Para hoje gozar do topo da lista histórica do torneio, foi necessário penar em longos caminhos, seja na tabela, seja na estrada e ainda passar pelo grande duelo tático, estratégico e emocional que é a final em duas partidas e sem a regra do gol qualificado.
A primeiríssima foi levantada em 1993, justamente sobre o atual segundo colocado desta lista, o Grêmio. Roberto Gaúcho, Éder e Cleisson não só deram a primeira Copa à Raposa como deram fim à praticamente uma década de marasmo do time mineiro.
Os títulos de Zinho foram conquistados vestindo as camisas de Flamengo (1990), Palmeiras (1998), Grêmio (2001) e Cruzeiro (2003). Já Roger Machado ergueu três taças pelo Grêmio (1994, 1997 e 2001), além de uma (2007) como jogador do Fluminense.
A primeira posição da lista dos maiores campeões da Copa do Brasil, claro, é do Cruzeiro. A Raposa já levantou seis taças do torneio, sendo as duas últimas de maneira consecutiva.
Antes, o bicampeonato foi conquistado sobre o Coritiba no fatídico ano de 2012, marcado também pelo rebaixamento do Verdão. O título da Copa veio antes, porém, encomendado pelos comandados de Felipão, com destaque para Jorge Valdívia, Marcos Assunção e para Betinho, o herói improvável.
Nos mais de 30 anos de história da Copa do Brasil, nenhum jogador venceu a competição nacional mais vezes que Zinho e Roger Machado. O ex-meia e o ex-lateral foram campeões da Copa do Brasil em quatro oportunidades.
Depois de quatro títulos em 12 anos, o Grêmio ficou outros 15 afastado, sem nem sequer alcançar a final. Então iniciou-se a quarta passagem de Renato Gaúcho como técnico, e a base — de Marcelo Grohe, Geromel, Kanneman e Maicon — que não só levaria o pentacampeonato da Copa como o tri da Libertadores foi formada.
O tri do Palmeiras havia sido conquistado em 2015. O time de Dudu, Gabriel Jesus e Fernando Prass bateu o Santos na final para conquistar o terceiro título da equipe paulista no torneio.
O Corinthians foi o primeiro clube paulista a conquistar três títulos e se tornar um dos maiores campeões da Copa do Brasil. A gloriosa caminhada do Timão no torneio começa no ano de 1995, que tem um carinho especial do torcedor.
Em 2022, a diretoria resolveu demitir o técnico português Paulo Sousa. Para seu lugar, o Flamengo contratou Dorival Júnior. Com o novo técnico, a equipe voltou aos trilhos da vitória e derrotou no Maracanã o Corinthians nas penalidades, com Rodinei convertendo a última cobrança.
O Cruzeiro de 2000, por sua vez, já era mais encorpado, com Cris e Sorín na defesa, Ricardinho e Jackson no meio e Oséas, Müller e Fábio Júnior no ataque. O que não quer dizer que final contra o São Paulo não teve doses cavalares de emoção, com uma virada a partir dos 20 e o gol do título aos 45 minutos do segundo tempo.
Jornalista formado pela UNESP, foi repórter da Revista PLACAR. Cobriu NBB, Superliga de Vôlei, A1 (Feminino), A2 e A3 (Masculino) do Campeonato Paulista e outras competições de base na cidade de São Paulo. Fanático por esportes e pelas histórias que neles acontecem, dos atletas aos torcedores.
A relação do time com a Copa é antiga. Ele foi, ora, o primeiro a levantar a sua taça, em 1989, com uma equipe liderada pelo hoje treinador Cuca e por Assis, o irmão de Ronaldinho Gaúcho — e que também faturou o Campeonato Gaúcho no mesmo ano.
O bicampeonato se deu em outro bom ano para o torcedor corintiano, de título da Copa do Mundo e de rebaixamento do maior rival. Dida, Vampeta, Ricardinho e os outros comandados de Carlos Alberto Parreira não deram chances à zebra do Brasiliense e garantiram fim de ano dos sonhos da torcida.
Estrelado mesmo foi o time de 2003, do tetracampeonato e da tríplice coroa. Vanderlei Luxemburgo tinha um time muito forte no ataque com Alex, Wendel, Aristizábal, Deivid e seguro na defesa, com Edu Dracena e Luisão. O 3 a 1 sobre o Flamengo no jogo de volta foi construído com a autoridade que passa o grupo.
O Flamengo foi um dos primeiros e hoje é um dos maiores campeões da Copa do Brasil. O time carioca conquistou logo a segunda edição do torneio, em 1990.
Boa parte do chamado “espírito copeiro” do Grêmio vem da Copa do Brasil. O tricolor gaúcho é simplesmente pentacampeão do torneio, o segundo na lista dos maiores campeões.
A conquista do tetra, em 2001, foi um dos últimos atos da base formada por Mauro Galvão e Danrlei, que tinha ainda um jovem Tinga e os dois maiores vencedores da história da Copa do Brasil, Roger e Zinho. Foi, por outro lado, um dos primeiros atos do técnico Tite.
Em 1996, foram necessários os reforços e Palhinha e Marcelo Ramos, o herói do título, para bater o famoso Palmeiras de 1996, de Rivaldo, Djalminha e cia.
O trio estava presente, bom, no tri, com a excelente companhia de Arce e Mauro Galvão, na defesa, e Paulo Nunes, no ataque. O conjunto bateu o Flamengo de Romário e Sávio na final.
Comandada por Mano Menezes, a base formada por Fábio, Dedé, Egídio, Robinho e Thiago Neves alcançou o até hoje feito único na história da competição, a conquista de dois títulos em sequência, em 2017 e em 2018.