Faz parte da primeira fase do romantismo brasileiro, que ficou conhecido como Indianismo, em que aspectos históricos, nacionalistas e indígenas são exaltados.
A triste esposa e mãe soabriu os olhos, ouvindo a voz amada. Com esforço grande, pôde erguer o filho nos braços e apresentá-lo ao pai, que o olhava extático em seu amor.
“Diante dela e todo a contemplá-la está um guerreiro estranho, se é guerreiro e não algum mau espírito da floresta. Tem nas faces o branco das areias que bordam o mar; nos olhos o azul triste das águas profundas. Ignotas armas e tecidos ignotos cobrem-lhe o corpo.”
Mais rápida que a corça selvagem, a morena virgem corria o sertão e as matas do Ipu, onde campeava sua guerreira tribo, da grande nação tabajara. O pé grácil e nu, mal roçando, alisava apenas a verde pelúcia que vestia a terra com as primeiras águas.”
Resumo do livro Senhora de José de Alencar.
A flecha acerta Martim, um colonizador português. Quando, porém, Iracema percebe que ele não tinha más intenções, ela quebra a flecha e lhe dá a metade como sinal de paz.
Intelectual preocupado com a política do país, José de Alencar encontrou na composição do romance uma maneira de contribuir para o estabelecimento de um mito de origem. Mito esse bastante idealizado, que exclui a dominação, extermínio e escravização dos povos originários.
Iracema é uma jovem índia tabajara (tribo que ficava onde hoje é o Ceará) que está tomando seu banho quando ouve alguém se aproximando. Imediatamente ela pega seu arco e flecha e já se vira atirando no homem que vê.
Assim, voltou a escrever, publicando seu primeiro romance em 1856, intitulado de “Cinco Minutos”. Já em 1956 iniciou a publicação de “O Guarani” em folhetins, o que o tornou conhecido pelos leitores.
Quando o romance Iracema foi publicado, José de Alencar recebeu várias críticas, pois já na época o livro foi considerado difícil de se ler. O próprio autor, ciente de que usava muitas palavras desconhecidas, escreveu muitas notas de rodapé para ajudar seus leitores.
Nascido em 1829 no Ceará, José Martiniano de Alencar foi dramaturgo, jornalista, romancista, crítico e político. Filho do presidente da província do Ceará, Alencar se mudou para o Rio de Janeiro ainda criança e também passou parte de sua vida em São Paulo, lugar onde cursou a Faculdade de Direito e publicou seus primeiros textos.
Contudo, em 1854, passou a escrever pequenas crônicas no jornal Correio Mercantil e se tornou editor-chefe no jornal Diário do Rio, carreira que abandonou devido a sua inserção na política. Alencar atuou por quatro legislaturas seguidas como deputado do Ceará pelo Partido Conservador, porém não conseguiu ser senador.
Gostou do resumo do livro Iracema? Continue a leitura agora para conhecer os detalhes técnicos da obra, pois como se trata de um resumo pequeno, é preciso ler mais sobre a obra para se aprofundar.
José de Alencar foi um dos maiores representantes do romantismo brasileiro, ligado ao nacionalismo e ao indianismo, pois se preocupava com a consolidação da cultura do país. Escreveu diversos romances e ainda produziu peças para o teatro, abordando a política e a diplomacia.
A obra Iracema faz parte do Romantismo, movimento literário que teve origem na Alemanha, no século XIX, e espalhou-se pelo mundo. No Brasil, o movimento iniciou em 1836, com a obra “Suspiros poéticos e saudades” de Gonçalves de Magalhães.
Martin passa a viver com eles, porém Irapuã, um guerreiro tabajara que gosta de Iracema, vai percebendo um certo interesse entre ela e Martim e começa a querer matá-lo por ciúme. Irapuã o jura de morte e pensa em beber seu sangue, para que Iracema passe a gostar dele.
Já aos cuidados dos tabajaras, Martim aprende a língua nativa e se torna amigo de Poti, considerado o rei da tribo. Assim, vai surgindo um amor entre Iracema e o branco guerreiro, porém ambos sabem que o relacionamento entre eles é proibido por uma série de questões, como as diferenças culturais e a luta entre os índios e colonizadores europeus.
Entre perseguições Martim e Iracema fogem , não sem deixar um rastro de sangue. Pois na fuga, Irapuã os alcança e há uma batalha. Martim estava acompanhado de seu amigo Poti da tribo Pitiguara. Não só ele, mas outros índios daquela tribo chegam para guerrear.
A paixão de Martim por Iracema leva-o a escolher ficar com ela, estabilizando uma cabana para os três em uma tribo amiga. Lá vivem bem e felizes, até Iracema engravidar. Uma guerra da tribo de Martim leva-o junto para longe, levando Poti consigo.
Martim, por sua vez, representa o guerreiro colonizador e conquistador. Seu nome é associado a Marte, o deus greco-romano da guerra. A união entre os dois representa a lenda da criação do Ceará, pois Iracema foi enterrada à sombra de um coqueiro em que a jandaia, sua ave de estimação, cantava em lamento à sua morte.
Tanto que as figuras de linguagem mais presentes neste livro são a símile (comparação) e a metáfora. Outra característica típica do romantismo presente neste livro é o amor trágico.
Iracema é considerado por muitos “um poema em prosa” e narra a história de uma índia tabajara que se apaixona por um colonizador europeu. ... Essa harmonia intocável de Iracema é quebrada com a chegada de Martim, colonizador português que se perde na mata durante uma caçada com Poti, seu amigo da tribo pitiguara.
Iracema apresenta uma espécie de conciliação entre o branco e o índio, na medida em que romantiza a dominação de um povo pelo outro. Desta forma insere nos códigos artísticos do Romantismo europeu a temática do processo de colonização do país. Com a obra se inaugura o mito heróico da pátria, de natureza indianista.
Resposta: Narra a história de um amor improvável entre uma índia e um colonizador português, no início do processo de colonização efetiva da costa brasileiro, no século XVII. Desse amor nasceria o primeiro mestiço, símbolo de uma nova raça que seria o povo brasileiro. Iracema é uma índia da nação Tabajara.
Assim podemos dizer que Alencar consolidou em Iracema a imagem do índio como objeto estético e símbolo do nacional, embora no transcorrer da trama se perceba pontos problemáticos, a exemplo do personagem central da obra, Martim, ser um europeu e, Iracema abandonar seu povo para segui-lo, culminando assim para a visão ...
É filha do pajé Araquém, nasceu e se criou nos campos dos Tabajaras. Fisicamente Iracema é descrita como "a virgem dos lábios de mel, que tinha os cabelos mais negros que a asa da graúna, e mais longos que seu talhe de palmeira". O nome Iracema é um anagrama de América.
A história de amor de Iracema e Martim Soares Moreno, contada em terceira pessoa, conduz à narrativa, que se passa nas matas do Ceará no século XVII. ... O próprio nome “Iracema” é um anagrama de América, levando-nos a crer que o romance mantém um diálogo com o contato entre os indígenas e o homem branco.
Resposta. o Livro Iracema-A Lenda do Ceará tem um desfecho bem simples,ela morre, seu filho fica para dar continuidade e povoar o Ceará.
Morre pq foi abandonada grávida pelo marido Martin que não se preocupou em cuidar da mulher que ficou doente sem chance de poder caçar ou pescar pra se alimentar. Ela foi morrendo aos poucos e de inanição, uma crueldade feita pelo português, marido dela.
Resposta. Resposta: Iracema não podia se entregar a Martim por ser por ser portadora do segredo da jurema, que a obrigava a manter-se virgem.
A história ocorre no presente. A história se passa por volta de 1865, época quando o livro foi lançado. A história é narrada no presente. Os fatos da história ocorrem na floresta, nas aldeias indígenas, o lugar é hoje o Ceará.
b) A estabilidade inicial é quebrada pela chegada do guerreiro branco, que representa o colonizador. Isso acontece nos parágrafos 8 e 9.
Resposta. Resposta: Os fatos da história ocorrem na floresta, nas aldeias indígenas, o lugar é hoje o Ceará.
Resposta: Alencar (1865). Iracema foi o inicio do marco histórico da idealização da figura feminina na literatura brasileira, a mesma representava a cultura indígena e a submissão da mulher ao homem, exercendo papel de esposa e mãe.
“Iracema” de José de Alencar é uma das obras de mais destaque da literatura brasileira. Consolidou o Romantismo como escola literária. Foi criada para contar a história do povo, em forma de poesia num texto em prosa, com todas as figuras de linguagem que o autor necessitou.
Iracema (originalmente: Iracema - Lenda do Ceará) é um romance brasileiro publicado em 1865 e escrito por José de Alencar, fazendo parte da trilogia indianista do autor. Os outros dois romances pertencentes à trilogia são O Guarani e Ubirajara.