Nos últimos meses, não se fala em outra coisa que não seja o nome de Mia Goth. A atriz britânica despontou como uma das queridinhas dos fãs de horror, participando de obras como Suspiria: A Dança do Medo, X: A Marca da Morte e, mais recentemente, Pearl. E não apenas isso, ela ainda tem uma carreira bem consolidada fora das telonas.
Pouco depois de contar a origem de um dos mais novos ícones do terror, ela não ficou parada e encontrou outro filme perturbador para protagonizar. Chamado Infinity Pool, o longa de Brandon Cronenberg (Possessor) tem dado o que falar em festivais devido a sua natureza gráfica, com uma história cheia de sexo e violência. Não há previsão de estreia no Brasil até o momento.
“Tem de ser minha vovó, minha avó brasileira, que também é atriz no Brasil. Ela tem uma vida incrível, passou por muita coisa e sempre me encorajou a expandir meu universo o máximo possível. Acho que ela é incrível”.
Ainda em 2013, ela participou da série The Tunnel, um dos poucos projetos televisivos da carreira, ao lado de uma aparição em Wallander. Já no cinema, seguiu em projetos como o pós-apocalíptico The Survivalist (2015), o drama de sobrevivência Evereste (2015) e nos terrores A Cura (2016) e O Segredo de Marrowbone (2017).
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O outro lado da família também influenciou os caminhos da jovem na arte. Além de ser neta do cineasta, músico e artista plástico Lee Jaffe, ela cita o período em que morou com o pai no Canadá como um empurrão para atuar, já que precisava fingir para fugir do bullying nas escolas que estudou.
Entre Wagner Moura, Alice Braga e Seu Jorge, existe uma série de atores com sangue brasileiro percorrendo Hollywood. E, entre tantos, está a estrela de X – A Marca da Morte, Mia Goth. Neta da atriz Maria Gladys, Mia pode ter nascido em Londres, mas é tão brasileira que tem até um “da Silva” no nome.
O primeiro papel de Mia Goth veio em 2013, quando ela já tinha 20 anos de idade. Ela interpretou a misteriosa P em Ninfomaníaca: Volume 2, do polêmico cineasta dinamarquês Lars Von Trier. Depois disso, ela atuou na série britânica The Tunnel, no papel de Sophie Campbell.
Uma adoração que inclui também o Brasil, que já abraçou o filme antes mesmo de ele chegar aos cinemas do país. Quem diz isso é a própria Mia. Em entrevista exclusiva ao NerdBunker, a atriz deixou a língua inglesa um pouco de lado para dizer, em português, que sente o amor dos espectadores pelo projeto:
Vale lembrar que não é a primeira vez que Mia Goth cita a influência da avó em sua vida e carreira. A atriz já apareceu em rede nacional durante o programa A Noite É Nossa, da TV Record, para homenagear Maria Gladys com um depoimento em português:
A declaração surgiu durante entrevista à Cultured Magazine. Questionada sobre uma “fonte de inspiração inesperada”, ela citou a avó, a quem se referiu como “my vovó”:
Quem poderia imaginar que uma das atrizes com maior destaque nos longas de terror dos Estados Unidos tem sangue brasileiro? Com 28 anos de idade, Mia Goth é associada aos filmes mais assustadores e bizarros.
Durante a preparação para A Marca da Morte, Goth e o diretor e roteirista Ti West elaboraram a história de origem da assassina. Criada como uma forma de ajudá-la a se conectar com a personagem, a ideia deu origem a um novo filme, que teve a atriz como roteirista.
Aos cinco anos de idade, após um breve período no Brasil, Mia Goth e sua mãe retornaram ao Reino Unido. Pouco tempo depois, elas foram morar no Canadá, junto com o pai da atriz. Porém, a situação não foi muito fácil e, aos doze anos de idade, Mia e sua mãe voltaram a Londres, onde ficaram de vez.
Mia Goth já havia se aventurado no terror e no drama psicológico quando protagonizou dois dos projetos mais importantes da carreira: o remake do clássico Suspiria com direção de Luca Guadagnino (Me Chame Pelo Seu Nome) e High Life: Uma Nova Vida, ficção científica com horror, dirigida por Claire Denis (Desejo e Obsessão).
Mais do que uma curiosidade, a ligação com o Brasil é fundamental para a carreira de Mia Goth. Com direito a ‘Silva’ no sobrenome – ela se chama Mia Gypsy Mello da Silva Goth –, a jovem nasceu na Inglaterra, mas viveu com a mãe no Brasil durante a infância. Foi nesse período em que ela teve o primeiro contato com o mundo das artes ao acompanhar a carreira da avó: Maria Gladys.
Com grandes chances de indicação ao Oscar de Melhor Atriz neste ano, ela é famosa por ter parentesco com uma grande artista brasileira, além de já ter contracenado ao lado de grandes nomes como Robert Pattinson, Tilda Swinton e Anya Taylor-Joy. E aqui, você vai descobrir tudo que precisa saber sobre Mia Goth!
Protagonizado e coescrito por Mia Goth, Pearl conta a origem da personagem que dá nome ao filme, que havia aparecido como a assassina idosa de X – A Marca da Morte. O filme está em cartaz nos cinemas do Brasil.
Em entrevista ao NerdBunker, a atriz celebrou sua ligação com o país, especialmente pela forma como os fãs do país abraçaram o filme Pearl: “Tem sido incrível, porque o Brasil está no meu coração, eu amo o Brasil”, disse.
Anos depois, ela afirmou que a experiência foi “divina” por ter apontado o estilo de projetos, diretores e elenco com os quais gostaria de trabalhar ao longo da carreira. “Fui incrivelmente sortuda em ter esse como meu primeiro projeto. Ele realmente preparou o terreno em termos do que aspiro a fazer”.
Sombrios e perturbadores, os dois filmes são bons exemplos do que a atriz imaginou para a carreira. Como explicou à Wonderland Magazine: “Gosto de filmes que te desafiam e que estão tentando dizer algo. Quando vejo um filme, não quero ser entretida, gosto daqueles que te tocam de alguma forma. Amo filmes que são sobre pessoas.”