Diferente do caráter mundial da Olimpíada moderna, os Jogos Olímpicos da Grécia Antiga podem ser considerados xenófobos e machistas. Só podiam participar das competições homens livres nascidos nas cidades-estado gregas, enquanto mulheres, escravos e estrangeiros, chamados de “bárbaros” na mitologia gregra eram proibidos de competir.
No lançamento de disco, conhecido como dískos, o atleta deveria arremessar os discos (à época feitos de pedra, cobre ou metal polido, pesando cerca de 5 quilos) a um mínimo de distância estipulado.
Uma tradição tardia – recolhida entre outros, por Pausânias – argumentava que os Jogos Olímpicos teriam sido instaurados pelo famoso herói Héracles numa época que se perdia no longínquo tempo do mito e que, depois de terem caído em desuso, teriam sido retomados no ano 776 a.C. Não é em vão que esta foi a data na qual os antigos fixavam não só a primeira olimpíada, mas também o início da história da Grécia propriamente dita, embora a datação da sua história através dos Jogos Olímpicos (que por sua vez eram nomeadas através do nome do vencedor da prova de stadion) só tenha começado a ser uma prática comum no século IV a.C. Mesmo com cautelas no que diz respeito à datação exacta dos primeiros Jogos Olímpicos, na verdade é possível argumentar que já no primeiro quartel do século VIII a.C. os gregos organizavam provas atléticas que, devido à sua fama, depressa se tornariam um evento participado por representantes de todas as regiões da Grécia, incluindo das colónias longínquas. As provas tinham lugar no marco do festival religioso em honra de Zeus, que era celebrado no santuário de Olímpia, na região da Élida, na parte ocidental do Peloponeso.
Os atletas realizavam o salto em comprimento levando um peso em cada mão (estes tinham distintos tamanhos e pesavam 1 a 5 quilogramas). Possivelmente, a acção seria executada com um salto múltiplo: talvez o atleta realizasse cinco saltos seguidos com uma pausa entre um e outro, podendo alcançar marcas até 16 metros.
A segunda fase durou 26 edições e tudo começou com a intenção de acabar com os conflitos da região. Conta-se que retormar os Jogos Olímpicos foi um conselho do oráculo Delfos a Ifitos, rei de Élis, para terminar com as guerras que dividiam a Grécia.
Mas não é a única versão apresentada pelos estudiosos para explicar o motivo pelo qual os atletas se enfrentavam sem roupa. Uma dessas versões dá conta que Orsippus, cidadão de Megara, deixou cair a túnica durante a corrida nos Jogos Olímpicos de 720 a.C. e foi acompanhado pelos outros competidores, que gostaram da ideia e resolveram imitá-lo. A outra diz que a exigência para que os esportistas ficassem nus durante as competições veio dos espartanos, a partir do século VII a.C., para que todos competissem em igualdade de condições.
O pentatlo era a prova nobre dos Jogos Olímpicos da Grécia Antiga e reunia, pela ordem, corrida (um stadion), lançamento de disco, salto em distância, lançamento de dardo e luta.
A participação das mulheres não podia acontecer nem na plateia. Apenas uma foi flagrada acompanhando de perto os Jogos. Kallipatira entrou no estádio disfarçada de treinador, no ano de 404 a.C., na 94ª. Olimpíada, e não conteve a alegria de ver o filho, Psirodos, ser campeão no pugilato. Empolgada, ela invadiu a arena e deixou a roupa cair, revelando-se a todos os presentes. Apesar de ter quebrado a lei, Kallipatira foi poupada por ser mãe, irmã e esposa de vencedores olímpicos.
Os eventos esportivos eram originalmente associados a rituais fúnebres, particularmente os de heróis e àqueles caídos em batalha, por exemplo, os jogos de Pátroclo na Ilíada de Homero. Em Olímpia, em particular, alguns relatos mitológicos creditam a Zeus o início dos Jogos para comemorar sua vitória sobre Cronos, enquanto outros relatos afirmam que o herói Pélope os iniciou em homenagem a Oinomaos.
Em primeiro lugar, só se podiam inscrever como competidores os gregos livres e sem problemas com a justiça. Nos dez meses anteriores aos jogos, os participantes deviam dedicar-se à sua preparação e, chegados à Élida um mês antes do início das Olimpíadas, eram submetidos novamente a um severo treino, bem como a uma dieta possivelmente de carácter ritual sob a supervisão dos hellanodikai, organizadores e juízes da competição. Uma vez em Olímpia, os atletas e os juízes faziam um juramento em frente do altar de Zeus, prometendo que respeitariam e fariam cumprir escrupulosamente as regras que regiam os jogos.
Era uma combinação da luta grega, o pále, com o pugilato, o pýgme. Era uma prova extremamente violenta, cujos concorrentes poderiam mesmo vir a morrer. Tudo era permitido, com exceção de enfiar dedos nos olhos, atacar a região genital, arranhar ou morder. A vitória ocorria quando um dos atletas já não conseguia continuar a lutar, levantando um dedo para que o juiz percebesse, ou ficasse inconsciente.
Além disso, o imperador romano Nero venceu todos os eventos que ele disputou no ano 65. Esses poderosos líderes políticos até tentaram obter aumentar o prestígio de seus sucessos em Olímpia, cunhando moedas para comemorar suas vitórias.
O Hellanodikai também davam a coroa da vitória (kotinos) de folhas de azeitona selvagens e ramo de azeitona cortada da árvore (Kallistephanos) a cada vencedor do evento. A oliveira era significativa porque acreditava-se que as árvores de Olímpia haviam sido originalmente plantadas por Hércules. Outro prêmio poderia ser uma fita de lã vermelha que era usada no braço ou ao redor da cabeça, especialmente para corredores de bigas, já que era o proprietário do cavalo que realmente recebia a coroa de azeitona.
O dardo tinha um comprimento equivalente à altura de um homem e era de madeira. Estava rematado com uma ponta de metal e tinha uma tira de couro ao centro, onde o lançador o segurava. Constituía juntamente com as corridas, a luta, o lançamento do disco e o salto em comprimento a grande prova do pentatlo.
Os Jogos Olímpicos, no formato que conhecemos, foram disputados pela primeira vez em 1896 na cidade de Atenas, na Grécia. Mas a origem da Olimpíada vem da Antiguidade, época em que a competição significava um período de trégua num mundo recheado de guerras e conflitos.
Depois de receber o conselho, Ifitos assinou um acordo com Cleóstenes de Pisa e Licurgo de Esparta para que a trégua sagrada a cada quatro anos voltasse para que os Jogos Olímpicos pudessem ser disputados. Os termos desse acordo foram gravados num disco de cobre: “Olímpia é um lugar sagrado. Quem ousa entrar nele com armas será considerado sacrílego”.
Na modalidade pále eram proibidos golpes diretos como socos e pontapés. Os atletas utilizavam-se de técnicas de medida de força, como o agarramento dos membros superiores e inferiores, com o objetivo de levar o adversário ao chão. A submissão do oponente consistia em fazê-lo tocar os ombros no chão e, com isso, perder a disputa.
Pentatlo. O pentatlo era a prova nobre dos Jogos Olímpicos da Grécia Antiga e reunia, pela ordem, corrida (um stadion), lançamento de disco, salto em distância, lançamento de dardo e luta. As quatro primeiras provas eram classificatórias e chegavam à luta apenas os dois finalistas.
De acordo com a mitologia grega, o herói Hércules criou as Olimpíadas por volta de 2.
De acordo com a mitologia grega, os jogos teriam se iniciado na antiga Grécia por volta de 2500 a.C. em homenagem ao deus Zeus, pai de Hércules, o idealizador das competições. ... Os Jogos Olímpicos sempre foram realizados em clima de paz.
Pierre de Coubertin
Quem recriou a competição (que tinha sido disputada na Grécia Antiga) foi o educador francês Barão de Coubertin.
Jogos Olímpicos de Verão
Paris sediou anteriormente Jogos Olímpicos de Verão de 1900 e os Jogos Olímpicos de Verão de 1924. A cidade é segunda na história a receber os Jogos Olímpicos de Verão oficialmente três vezes (a primeira foi Londres em 1908, 1948 e 2012).
Paris
O idealismo e a pureza que o barão de Coubertin desejava imprimir à competição, no mesmo espírito da Olimpíada grega que, além do caráter competitivo, possuía também um significado religioso, morreu ao longo dos anos.
Jogos Olímpicos de Verão de 2020 (第三十二回オリンピック競技大会 (Dai Sanjūni-kai Orinpikku Kyōgi Taikai), conhecidos oficialmente como os Jogos da XXXII Olimpíada, mais comumente Tóquio 2020, será um evento multiesportivo realizado durante o verão de 2021, na região metropolitana de Tóquio, Japão.
Resposta: As antigas Olimpíadas eram apenas para os homens, no que diz respeito a competições de atletismo e esportes de combate. As mulheres sequer eram autorizadas a assistir. No entanto, algumas podiam competir nos eventos equestres, mas só no papel de substitutas dos donos dos cavalos e das carruagens.
Inspirado nas Olimpíadas da Grécia Antiga, Barão de Coubertin foi o criador dos Jogos Olímpicos da Era Moderna, que foram disputados pela primeira vez em 1896. Foi ele o responsável por colocar no papel os ideiais do Olimpismo como um estilo de vida associado ao esporte, à cultura e à educação.