Se a resposta for “não”, pare tudo o que você está fazendo agora, e leia esse artigo, pois esse é um assunto de extrema relevância que vai te acompanhar para o resto da vida, acredite.
A COX 1 é uma enzima constitutiva, ou seja, ela é de suma importância para processos fisiológicos e homeostáticos. Pela ação dessa enzima, são produzidas prostaglandinas que atuam na mucosa gástrica, promovendo proteção da mesma, uma vez que reduzem a secreção de HCl, e aumentam a produção de muco rico em bicarbonato, para, assim, regular a acidez gástrica.
Na meta-análise de Jonhson e cols.34, os dados mostraram que os AINEs aumentaram a pressão arterial supina média em cerca de 5,0 mmHg. O piroxicam induziu o aumento mais elevado (6,2 mmHg). Aspirina, sulindac e flubiprofeno apresentaram a menor elevação da pressão arterial; indometacina e ibuprofeno exerceram efeitos intermediários.
Outro local que possui COX 2 é no endotélio vascular, e sua ação leva a produção de PGI2 , você lembra o que essa substância faz? Vasodilatação e função antiagregrante plaquetária, ou seja, potencial antitrombogênico.
Olhando para as características das substâncias que conversamos acima, o que você acha? Tudo indica que participam de processos fisiológicos, não é mesmo!? E se forem inibidas, o que isso pode gerar ou alterar em nosso organismo? Já parou pra pensar nessas questões?
Nós temos em nosso organismo três subtipos principais da enzima COX: COX 1, COX 2 e COX 3. As substâncias a serem produzidas variam de acordo com qual COX atua, por isso a importância em conhecer os diferentes tipos de COX.
Os representantes do grupo são os coxibes, sendo o mais utilizado o celecoxib, um AINE utilizado em tratamento de osteoartrite, artrite reumatoide e como analgésico, sendo indicado principalmente em paciente com úlceras gástricas e que não possuem risco para eventos tromboembólicos.
O resumo do rate ratio de eventos vasculares, em comparação com placebo, foi 0,92 para naproxeno, 1,51 para ibuprofeno e 1,63 para diclofenaco. Em conclusão, os inibidores seletivos da COX-2 associaram-se ao aumento moderado do risco de eventos vasculares; o mesmo ocorreu com os AINEs não seletivos ibuprofeno e diclofenaco em altas doses, porém não com naproxeno. Em relação à associação de um AINE com aspirina, as evidências indicam que o ibuprofeno, porém não o acetominofeno, diclofenaco ou rofecoxibe, interfere com a capacidade da aspirina de acetilar irreversivelmente a enzima COX-1 plaquetária. Isso poderia reduzir o efeito protetor da aspirina contra os eventos aterotrombóticos.
Tanto a dipirona, quanto o paracetamol, não atuam diretamente na inibição. Esta ocorre por meio dos metabólitos ativos dos fármacos. Ambos medicamentos são muito utilizados, e muitas vezes de forma incorreta pela automedicação. Quem nunca recorreu à dipirona em um quadro de dor ou febre?!!
E as PGD2, PGE2, PGF2α promovem vasodilatação e edema. Mas as PGF2α possuem uma característica importante, pois elas agem principalmente nas células uterinas, promovendo contração uterina, atuando no processo de cólicas menstruais.
Além disso, PGE2 e PGF2α medeiam efeitos diuréticos e natriuréticos, enquanto PGE2 e PGI2 antagonizam a ação da vasopressina. Ambas, geradas nos glomérulos,contribuem para manter a taxa de filtração glomerular. Essas prostaglandinas constituem um mecanismo autorregulador em presença da diminuição da perfusão renal, como na insuficiência cardíaca e em condições de hipovolemia.
De outra parte, a inibição seletiva da COX-2 pode induzir à redução relativa da produção endotelial de prostaciclina, enquanto a produção plaquetária de TXA2 não é alterada. Esse desequilíbrio dos prostanoides hemostáticos pode aumentar o risco de trombose e de eventos vasculares. Demonstrou-se, também, em camundongos não anestesiados, que a COX-2 medeia efeitos cardioprotetores durante a fase tardia do pré-condicionamento miocárdico10. Contudo, a administração de inibidores da COX-2 aos animais, 24h após o pré-condicionamento isquêmico, elimina esse efeito cardioprotetor sobre o miocárdio "atordoado" e o infarto do miocárdio. Estudos subsequentes indicaram que a regulação superior da COX-2 desempenha papel-chave na cardioproteção mediada pelas PGE2 e PGI2 10-12.
Retenção de sódio e água e edema são efeitos colaterais dos AINEs, mas são habitualmente leves e subclínicos18,20. A prevalência de edema sintomático é de 3% a 5%21. Outra reação potencialmente adversa induzida pelos AINEs é a hipercalemia. Os AINEs atenuam a liberação de renina mediada pelas prostaglandinas, reduzem a formação de aldosterona e, em consequência, diminuem a excreção de potássio. Além disso, em presença de fluxo glomerular diminuído, a oposição aos efeitos natriuréticos e diuréticos das prostaglandinas pelos AINEs pode aumentar a reabsorção de sódio e água no túbulo renal, com diminuição da troca Na+-K+ no néfrom distal22. Os pacientes mais suscetíveis a desenvolver hipercalemia são os que usam simultaneamente suplemento de potássio, diuréticos poupadores de potássio e/ou inibidores da enzima de conversão da angiotensina (ECA), além daqueles que têm disfunção renal basal, insuficiência cardíaca ou diabete melito21.
Recentemente, Haag e cols.37 avaliaram 7.636 indivíduos com idade média de 70,2 anos, dos quais 61,3% eram mulheres, sem manifestação de isquemia cerebral prévia (1991-1993), para incidência de acidente vascular cerebral (AVC) até setembro de 2004. Em 70.063 pessoas/ano de seguimento (média = 9,2 anos), 807 indivíduos desenvolveram AVC (460 isquêmicos, 74 hemorrágicos e 273 não especificados). Os usuários habituais de AINEs não seletivos (HR 1,72; IC 95%; 1,22 a 2,44) e de inibidores seletivos da COX-2 (HR 2,75; IC 1,28 a 5,95) tiveram maior risco de AVC, porém não os que tomaram inibidores seletivos da COX-1 (HR 1,1; IC 0,41 a 2,97). O hazard ratio para AVC isquêmico foi de 1,68 (1,05 a 2,69) para agentes não seletivos, e de 4,54 (2,06 a 9,98) para os seletivos da COX-2. Considerados separadamente, o uso corrente de naproxeno (não seletivo) associou-se a HR 2,63 (IC 1,47 a 4,72) e de rofecoxibe (seletivo para COX-2) a maior risco de AVC (HR 3,38; IC 1,48 a 7,74). Os hazard ratios para diclofenaco (1,60; 1,0 a 2,57), ibuprofeno (1,47; 0,73 a 3,00) e celecoxibe (3,79; 0,52 a 2,76) foram maiores que 1,00, porém não alcançaram significância estatística.
Os AINEs seletivos para COX 3 (COX 1b), são representados pela dipirona e pelo paracetamol. A COX 3 está relacionada a processos de dor e febre e, por isso, sua inibição promove efeito antitérmico e analgésico.
A dipirona possui um pequeno efeito de reduzir a inflamação, lembrando que ela é um inibidor não seletivo e pode inibir a COX 2. Porém, não é utilizada com esse intuito, pois há, no mercado, outros medicamentos que possuem um efeito anti-inflamatório mais potente.
Os AINEs, como já foi dito anteriormente, fazem inibição da COX, ou seja, inibem a produção das substâncias produzidas na via da COX, mas você acha que as COXs são produzidas apenas em quadros não fisiológicos, ou será que elas possuem ações fisiológicas?
Quando ocorre uma infecção, os microrganismos liberam pirógenos. Esses pirógenos exógenos são reconhecidos pelas células de defesa, os leucócitos, que produzem e liberam os pirógenos endógenos, como a PGE2 . Nós temos, na área pré óptica do hipotálamo, um set point, que regula a nossa temperatura corporal a 37 °C. A PGE2 promove uma alteração do set point, aumentando o valor de 37 °C. Ou seja, o hipotálamo não percebe que a temperatura está elevada, e, assim, não há o controle da temperatura, e assim temos o quadro febril.
Também são usados por seus efeitos anti-inflamatórios e antipiréticos. Os AINEs funcionam por meio da inibição da função da enzima ciclo-oxigenase (COX) e, assim, reduzem a produção de prostaglandinas. A aspirina é um inibidor irreversível da COX; os AINEs restantes funcionam de maneira reversível.
A ação anti-inflamatória dos AIEs dá-se, através da indução da expressão do gene da liporcortina que, depois de sintetizada, inativa a fosfolipase A2.
O mecanismo de ação dos AINEs é a inibição de uma enzima chamada ciclooxigenase (COX), que possui duas formas diferentes, denominadas COX-1 e COX-2. Essas enzimas têm funções específicas no nosso organismo, atuando, por exemplo, como mediadoras de inflamação e influenciadoras na agregação plaquetária.
O aumento da pressão arterial por parte do uso dos AINEs, não específicos, é por causa da retenção de líquidos, o que afeta a medicação anti-hipertensiva (SILVA JÚNIOR et.
Lesões agudas gastrointestinais estão entre os efeitos colaterais mais freqüentes e graves associados com AINES convencionais. O risco de perfuração e ulceração gástrica apresenta incidência 3 a 4 vezes maior em usuários destes compostos 36.
Letargia (sono profundo), sonolência, dor de estômago, enjôo, vômito. Pode ocorrer sangramento gastrintestinal (no estômago e no intestino). Raramente pode ocorrer pressão alta, mau funcionamento dos rins, diminuição da respiração e coma.
Superdosagem de Nimesulida Pode ocorrer sangramento gastrintestinal (no estômago e no intestino). Raramente pode ocorrer pressão alta, mau funcionamento dos rins, diminuição da respiração e coma.
Nimesulida 100 mg comprimido: Tomar meio a um comprimido, duas vezes ao dia, ou de acordo com a indicação do médico. Nimesulida 100 mg comprimidos dispersíveis: Dissolver 1 comprimido em meio copo de água, em cada uso, duas vezes ao dia. Se necessário, a dose pode ser aumentada para 2 comprimidos, duas vezes ao dia.
A nimesulida é um anti-inflamatório não esteroidal (AINE) com ação analgésica e antitérmica. Ou seja, ela serve para controlar dores leves a moderadas, combater inflamação e baixar a febre.