Peruano, membro do Sodalício de Vida Cristã. No Brasil, desenvolveu diversos projetos de evangelização da cultura, como o Concurso Literário Histórias de Natal e a Exposição Fotográfica Vida em Movimento. Doutor em Filosofia, por muitos anos foi professor. Atualmente reside em Roma, onde é responsável de uma das comunidades do Sodalício na Itália e faz parte da equipe de formação. Lançou um curso on-line de filosofia cristã, que é oferecido pelo Centro de Estudos Católicos na sua plataforma digital.
Gonçalo por sua vez entendeu o recado e iniciou na ordem dos Dominicanos, onde algum tempo depois, foi admitido aos votos solenes. Assim, recebeu de um confrade dominicano, uma licença da sua vida no convento, fato esse que permitiu que ele em seus últimos anos de vida, voltasse a viver como um ermitão, na região do Tâmega.
Hoje (10) é o dia de São Gonçalo de Amarante, o santo padroeiro do município que leva o seu nome. A data se tornou feriado municipal, mas pouca gente sabe realmente a origem do santo violeiro, também conhecido por ser casamenteiro e protetor das prostitutas.
CARVALHO JÚNIOR, Dagoberto. São Gonçalo de Amarante, o santo que não foi e é. Revista de Portugal – Amigos do Solar Conde de Resente, nº 14, p. 33-46. Vila Nova de Gaia (Portugal), ASCR, 2017.
Durante sua vida de eremita em Amarante, São Gonçalo pediu em oração uma luz a Nossa Senhora, sobre qual seria o caminho certo no qual ele deveria percorrer, rumo a sua santidade. Nossa Senhora então, respondeu que deveria iniciar em um ordem na qual iniciava o ofício com a saudação do anjo, que era a oração da Ave-Maria.
Em Amarante, S. Gonçalo é celebrado duas vezes por ano. A primeira a 10 de janeiro, quando se evoca a sua morte; e a segunda no primeiro fim de semana de junho, quando a cidade se enche de romeiros movidos pela crença e pela folia, numa mistura única de religioso e profano.
Fonte: O São Gonçalo
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Assim, todos os sábados, Gonçalo usava trajes femininos e pregos dentro do sapato, como forma de penitência. E assim, tocava viola durante toda a noite, para que as moças dançassem e se convertessem. Uma vez que ficassem cansadas de tanto dançar aos sábados, elas não se prostituiriam aos domingos.
A ligação de violas às Danças de Gonçalo é importante, pode e deve ser respeitada, preservada e defendida como um tesouro cultural – mas não é necessário inventar nada: as verdadeiras histórias ajudam, inclusive, a ensinar fatos históricos à população e até, quem sabe, a aumentar o interesse por verdades comprováveis, para que nos acostumemos a não a viver com menos nem sermos enganados.
Não vamos enunciar aqui a que conclusões chegou, na sua investigação, o Padre Arlindo Magalhães (a Paróquia de S. Gonçalo tem à venda um livrinho que talvez o ajude a encontrar a resposta), mas, antes de mais, deixe-nos explicar as aspas que pusemos na palavra santo. É que, em boa verdade, à luz do Direito Canónico, Gonçalo não é santo. Os seus (três) processos de beatificação – que o reconheceram como homem virtuoso, bem-aventurado… – foram concluídos, mas a Igreja Católica não avançou para a canonização (santificação) por… Pois, não se sabe, ainda que, nestes casos, a explicação comum seja a ausência de provas de milagres realizados.
Ou seja, como diria a voz popular, “se não existiu, ainda bem que existe”. Porque, na verdade, ninguém questiona o culto que lhe é feito e que, sem ter uma dimensão universal, é realidade em várias cidades portuguesas e também no Brasil (14, ao todo), onde, em alguns casos, como no Ceará, é tido como violeiro por, diz-se, ter espalhado a fé “cantando e tocando a guitarra portuguesa” (sabemos bem como os brasileiros são dados à efabulação…). No Estado do Rio Grande do Norte, ao lado de Natal, existe uma cidade que se chama “S. Gonçalo do Amarante” e o Estado do Rio de Janeiro também tem um município com o seu nome. No Estado do Rio Grande do Sul corre um rio chamado S. Gonçalo.
Não se sabe ao certo a real data do seu falecimento. No entanto, sabe-se que foi entre os anos de 1259 a 1262, na região de Amarante, onde ele fez a diferença na vida de muitas pessoas, e deixou seu nome marcado na história.
Todo janeiro lendas costumam ser relembradas sobre um “santo” padroeiro dos violeiros (que tocaria viola para as prostitutas dançarem e não irem para trabalhar), além de casamenteiro, protetor dos viajantes, dos construtores de pontes e outras atribuições fantásticas. Em Portugal, grande festa em 10 de janeiro principalmente na região de Amarante, onde Gonçalo teria falecido; no Brasil, vários festejos com as Danças de São Gonçalo. Trovinhas antigas são recantadas, ganham-se curtidas nas redes, etc…
Existem muitos relatos de milagres que rondam as histórias de São Gonçalo. Um deles está justamente relacionamento a sua morte. Há quem diga que foi revelado a ele o dia de sua morte, fato esse que teria permitido que São Gonçalo se preparasse para isso, por meio do recebimento dos Sacramentos.
A ligação com as violas e a curiosa constatação de que Gonçalo do Amarante na verdade nunca foi canonizado pela Igreja Católica – sendo, portanto, apenas beato e só a partir do século XVII – nos levou a pesquisar mais a respeito, num exercício da metodologia que desenvolvemos, citada no livro “A Chave do Baú” – no caso, cruzando dados históricos sobre “São Gonçalo” com os do nosso maior foco, o nome “viola”.
O sobrinho utilizou até mesmo falsos documentos para convencer os demais. Essas mentiras não chegaram até os ouvidos de Gonçalo durante sua viagem, e por isso, ele seguiu sua viagem pregando o Evangelho.
Vendedor de biscoitos de polvilho faz sucesso nas ruas de São Gonçalo
O município de São Gonçalo, no Estado do Rio de Janeiro, tem investido na mudança socioeconômica da região e por isso é hoje uma das principais cidades do Estado.
31/03 – quarta-feira – feriado municipal. 01/04 – quinta-feira – feriado municipal. 02/04 – Sexta-Feira Santa 2021 (Paixão de Cristo) – feriado nacional.
O Dia de São Benedito é comemorado anualmente em 5 de outubro no Brasil. Esta data é celebrada por toda a comunidade católica, como uma homenagem e devoção ao santo considerado o padroeiro dos afro-descendentes, cozinheiros e donas de casa: São Benedito.