O Poderoso Chefão é um filme norte-americano de crime, dirigido por Francis Ford Coppola e lançado em 1972. Uma das obras mais famosas e influentes do mundo do cinema, o longa-metragem se tornou um clássico incontornável, aclamado pelo público e pela crítica.
Em seguida, isola o cunhado e afirma saber que ele conspirou para a morte de Sonny. Carlo é metralhado e Connie entra em desespero quando descobre, gritando que o irmão é um assassino. Kay, a esposa, assiste toda a cena e pergunta se a acusação é verdadeira.
Após planejarem cada passo, a missão é bem-sucedida e os Corleone conseguem executar os dois inimigos. Ao denunciarem a ligação entre a polícia e o cartel, eles conseguem usar os seus contatos na imprensa para manipular a opinião pública a seu favor.
Seguindo a vida de um grupo de imigrantes, a narrativa está repleta de elementos e referências à cultura italiana. Aqui, as músicas, as festas, os hábitos (e até uma receita tradicional de almôndegas) são apresentados ao público do mundo inteiro.
Trata-se do casamento de Connie, a filha do Don, uma data muito importante para a sua cultura. Como é explicado em seguida, "nenhum siciliano pode recusar um pedido no casamento da filha" .
Filho mais novo da família, o jovem é um conquistador e antigo herói de guerra que evita se envolver no "negócio". Mais tarde, para defender os seus, ele acaba mudando de ideias.
“Fui contratado por que eu era um moleque. Um monte de diretores importantes recusaram. Elia Kazan recusou, Costa-Gravas também. A ideia [dos produtores] era vamos pegar alguém jovem, e assim poderíamos manipulá-lo. Eu também era ítalo-americano, e isso era uma coisa boa para o que estúdio por que ele poderia simplesmente justificar a escolha por aí. E além de tudo eu era alguém que eles poderiam conseguir bem baratinho”, afirmou Coppola, ao jornal 'The New York Times', dizendo que aceitou dirigir o filme por US$ 125 mil e 6% do lucro da arrecadação nos cinemas – 'O Poderoso Chefão' é a 25ª maior bilheteria nos EUA na história, em números reajustados pela inflação com cerca de US$ 680 milhões. Até hoje o cineasta se arrepende do acerto que fez.
O longa recebeu uma nova versão em 2020; 30 anos depois do lançamento, algumas cenas foram reorganizadas ou cortadas. Com menos 6 minutos que o original, a nova montagem agradou a maioria dos espectadores.
De volta do hospital, Vito é recebido por familiares de várias gerações. Seus associados contam tudo que aconteceu, narrando as ações de Michael e garantindo que ele está em segurança. Todas as movimentações acabaram provocando conflitos entre as cinco famílias da máfia de Nova York e gerando uma verdadeira guerra.
Michael, o filho mais novo, leva a namorada, Kay, para conhecer o clã. Ele revela que a ascensão do cantor foi impulsionada pelo seu pai que usou a violência para livrá-lo de um contrato ruim. Embora a moça fique assustada, o antigo soldado garante que nunca será igual aos familiares.
Foi mais ou menos o que aconteceu com Coppola para assumir a adaptação do best seller de Mario Puzo nos loucos anos 1970. Ele era um jovem promissor saído da faculdade de cinema, contemporâneo e amigo de Steven Spielberg e George Lucas, com quem mantém amizade e cumplicidade até hoje, que tinha apenas algumas esparsas fitas sem muito brilho no currículo, incluindo até o filme B de horror 'Demência 13' (1963). No entanto, 'O Poderoso Chefão' já tinha ganhado a má fama de “filme amaldiçoado” em Hollywood e diretores experientes fugiram da responsabilidade.
Apesar de estar envolvido no negócio dos jogos, o Don se encontra com Sollanzo, mas recusa a sua proposta, falando que não quer integrar o mundo do tráfico. Nesse momento, Vito percebe que fez um novo inimigo perigoso e manda Luca atrás dele.
Forçado a concordar, Vito jura pela alma dos netos que não vai quebrar o acordo. Durante a conversa, no entanto, ele consegue percebe que a emboscada que matou Sonny foi uma ordem de Don Barzini. Experiente e muito perspicaz, ele sabe que é uma questão de tempo até se confrontarem de novo.
Tudo dá errado: Luca é assassinado, Tom é sequestrado e Don Corleone fica em risco de vida, alvo de uma armadilha. Quando vai comprar laranjas numa banca, ele é metralhado pelas costas.
Michael percebe que chegou a hora de agir e que Tessio é o amigo que decidiu traí-lo por dinheiro. Ele declara, então, que o encontro será depois do batismo do sobrinho, filho de Connie, que aceitou apadrinhar. Enquanto está na cerimônia, rodeado por testemunhas, todos os seus inimigos são assassinados.
Pouco tempo depois, enquanto brinca com um dos netos entre as laranjeiras do jardim, o antigo Don acaba tendo um ataque fulminante e morre na hora. Todos juram lealdade a Michael e ele escolhe Carlo, o cunhado, para ser seu conselheiro, decisão que é encarada com estranheza pelo grupo.
► Alguns atores como Brando, Pacino, Caan, eDuval se prepararam para o filme encontrando mafiosos de verdade. Entre um dos poucos criminosos que tiveram seu nome revelado está Carmine “The Snake” Persico.
Dos três herdeiros, Michael Corleone era o que tinha menos probabilidades de seguir a carreira do pai – aliás, o desejo do Chefão era mantê-lo o mais longe possível do mundo do crime e quem sabe introduzi-lo na política. “Seu pai tem outros planos para você”, diz a ele o conseglieri e irmão postiço Tom Hagen, personagem de Robert Duvall, em um momento definitivo. Mas nem mesmo o mais poderoso dos homens controla o imponderável e uma avalanche de acontecimentos o coloca como única opção de sucessão.
Don Vito Corleone (Marlon Brando) é o chefe de uma "família" de Nova York que está feliz, pois Connie (Talia Shire), sua filha, se casou com Carlo (Gianni Russo). Porém, durante a festa, Bonasera (Salvatore Corsitto) é visto no escritório de Don Corleone pedindo "justiça", vingança na verdade contra membros de uma quadrilha, que espancaram barbaramente sua filha por ela ter se recusado a fazer sexo para preservar a honra. Vito discute, mas os argumentos de Bonasera o sensibilizam e ele promete que os homens, que maltrataram a filha de Bonasera não serão mortos, pois ela também não foi, mas serão severamente castigados. Vito porém deixa claro que ele pode chamar Bonasera algum dia para devolver o "favor". Do lado de fora, no meio da festa, está o terceiro filho de Vito, Michael (Al Pacino), um capitão da marinha muito decorado que há pouco voltou da 2ª Guerra Mundial. Universitário educado, sensível e perceptivo, ele quase não é notado pela maioria dos presentes, com exceção de uma namorada da faculdade, Kay Adams (Diane Keaton), que não tem descendência italiana mas que ele ama. Em contrapartida há alguém que é bem notado, Johnny Fontane (Al Martino), um cantor de baladas românticas que provoca gritos entre as jovens que beiram a histeria. Don Corleone já o tinha ajudado, quando Johnny ainda estava em começo de carreira e estava preso por um contrato com o líder de uma grande banda, mas a carreira de Johnny deslanchou e ele queria fazer uma carreira solo. Por ser seu padrinho Vito foi procurar o líder da banda e ofereceu 10 mil dólares para deixar Johnny sair, mas teve o pedido recusado. Assim, no dia seguinte Vito voltou acompanhado por Luca Brasi (Lenny Montana), um capanga, e após uma hora ele assinou a liberação por apenas mil dólares, mas havia um detalhe: nas "negociações" Luca colocou uma arma na cabeça do líder da banda. Agora, no meio da alegria da festa, Johnny quer falar algo sério com Vito, pois precisa conseguir o principal papel em um filme para levantar sua carreira, mas o chefe do estúdio, Jack Woltz (John Marley), nem pensa em contratá-lo. Nervoso, Johnny começa a chorar e Vito, irritado, o esbofeteia, mas promete que ele conseguirá o almejado papel. Enquanto a festa continua acontecendo, Don Corleone comunica a Tom Hagen (Robert Duvall), seu filho adotivo que atua como conselheiro, que Carlo terá um emprego mas nada muito importante, e que os "negócios" não devem ser discutidos na sua frente. Os verdadeiros problemas começam para Vito quando Sollozzo (Al Lettieri), um gângster que tem apoio de uma família rival, encabeçada por Phillip Tattaglia (Victor Rendina) e seu filho Bruno (Tony Giorgio). Sollozzo, em uma reunião com Vito, Sonny e outros, conta para a família que ele pretende estabelecer um grande esquema de vendas de narcóticos em Nova York, mas exige permissão e proteção política de Vito para agir. Don Corleone odeia esta idéia, pois está satisfeito em operar com jogo, mulheres e proteção, mas isto será apenas a ponta do iceberg de uma mortal luta entre as "famílias".
O Poderoso Chefão conquistou universalmente a crítica e venceu o Oscar de Melhor Filme em 1973. Uma de suas inovações mais impressionantes, face aos filmes de crime da época, é o modo humanizado como apresenta estes bandidos. Não assistimos apenas aos atos violentos: também vemos seu amor, seu choro, seu luto e até seu medo.