A Teoria Malthusiana ou malthusianismo é uma ideia sobre demografia que defende que a população cresce mais rápido do que a produção de alimentos.
Outra crítica à teoria de Malthus é que ele falhou em reconhecer os fatores sociais, econômicos e políticos que influenciam a distribuição de recursos e a desigualdade. Malthus enfatizou o crescimento populacional como a principal causa da pobreza e da escassez, negligenciando questões como a má distribuição de terras, a concentração de riqueza, a desigualdade de acesso a oportunidades econômicas e o impacto de sistemas políticos injustos. Esses fatores desempenham um papel crucial na determinação da distribuição de recursos e na existência de pobreza, independentemente do tamanho da população.
O estudo revela que o Brasil vai enfrentar um recuo de 165 milhões no total de habitantes até 2100. Ainda segundo a publicação científica, a Índia e a Nigéria vão superar a China em termos de população.
Criada em plena Revolução Industrial, a teoria de Malthus foi utilizada por governantes, os auxiliando a pensar sobre as consequências do crescimento desordenado da população.
Já o binóculo ajuda a entender como as decisões do passado afetam a paisagem contemporânea. Dados e teorias demográficas podem ser a olho nu algo distante, difícil e até mesmo desinteressante.
O trabalho mais conhecido de Malthus, "Ensaio sobre o Princípio da População", foi publicado pela primeira vez em 1798. Nessa obra, Malthus apresentou uma teoria preocupante sobre o crescimento populacional e suas implicações na disponibilidade de alimentos e recursos. Ele argumentava que a população tende a crescer em uma progressão geométrica, enquanto os recursos disponíveis para sustentá-la aumentam apenas em uma progressão aritmética. Isso levava a um desequilíbrio inevitável entre a população e a capacidade de sustentação, resultando em fome, pobreza e miséria.
Alguns, como Rousseau, defendiam que isto somente poderia ser conquistado com a abolição da propriedade privada. Outros, como Voltaire, sustentavam que o estudo da ciência e o fortalecimento das instituições do Estado eram o caminho para uma vida plena.
Segundo a Teoria Malthusiana, o crescimento da população se daria em progressão geométrica (2, 4, 8, 16, 32…), enquanto que a produção dos alimentos seguiria o modelo de progressão aritmética (2, 4, 6, 8, 10…).
É bom lembrar que Malthus vivia em plena revolução industrial, quando o mundo estava evoluindo muito rapidamente em termos industriais, e as pessoas acreditavam que a industrialização levaria a um crescimento sem limites de recursos. O economista, no entanto, era pessimista em relação aos limites da natureza.
Malthus alertou para a possibilidade de catástrofes naturais, guerras e doenças como mecanismos que limitariam o crescimento populacional e aliviariam a pressão sobre os recursos. No entanto, ele argumentou que esses eventos seriam apenas soluções temporárias, pois a população acabaria se recuperando e voltando a crescer rapidamente.
Aos 31 anos, Malthus foi ordenado padre da Igreja Anglicana e tornou-se pastor, mas em paralelo realizava os estudos que deram origem ao seu primeiro livro, Ensaio Sobre o Princípio da População (1798), que continha as suas ideias primárias sobre o crescimento desregulado da população. Para alguns estudiosos, esta obra foi a inauguração da demografia, matéria que investiga as populações humanas.
No entanto, toda essa complexidade nos ajuda a compreender a sociedade e seus aspectos nada fáceis de entender. Os estudos para desvendar os dilemas da modernidade devem levar em consideração todas as áreas de conhecimento.
Uma das principais críticas que se faz a Malthus era que ele não contou com o progresso científico na agro-pecuária. Este fez que a produção de suprimentos fosse suficiente ou maior do que o crescimento populacional e possibilitasse que todos pudessem ser alimentados.
Outra crítica à teoria de Malthus é que ele subestimou a importância da educação, especialmente a educação das mulheres, no controle populacional. Estudos têm mostrado que taxas mais altas de educação estão correlacionadas com taxas mais baixas de crescimento populacional, pois as pessoas têm maior acesso a informações sobre planejamento familiar, contracepção e saúde reprodutiva. A educação também pode proporcionar às mulheres mais oportunidades de participação econômica, diminuindo a dependência exclusiva da reprodução como forma de sustento.
Malthus baseia sua teoria em duas premissas fundamentais. Primeiro, ele postula que a população tem uma tendência intrínseca de se multiplicar rapidamente, impulsionada pelo desejo humano de procriar e pelo aumento da expectativa de vida. Segundo, ele argumenta que os recursos naturais, especialmente a produção de alimentos, são limitados e incapazes de acompanhar o ritmo acelerado do crescimento populacional. Essa disparidade inevitavelmente levaria a pressões sobre os recursos e a uma competição por sua posse.
Com base nessas premissas, Malthus chegou à conclusão de que o crescimento populacional desenfreado inevitavelmente levaria a um desequilíbrio entre a população e os recursos disponíveis. Ele previu que, em algum ponto, a demanda por alimentos excederia a oferta, resultando em escassez, fome e miséria.