Deus não se alegra com a injustiça. A Bíblia mostra que todo pecado é injustiça. Todo crente deve se dedicar à justiça rejeitando toda forma de injustiça em sua vida.
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É preciso deixar claro que a ruptura principal do pecado é com Deus, essa ruptura em nível de relacionamento interpessoal se expressa em: egoísmo, corrupção, hedonismo, exploração, comércio humano, orgulho, ambição, indiferença e superficialidade. Que produzem injustiça, dominação e violência.
Os privilégios legais são mais difíceis de combater, pois para erradicá-los é necessário alterar a legislação vigente no país. Como a maioria dos beneficiários são aqueles quem elaboram as leis, a única saída justa é eliminar, através do voto, em tempo de eleição, esses políticos que não concordam em combater os privilégios do cargo. Frise-se, que muitos políticos e ocupantes de cargos públicos, já abriram mão dos privilégios legais, considerando-os imorais. Não se acomode. Vamos cobrar dos políticos que elegemos o combate aos privilégios com o dinheiro público. Afinal, quem paga essa conta imoral somos nós, os contribuintes.
Afirma Libânio: “Não podemos viver como se os pecados históricos, os pecados das guerras, das torturas, da exploração calculada do pobre, da opressão de povo em relação ao povo, de classe em relação à classe, não nos dissessem respeito. São nossos pecados. Participamos neles seja pelo nosso silêncio, nossa inércia, nosso conformismo, nosso consentimento tácito, nossa aceitação fatalista, como pela nossa cooperação direta, reforçando a situação com decisões pessoais”.8 A indiferença é uma maneira de assumir.
Eduardo Juan Couture Etcheverry (1904-1956), advogado, escritor e professor universitário, foi um consagrado jurista uruguaio, mundialmente reconhecido, autor da teoria sobre o direito de ação, tema do Direito Processual Civil. Foi autor do projeto de lei que criou o Código de Processo Civil do Uruguai, Lei nº 10.418/43. Recebeu inúmeros prêmios por suas obras e ensinamentos. Foi presidente da Ordem dos Advogados do Uruguai. Escreveu os dez mandamentos do Advogado. Por ocasião de sua morte, era Reitor da Faculdade de Direito em Montevidéu. É dele a frase: “Teu dever é lutar pelo Direito, mas se um dia encontrares o Direito em conflito com a Justiça, luta pela Justiça.”
Como a palavra indica, injustiça é o contrário de justiça. A justiça é tudo que é certo e apropriado, logo injustiça é aquilo que é errado ou inapropriado. Por exemplo, injustiça tanto é cometer um crime quanto aplicar uma pena excessiva pelo crime.
A caridade exige a prática da justiça, da partilha, da solidariedade como garantia da promoção do bem do outro. Por isto, não basta uma atitude individualista de justiça, é preciso também lutar contra toda forma de injustiça e que violenta a dignidade de tantas pessoas menos favorecidas.
No Antigo Testamento os homens virtuosos são chamados de homens “justos”. José aparece no Evangelho como “homem justo” (Mt 1,19). Jesus também olhava nesse mesmo sentido, quando proclamou: “Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, e por causa dela sofrem perseguições” (Mt 5,6-10), ou quando solicita, junto dos discípulos, para que se preocupem, antes de tudo, com o “reino de Deus e sua justiça” (Mt 6,33). Jesus conferiu à justiça lugar central para a vida cristã (Mt 5,6.10; 6,33). Para Paulo, Justo = Santo (Rm 5,19). Justiça é dom de Deus. A justiça está presente, mas como resposta à graça de Deus (Cl 4,1). De fato, hoje o bom e o justo entram cada vez mais em contato e se condicionam mutuamente. Justiça é vida de acordo com a vontade de Deus, em toda a sua amplitude, incluídas as relações inter-humanas (Lv 19,15).
Isso não significa que a pessoa que cometeu a injustiça deve escapar sem punição. Se a injustiça foi um crime, temos o direito de levar o assunto ao tribunal. Em outros casos, também podemos confrontar a pessoa, explicando que aquilo que fez foi errado. No entanto, em algumas situações, não temos a oportunidade de endireitar as coisas. Mesmo assim, podemos descansar seguros que Deus sempre faz justiça.
O Papa São João Paulo II afirma magistralmente que o pecado da injustiça social recai sobre todos nós: “Uma situação – e de igual modo uma instituição, uma estrutura, uma sociedade – não é, de per si, sujeito de atos morais; por isto, não pode ser, em si mesma, boa ou má. No fundo de cada situação de pecado, porém, encontram-se sempre pessoas pecadoras”.7
Para o Papa São João Paulo II, “o estado de desigualdade entre os homens e os povos não só perdura, mas até aumenta. Sucede ainda nos nossos dias que, ao lado daqueles que são abastados e vivem na abundância, há outros que vivem na indigência, padecem a miséria e, muitas vezes, até morrem de fome. O número destes últimos atinge dezenas e centenas de milhões”.9
Hoje, a sociedade está marcada “pelo grande pecado da injustiça” (Sínodo “A justiça no mundo”, 1971). Ante essa situação, a justiça cobra um valor e um papel decisivos. É a resposta que esperam multidões indigentes de seres humanos que vivem em situações desumanas e injustas. Esta resposta conduz: à exigência de igualdade e participação, respeito à dignidade do homem e a seus direitos fundamentais, solidariedade, construção da paz, responsabilidade pelo desenvolvimento e a libertação.
A proposta de Jesus fica mais clara quando se contrapõem os reinos deste mundo com o Reino de Deus. Quando os seres humanos reinam, contra Deus e seus planos, reinam a injustiça, a opressão, a discriminação, a violência, a guerra. Cristo quer reverter este processo, implantando a justiça, a fraternidade, a solidariedade, a paz.
Como o Documento de Puebla assinala muito bem, é do pecado que “brotam todas as escravidões”, sendo ele a “raiz e fonte de toda opressão, injustiça e discriminação”.5 Pecados contra a justiça é todo tipo de corrupção, desvio de dinheiro público, afrontas contra a dignidade da pessoa humana, acúmulo excessivo de bens. Não basta o arrependimento e a confissão. Se lesamos o próximo tirando dele um bem material que lhe pertence ou mesmo ferindo sua dignidade, devemos, então, fazer o possível para devolver aquele bem, de modo a restabelecer a justiça e a dignidade ferida pelo nosso ato.