Maria Quitéria foi a primeira mulher a entrar para as Forças Armadas e a primeira a defender o brasil em combate. Quando o processo de independência do Brasil começou, todos os homens com idade para lutar foram convocados. O pai de Maria Quitéria, que só tinha filhas, não gostou nem um pouco quando sua filha pediu para se juntar ao regimento do Príncipe-Regente.
Índia do povo Yawnawá, Raimunda foi educada com sua irmã Kátia na cultura indígena e na dos brancos. As duas foram as primeiras mulheres da sua tribo a se oferecerem para o treinamento para se tornarem pajés. O treinamento consistia em ficar um ano isoladas na mata comendo alimentos crus e sem beber água; ela podiam beber apenas um líquido à base de milho. As duas se tornaram embaixadoras da cultura Yawnawá.
Nosso Brasil não tem só os melhores jogadores de futebol, mas as melhores jogadoras também. Eleita a melhor jogadora do mundo por 5 anos consecutivos (2006 a 2010), Marta foi pioneira em conquistar esse título. Nem mesmo Pelé ou Ronaldo alcançaram essa marca. Marta também é a maior artilheira da Seleção Brasileira (masculina e feminina) e a maior artilheira da Copa do Mundo de Futebol Feminino.
Desde muito nova, Chiquinha frequentou aulas de música e, aos 11 anos, escrevia composições. Casou-se aos 16 anos com um oficial da Marinha Mercante, escolhido pelos pais, e engravidou. Alguns anos depois de casada, não suportou o casamento e se separou do marido, que a impedia de viver o seu sonho com a música. Sofreu muito preconceito na época por desafiar os padrões vigentes. A separação foi um escândalo para a época. Chiquinha teve três filhos desta união, mas foi impedida de ficar com todos após a separação.
Maria Quitéria de Jesus foi uma militar que se tornou heroína da Guerra da Independência. Nascida no dia 27 de julho de 1792, em Feira de Santana (BA), ela estava noiva quando, entre 1821 e 1822, começaram as movimentações na Bahia contra o domínio de Portugal. Foi quando pediu ao seu pai autorização para se alistar no "Exército Libertador".
Foi provavelmente a primeira mulher no país a publicar textos em jornais, na época em que a imprensa nacional ainda engatinhava. Nísia também dirigiu um colégio para moças no Rio de Janeiro e escreveu livros em defesa dos direitos das mulheres, dos índios e dos escravos.
Assim que conheceu Giuseppe, Anita se apaixonou e decidiu lutar pela independência da província do Rio Grande do Sul. Enquanto estiveram juntos, tiveram quatro filhos. Um deles morreu aos dois anos. Anita seguiu seu marido nos combates em Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Uruguai e Itália, onde presenciou a proclamação da República Romana, em 1849, mesmo ano da sua morte, no dia 4 de agosto de 1849, em Mandriole, na Itália.
Leia Diniz foi inspiração para o amor livre e para a emancipação feminina em plena ditadura militar. Aos 20 e poucos anos, Leila se tornou uma das maiores musas da televisão brasileira e costumava falar de sexo abertamente, um tabu muito grande para mulheres da época.
Em 1928, dá início aos estudos na Faculdade de Direito para entender a posição da mulher na legislação brasileira. Ela votou pelo voto feminino e foi eleita suplente de deputada em 1935.
Intelectual que lutava pela igualdade de direitos para as mulheres, Rose foi reconhecida em 2005 pelo governo federal como Patrona do Feminismo Brasileiro. Morreu em 21 de junho de 2014, no Rio, aos 83 anos, em decorrência de um câncer na medula óssea, doença que a acometia há dez anos.
A busca das mulheres pela equiparação dos seus direitos perante a sociedade não é assunto recente. Ao longo da história, várias mulheres, seja por suas ideias ou suas atitudes, se opuseram às restrições impostas à mulher, quebrando paradigmas e influenciando a mudança do pensamento das pessoas de seu tempo e também das que viriam depois. No Brasil não foi diferente.
Tereza de Benguela foi líder do Quilombo do Quariterê, no Mato Grosso. Lá, ela era conhecida como “Rainha Tereza”, atuando como estrategista militar e dirigente política. De acordo com documentos da época, ela estabeleceu em seu quilombo uma forma de governar que funcionava de forma semelhante a um parlamento, com deputados, um conselheiro, reuniões e uma sede.
Autoras de livros que retratavam de forma contundente a condição da mulher na sociedade da época, como A Sexualidade da Mulher Brasileira, Rose foi uma das pioneiras do feminismo no país nas décadas de 60 e 70 e importante agente da disseminação de conteúdos estrangeiros sobre o tema, traduzindo e editando inúmeras publicações – ela escreveu mais de 40 livros e atuou como editora em 1600 títulos, quando foi diretora da Editora Vozes.
Foi convivendo com os estudantes na pensão de sua mãe que Antonieta se alfabetizou. Em 1922, fundou um curso voltado para a educação da população carente. Antonieta também trabalhou como jornalista. Em 1934, na primeira vez em que as mulheres brasileiras puderam votar e se candidatar, filiou-se ao Partido Liberal Catarinense, elegendo-se deputada estadual. Mas Antonieta nunca deixou de exercer o magistério. Ela dirigiu a escola que levava seu nome até morrer, em 1952.
A médica psiquiatra Nise da Silveira revolucionou seu campo de trabalho no Brasil. Discípula de Carl Jung, ela dedicou sua vida ao trabalho com doentes mentais, manifestando-se radicalmente contra tratamentos que julgava agressivos em sua época, como o confinamento em hospitais psiquiátricos, eletrochoque e lobotomia.
A mulher que muitos já ouviram o nome, mas nem todos sabem a história por trás. Maria da penha escapou de duas tentativas de assassinato e lutou com unhas e dentes durante terríveis 20 anos para ver seu agressor e o Estado punidos. Graças à sua luta, hoje a Lei Maria da Penha vigora e protege, especialmente, mulheres que sofrerem qualquer tipo de abuso ou de violência, principalmente por parte de seus parceiros. Hoje, Maria coordena uma ONG que auxilia vítimas e trabalha no combate ao problema.
Formada em medicina, Zilda Arns se especializou em pediatria e também era sanitarista. Zilda teve 5 filhos e ficou viúva em 1978, dedicando o resto de sua vida aos necessitados através da fundação da Pastoral da Criança e da Pastoral da Pessoa Idosa, ambas ligadas à Igreja Católica.
Um dos maiores símbolos da luta antimanicomial, Nise foi uma das primeiras psiquiatras a receitar a aplicação da terapia ocupacional, ajudando a mudar os rumos dos tratamentos psiquiátricos no Brasil. Ela ainda foi pioneira ao enxergar o valor terapêutico da interação de pacientes com animais. A médica morreu em 1999, no Rio de Janeiro.
Beatificada em 2011, Maria Rita de Sousa Brito Lopes, mais conhecida como Irmã Dulce, dedicou toda a sua vida a ajudar pessoas necessitadas e é um dos símbolo de ativismo humanitário mais importantes do século 20. Desde pequena queria ajudar quem precisava. Aos 13 anos transformou a casa dos pais em um centro de atendimento aos necessitados, pobre e doentes. Ficou conhecida como “o anjo bom da Bahia” e foi indicada ao Prêmio Nobel da Paz em 1988.
Chica era quase “dona” de Diamantina, tornando-se rica e poderosa. Tinha propriedades e morreu com mais de 60 anos. Foi enterrada em uma igreja, o que até então era um privilégio de brancos de elite.
Em 2 de julho de 1823, quando o Exército Libertador entrou em triunfo em Salvador, Maria Quitéria foi saudada e homenageada pela população. No dia 20 de agosto, foi recebida no Rio de Janeiro pelo imperador, que a condecorou com a Imperial Ordem do Cruzeiro, no grau de cavaleiro. Mais tarde, Maria Quitéria foi perdoada pelo pai e se casou com um antigo namorado. A "Joana d'Arc brasileira" morreu aos 61 anos, quase cega e no anonimato, em Salvador.
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