Quando criança, Charlie não conseguia discernir e não via nada de infame nos momentos em que era abusado. Agora, com 16 anos, ele consegue entender que foi vítima de abuso sexual. Por muito tempo, Charlie se culpou pela morte da tia. Hoje, ele se culpa por querer que ela morresse.
Se eu fosse marcar todas as frases cheias de significado de AS VANTAGENS DE SER INVISÍVEL, provavelmente marcaria o livro inteiro. Não pense que são frases feitas, pelo contrário, são passagens e mais passagens de descrições de pensamentos, de desejos, de sofrimentos, de sonhos, de alegrias, todas totalmente inseridas nas verdades de cada personagem, naquilo que eles vivem e no que eles fazem, e, principalmente, nos problemas que eles buscam resolver.
Charlie tem 15 anos de idade, entrou para o ensino médio, é tímido, retraído, e seu único amigo, Michael, morreu, cometeu suicídio no ano anterior. Por conta disso, Charlie precisou frequentar algumas sessões com o orientador educacional da escola, que sugeriu que Charlie escrevesse cartas para alguém como forma de terapia, contando como se sente, o que pensa, suas experiências, suas frustrações, ou qualquer outro assunto. Essas cartas são a narrativa de AS VANTAGENS DE SER INVISÍVEL, e o amigo que recebe as cartas, sou eu, é você.
Bela resenha, As vantagens de ser invisível é o meu livro preferido e a acho muito completa por abordar tantos temas que exigem nossa reflexão. Na minha primeira leitura eu ficava integrada e até com o ódio do Charlie não se posicionar em certas coisas, mas acho que o final explica muito o bem o porquê disso. Gostei da sua visão do porquê o Charlie se sentir verdadeiramente culpado pela morte da tia. E essa questão de solidão dele eu me identifico bastante. O filme tem um elenco de peso e como assisti dublado eu não gostei tanto, vou tentar assistir de novo e vejo se tiro uma outra experiência dele. Agora estou lendo o livro pela terceira vez e ainda sinto o mesmo carinho de antes e tô doida por essa nova edição dele
Tudo muda na vida de Charlie, quando ele conhece Patrick, um colega de escola que é muito extrovertido, mesmo isso lhe causando alguns problemas. E Sam, a meia-irmã de Patrick. Os irmãos irão tomar Charlie para eles e o conduzir em descobertas que, provavelmente, nunca faria sozinho. É na companhoa de Sam e Patrick, que Charlei experimenta sua primeira bebedeira, sua primeira maconha, mesmo que acidentalmente, sua primeira dança, seu primeiro show, seu primeiro beijo (em um dos trechos mais lindos e comoventes da história), seu primeiro namoro, seu primeiro sentimento de ser infinito.
Esta última leitura que fiz é devido ao relançamento de AS VANTAGENS DE SER INVISÍVEL pela Rocco, com nova capa e diagramação. Ficou bem linda e mantém as cores da primeira, aquela com os atores, que eu também tenho e da qual não me libero. Entretanto, esta edição é uma comemoração pelos 20 anos de lançamento do livro e traz um capítulo extra, onde Charlie envia mais uma carta a seu amigo. É bem comovente e um incentivo a todos os que enfrentam problemas para buscarem por ajuda. Muito bom!
Entretanto, acima de tudo, é um daqueles casos em que mais é menos. Trata-se de um adolescente simplório, que leva uma vida simplória, contados a partir de uma narrativa e expressões simplórias. Mas, essa simplicidade esconde uma história muito complexa, em que você precisa extrair as lições e pensamentos. Não se deixe enganar por essa modestidade, pois isso torna a história única, inesquecível. Infinita.
Ao mesmo tempo engraçado e atordoante, As vantagens de ser invisível reúne as cartas de Charlie, um adolescente de quem pouco se sabe – a não ser pelo que ele conta nessas correspondências -, que vive entre a apatia e o entusiasmo, tateando territórios inexplorados, encurralado entre o desejo de viver a própria vida e ao mesmo tempo fugir dela.
1 –INTRODUÇÃO Este documento contém proposições para a construção da Linha de Cuidado ao Trauma e os referenciais para a elaboração deste componente nos Planos de Ação da Rede de Atenção às Urgências e Emergências (RUE).
O livro é todo escrito em formato de cartas, que Charlie envia a um amigo desconhecido. Charlie é viciado em leitura e desenvolve uma amizade com o seu professor de inglês que o incentiva ao hábito, ajudando-o a desenvolver sua escrita. Aqui fica marcado um ponto sensacional do livro: Chbosky usa esse artifício também na forma como escreve o livro. Se no começo o texto parece meio solto e hesitante, no decorrer da história a escrita de Charlie vai melhorando, ele passa a organizar melhor as ideias e narrar de forma mais clara os acontecimentos.
Eu fico pensando que quando um filme é muito bom, provavelmente o livro vai ser perfeito, porque vamos combinar que geralmente os filmes não chegam nem perto de trazer todas as emoções que a leitura nos traz. Nunca li, mas já assisti e posso dizer que me emocionei, achei de uma profundidade muito tocante e reflexiva e por isso sempre fico animada ao ler uma resenha do livro.
Sam e Patrick, apesar de não serem politicamente corretos, são carismáticos e companheiros, o tipo de pessoa completamente diferente do protagonista e que, justamente por isso, cria uma ótima combinação. A entrada dos dois na vida de Charlie foi realmente um divisor de águas e o que movimentou a história.
Charlie é um adolescente dos anos noventa que sofre pelo suicídio do melhor e único amigo e a morte de sua tia quando era criança. Ao entrar no ensino médio ele decide que não pode mais viver isolado e tenta se aproximar dos outros meninos e meninas da sua idade. No entanto, Charlie é extremamente tímido e não sabe muito bem como se inserir em novos grupos.
No primeiro dia de aula o ensino médio, Charlie só tem um desejo: que aquilo acabe logo! E para atingir sua meta ele traça um plano: não ser notado pelos demais alunos da escola pelos próximos 1.385 dias.
Charlie não tem pais displicentes, nem a irmã e o irmão de Charlie, pelo contrário. Eles são presentes, se preocupam, nutrem amor por ele, mas, mesmo assim, nem sempre isso é suficiente para se descobrir quando alguém sofre abuso, ou possui traumas tão profundos, que são difíceis de vislumbrar.
Olá! Já faz um tempinho que eu li esse livro, mas ele é realmente muito lindo e acho que é quase impossível não se identificar com algum dos personagens e o filme mostra que as exceções existem, pois também é incrível (o que é bem raro). E essa nova edição está lindíssima, amei a capa e saber que teremos um conteúdo inédito, baita incentivo para ler outra vez!