Se você nunca se contorceu de rir com as histórias mal sucedidas de Chris ou, nunca ficou com medo dos gritos de Rochelle, não sabe o que é diversão na vida. O seriado Todo Mundo Odeia o Chris, transmitido entre 2005 e 2009 (com quatro temporadas), apesar de caricato e um tanto exagerado, já fez todo mundo parar para pensar na vida e na relação familiar. Mas você conhece a história real de Todo Mundo Odeia o Chris?
Com tantos membros na família assim, não é de se espantar que Julius realmente precisasse ter dois empregos, trabalhando, assim como na série, de caminhoneiro e entregador de jornais.
O pai do Chris, realmente, se chamava Julius. Na verdade, Christopher Julius Rock II. Outra semelhança com o pai fictício e o da vida real é que ele também tinha dois empregos: ele trabalhava como entregador de jornais e como caminhoneiro.
Ao contrário da série, Chris não foi o único aluno negro de seu colégio, mas era um dos poucos. Apesar de nem todos o odiarem como aparentava ser, é fato que desde esse tempo ele cultiva uma amizade de longa data: David Moskowitz, que na ficção ganhou o nome de Greg Wuliger.
O pai de Chris, na vida real, também trabalhava como caminhoneiro e entregador de jornais. Mas, ao contrário da história na TV, o pai do ator morreu em 1988, após uma cirurgia de úlcera.
Como o criador da série, o ator colocou na história de Todo Mundo Odeia o Chris, um pouco de suas experiências de infância, em especial do período em que se mudou para o Brooklyn com sua família. Na época, o ator realmente precisou frequentar escolas populares, com a grande maioria de alunos brancos; e, por isso, enfrentava toda a espécie de bullying e racismo. Antes de seguir o ramo da fama, a juventude de Chris foi marcada com uma série de trabalhos em fast foods.
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Chris Rock, além de principal criador da série, também participa dela como o narrador. Ademais, o ator também aparece em um episódio da série. Aliás, o episódio em que ele aparece, ele interpreta como o conselheiro escolar Sr. Abbot, o qual tenta ajudar o protagonista com conselhos nada ortodoxos.
Outro ponto que não teve que ser adaptado foi o fato de Chris ter que realmente se matricular em um colégio em uma vizinhança branca, onde sofreu diversos episódios de preconceito racial.
Dentre os cenários mais explorados pela sitcom, estão a Escola Secundária Corleone e a casa do protagonista. Esses dois ambientes, embora apareça uma infinidade de outros, conseguem moldar a história perfeitamente, mostrando as condições de dificuldade financeira, que faz o pai de Chris ter dois empregos, e o racismo e bullying que o ator sofreu na escola de alunos predominantemente brancos.
Questionado sobre como foi a primeira vez em que assistiu a série sobre momentos de sua vida, Chris Rock respondeu: "Foi estranho", disse em entrevista coletiva. "Eu estava assistindo e dizendo 'Sim, isso aconteceu. Eu realmente comi um pedaço grande de frango'", uma referência ao episódio piloto em que Chris, com apenas 13 anos, come parte do jantar destinado a seu pai.
A narrativa é inspirada nas memórias da infância do talentoso Christopher Julius Rock III, popularmente conhecido como Chris Rock, que foi o dublador da zebra Martyn de Madagascar e também tomou um soco de Will Smith durante o Oscar.
O próprio ator fez uma revelação sobre seu passado em uma entrevista para a revista Details. “Nunca fumei crack, mas, num verão, eu e um amigo chegamos bem próximo de traficar”. Com isso, não fica nem um pouco difícil de imaginar sua mãe lhe dando uma bronca ao questionar: “Você não tava vendendo drogas né moleque? Senão eu vou ter que te bater até você virar branco”.
Outra semelhança entre a vida e a série é a de que o ator também trabalhou de verdade em redes de fast food, como pode ser visto na série com o protagonista trabalhando em uma conveniência.
Um ponto que é extremamente fiel a vida de Chris Rock é que seu pai realmente se chamava Julius (Christopher Julius Rock II para ser mais preciso), e que ele era realmente seu filho mais velho.
Porém, uma diferença da realidade é que o colégio se chamava James Madison e não Corleone — que é apenas uma referência ao personagem de Dom Vito Corelone de 'O Poderoso Chefão'.