Se atualmente a psicologia positiva é a área científica que mais se debruça para entender a felicidade no mundo acadêmico, é devido à filosofia que temos a base desse pensamento. Conhecer o que disseram e refletiram os precursores do pensamento grego e romano sobre a felicidade nos ajuda a construir um alicerce de compreensão do que se produz e se compreende hoje.
A referência filosófica mais antiga de que se dispõe sobre o tema é um fragmento de um texto de Tales de Mileto, que viveu entre as últimas décadas do século 7 a.C. e a primeira metade do século 6 a.C. Segundo ele, é feliz “quem tem corpo são e forte, boa sorte e alma bem formada”. Vale atentar para a expressão “boa sorte”, pois disso dependia a felicidade na visão dos gregos mais antigos.
É também no âmbito da filosofia anglo-saxônica, no século 20, que se encontra uma nova reflexão sobre nosso assunto. O inglês Bertrand Russell (1872/1970) dedicou a ele a obra “A conquista da felicidade”, usando o método da investigação lógica para concluir que é necessário alimentar uma multiplicidade de interesses e de relações com as coisas e com os outros homens para ser feliz. Para ele, em síntese, a felicidade é a eliminação do egocentrismo.
Em “Ética a Nicômaco”, Aristóteles defende que a felicidade é a finalidade das ações humanas. Na “Ética a Nicômaco”, a finalidade é identificada como o “bem”, ou seja, dizer que todas as ações tendem a um fim é o mesmo que dizer que todas as coisas tendem a um bem. …
Para Sócrates, sofrer uma injustiça era melhor do que praticá-la e, por isso, certo de estar sendo justo, não se intimidou nem diante da condenação à morte por um tribunal ateniense. Cercado pelos discípulos, bebeu a taça de veneno que lhe foi imposta e parecia feliz a todos os que o assistiram em seus últimos momentos.
É importante deixar claro que noções como virtude e justiça integram uma vertente do pensamento filosófico chamada Ética, que se dedica à investigação dos costumes, visando a identificar os bons e os maus. Para Platão, a ética não estava limitada aos negócios privados, devendo ser posta em prática também nos negócios públicos. Desse modo, o filósofo entendia que a função do Estado era tornar os homens bons e felizes.
A felicidade é abordada por diversos filósofos, pela psicologia e pelas religiões. Os filósofos associavam a felicidade com o prazer, uma vez que é difícil definir a felicidade como um todo, de onde ela surge, os sentimentos e emoções envolvidos.
Entre os filósofos do mundo helênico, pode-se citar Epicuro (341 a.C./271 a.C.), para deixar claro que essa ideia de “apatia” não significa abdicar ao prazer. O prazer era essencial à felicidade para Epicuro, cuja filosofia também é conhecida pelo nome de hedonismo (em grego “hedone” quer dizer “prazer”). Mas ele deixa claro, numa carta a um discípulo, que não se refere ao prazer “dos dissolutos e dos crápulas” e sim ao da impassibilidade que liberta de desejos e necessidades.
Depois de Alexandre, no mundo grego ou helênico, desenvolveram-se três escolas filosóficas que vão se estender até o fim do Império romano, as chamadas filosofias helenísticas. Todas elas, por caminhos diferentes, chegam a conclusão de que, para ser feliz, o homem deve ser não só autossuficiente, mas desenvolver uma atitude de indiferença, de impassibilidade, em relação a tudo ao seu redor. A felicidade, para eles, era a “apatia”, palavra que, naquela época, não tinha o sentido patológico que tem hoje.
Para Aristóteles grande filósofo grego (384-322 a.C) Antes de tudo a felicidade está ligada a virtude intelectual o bem maior, existindo três formas essenciais para alcançar a felicidade: manter uma vida prazerosa, política e filosófica.
Mas a filosofia nos aterra com o conceito de hedonia, de Epicuro (341a.c – 271a.c), ou prazeres hedônicos, que são aqueles da vida cotidiana buscados e causados por nós mesmos ou por outros em nós. É a busca da estimulação dos sentidos e emoções como fazer uma viagem, ir a um espetáculo, comer ou fazer qualquer coisa que você goste.
Os filósofos associavam a felicidade com o prazer, uma vez que é difícil definir a felicidade como um todo, de onde ela surge, os sentimentos e emoções envolvidos. Os filósofos estudavam qual o comportamento e estilos de vida poderiam levar os indivíduos à felicidade plena.
Entendo que nossa principal missão como seres humanos dotados de cognição é usá-la para evoluir e se tornar cada dia mais ser humano, cumprir o papel que nos cabe nesse pedaço de existência. Mas quando compreendemos que há algo além do que os cinco sentidos podem observar, sabemos também que uma porção de nós está para além do palpável. São tantos os nomes: alma, espírito, eu superior, atma, espírito santo…Então Eudaimonia seria uma vida significativa com o que há de divino em mim.
Seria então esse equilíbrio entre Eudaimonia e Hedonia, somados a emoções positivas, que nos faria mais felizes. Parece simples, mas nem tanto. Tem muito mais elementos nessa receita que ainda vamos ver. Entre as definições mais filosóficas sobre felicidade, uma que muito me tocou quando li é de Santo Agostinho: “Felicidade é seguir desejando aquilo que já se possui”. Leio e penso, como é difícil ser simples.
Sócrates (469 a.C./399 a.C.) deu novo rumo à compreensão da ideia de felicidade, postulando que ela não se relacionava apenas à satisfação dos desejos e necessidades do corpo, pois, para ele, o homem não era só o corpo, mas, principalmente, a alma. Assim, a felicidade era o bem da alma que só podia ser atingido por meio de uma conduta virtuosa e justa.
Tales de Mileto (VI séc.AD) dizendo que feliz é “aquele que tem corpo sadio, forte, e uma alma bem formada “ (Diog. L.I,37), ou seja, vale para a felicidade saúde, êxito e formação.
Por outro lado, a partir de uma série de raciocínios que têm como base o fato de o homem ser um animal racional, Aristóteles conclui que a maior virtude de nossa “alma racional” é o exercício do pensamento, pelo quê, segundo ele, a felicidade chega a se identificar com a atividade pensante do filósofo, a qual, inclusive, aproxima o ser humano da divindade.
Ainda existem outras traduções ou explicações para Eudaimonia, de acordo com diferentes autores, mas vamos ficar aqui com uma que ressoa muito pra mim e acho que faz sentido com quem tem um olhar espiritualista da existência humana: Eudaimonia – “o que há de divino em mim”.
Sendo assim, é possível traçar a evolução histórica dessa ideia, se nos debruçarmos sobre a disciplina que sempre se dedicou a investigar nossas ideias, de modo a defini-las e esclarecê-las: a filosofia. Na verdade, a ideia de felicidade tem grande importância para a origem da filosofia. Ela faz parte das primeiras reflexões filosóficas sobre ética, que foram elaboradas na Grécia antiga. Vamos, então, acompanhar a evolução histórica dessa ideia fazendo uma viagem pela história da filosofia.
A segunda característica da atitude filosófica é positiva, isto é, uma interrogação sobre o que são as coisas, as idéias, os fatos, as situações, os comportamentos, os valores, nós mesmos.
Para Aristóteles grande filósofo grego (384-322 a.C) Antes de tudo a felicidade está ligada a virtude intelectual o bem maior, existindo três formas essenciais para alcançar a felicidade: manter uma vida prazerosa, política e filosófica.
Finalidade última é a que está por detrás de todas as finalidades mais imediatas e conscientes de uma ação. Geralmente inconsciente, é o motivo fundamental de uma conduta. Assim, ela lembra as ideias de Aristóteles, e que depois foram "recicladas" por São Tomás de Aquino.
Filosofia é um campo do conhecimento que estuda a existência humana e o saber por meio da análise racional. Do grego, o termo filosofia significa “amor ao conhecimento”. ... Os principais temas abordados pela filosofia são: a existência e a mente humana, o saber, a verdade, os valores morais, a linguagem, etc.
Do latim ignorantia, ausência de conhecimento. 1. Em um sentido genérico, a ignorância é a atitude daquele que, não sabendo utilizar as suas capacidades racionais, engana-se quanto à qualidade de seus conhecimentos, tomando por verdade o que não passa de uma opinião falsa ou incerta e expondo-se à ilusão e ao erro.
Resposta. Resposta: Dizer que a filosofia se volta preferencialmente para os momentos de crise significa dizer que a filosofia se destaca quando chegamos nos limites daquilo que julgamos conhecer.
A atitude filosófica é uma análise, porque busca a lógica, cuidadosamente, sobre aquilo que se analisa. A atitude filosófica é uma reflexão, pois se busca uma análise detalhada, além de prudência, sobre aquilo que se reflete. A atitude filosófica é uma crítica, porque não aceita algo sem passar pelo crivo da razão.
Resposta. As principais perguntas que constituem a atitude filosofica são: Quem somos? de Onde Viemos? para onde vamos? Uma reflexão filosófica e o pensar sobre algo em busca de uma resposta, tendo em vista a abstração do problema para a resolução do mesmo.
Resposta. A atitude filosófica almeja conhecer o mundo para então transformá-lo, ela é tomada quando nos empoderamos da razão, do pensamento crítico e maduro, aperfeiçoado em suas argumentações e problemáticas, a fim de encontrar a melhor solução ou resposta para determinada situação ou tema.
A reflexão é o movimento pelo qual o pensamento volta-se para si mesmo, interrogando a si mesmo. A reflexão filosófica é tida como radical porque é um movimento de volta do pensamento sobre si mesmo para conhecer-se a si mesmo, para indagar como é possível o próprio pensamento.
A atitude filosófica é determinada pela postura crítica que o homem adota frente às determinações e imposições sociais. ... A atitude filosófica é determinada pelo posicionamento crítico, pois o ser humano, enquanto ser racional, passa a entender o mundo e sua realidade de forma distinta.
A atitude filosófica tem duas características, uma negativa e outra positiva. A negativa é dizer não ao senso comum, ao que é pré-concebido no cotidiano e tido como verdades aceitas porque todo mundo diz e pensa. A positiva é a interrogação sobre os elementos do cotidiano e da existência: O que é? Por que é?
A segunda característica da atitude filosófica é positiva, isto é, uma interrogação sobre o que são as coisas, as idéias, os fatos, as situações, os comportamentos, os valores, nós mesmos.