incha muito.
A mononucleose, também conhecida como doença do beijo, mononucleose infecciosa ou mono, é uma infecção causada pelo vírus Epstein-Barr, transmitido através da saliva, que provoca sintomas como febre alta, dor e inflamação da garganta, placas esbranquiçadas na garganta e ínguas no pescoço.
Entretanto, é impossível adquirir mononucleose mais de uma vez no decorrer da vida, já que, depois de contaminado, o corpo produz anticorpos específicos para se defender da doença, assim como acontece no caso da catapora. Mas cuidado: o organismo combate o vírus, que pode permanecer inativo no corpo por muito tempo.
Em geral, níveis elevados IgG anti-VCA indicam infecção ativa por EBV, enquanto concentrações decrescentes indicam infecção recente por EBV, que está em remissão.
Os anticorpos heterófilos (AH) são imunoglobulinas produzidas em resposta a um antígeno não específico ou contra antígenos animais induzidos a partir de vacinas, contato ambiental ou determinadas doenças infecciosas e autoimunes.
- homólogo - heterólogo. Soro Heterólogo: - Produzido em indivíduos de espécies diferentes da espécie -alvo Ex.: cavalos contra o tétano: soro anti-tetânico - Não transmite infecções aos humanos - Pode causar reações de hipersensibilidade.
Em pacientes com suspeita de mononucleose infecciosa (MI) ou outro quadro atribuído ao vírus Epstein-Barr, o monoteste é indicado como teste inicial. É um teste de aglutinação rápida para pesquisa anticorpos heterófilos, que apresenta sensibilidade semelhante ou ligeiramente superior à reação de Paul-Bunnell.
Esse é o nome pelo qual ficou conhecida a mononucleose, doença infecciosa causada pelo vírus Epstein-Barr, da família Herpesviridae.
A doença do beijo, também conhecida como mononucleose, é uma infecção causada pelo vírus Epstein-Barr (EBV). Essa condição é chamada de doença do beijo porque é transmitida majoritariamente pelo contato direto com a saliva de um indivíduo que tenha a doença, além do contato com objetos dessa pessoa.
À primeira vista, os sintomas da mononucleose são exatamente iguais aos de qualquer faringite. Porém, há algumas diferenças que ajudam a distinguir ambas situações. Em geral, as faringites ou amigdalites provocadas pelo EBV não causam pus nas amígdalas. Esse sinal costuma ser típico das amigdalites bacterianas.