Quem Foi Constantino Para A Igreja Catlica?

Quem foi Constantino para a Igreja Catlica

Constantino I foi um Imperador Romano que governou a partir do ano de 306 até a data da sua morte. Ele foi um líder muito importante que se destacou durante o período em que comandou Roma por possuir medidas diferentes daqueles que já haviam governado anteriormente. O papel de Constantino também foi muito importante para a Igreja Católica, já que ele estabeleceu medidas que tornou a religião legal dentro de Roma, o que fez ter novos adeptos e crescer dentro desse Império.

Desde então, aquela cruz, encimada pelo monograma de Cristo rodeado por uma coroa de louros, tornou-se o lábaro, o símbolo do Império Romano Cristão. Maxêncio morreu afogado no Tibre no decurso da batalha e a sua cabeça, cortada e pregada numa lança, abriu a procissão triunfal com que Constantino fez a sua entrada em Roma. Depois de anos de luta, tornara-se o augusto indiscutível do sector ocidental do império. Do oriental era Licínio, com quem estabelecera uma aliança. Um ano depois, Licínio derrotou na batalha de Tzirallum o último dos pretendentes ao trono sobreviventes, Maximiano Daia. A guerra civil acabara com a divisão do império em duas metades e dois claros vencedores, que, num primeiro momento, decidiram manter a sua aliança e, inclusive, selá-la através do casamento de Licínio com a irmã de Constantino, Flavia Júlia Constância.

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Constantino também restringiu alguns cultos pagãos que fugiam das diretrizes católicas, além disso, os cristãos passaram a serem reconhecidos como o restante da população, podendo ter funções dentro da sociedade que antes não lhes eram permitido. Logo, o Império Romano teve suas leis refeitas e cristianizadas, e o mesmo ocorreu com as diretrizes católicas, que passaram a seguir o que o Império desejava.

A Igreja Católica passava por apuros em Roma, já que até então as perseguições aos católicos eram oficiais e generalizadas, sendo impossível professar a sua fé no local. Para criar a liberdade religiosa ele estabeleceu a lei que ficou conhecida como Edito de Milão, com isso, às perseguições aos católicos quase se findaram no Império Romano.

Suas medidas foram benéficas para a população, dando mais liberdade para os seus desejos. Além disso, os cristãos que haviam passado por perseguições e que tinham tido seus bens confiscados, conseguiram resgatar suas posses. Os sacerdotes cristãos passaram a ter o mesmo status que os pagãos, assim como os bispos da igreja, que estavam no mesmo nível dos magistrados e autoridades do Império, sendo também dispensados de pagarem impostos e outros encargos.

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Constantino, o primeiro imperador baptizado, deu liberdade de culto e legalizou a situação dos cristãos, mudando decisivamente a história de Roma. Um ano após a batalha da Ponte Mílvio (312), na qual, segundo a tradição cristã, a intervenção de Deus concedeu a vitória a Constantino, este e o seu companheiro no Oriente, Licínio, promulgaram o Edito de Milão. A religião cristã deixava, assim, de ser perseguida, o que se traduziu numa rápida expansão que afectou todas as camadas da sociedade romana. O império começou a tornar-se cristão, embora não sem conflitos, tanto entre os adeptos dessa religião e os que se apegavam aos cultos pagãos, como entre as diferentes correntes cristãs, que se confrontavam em questões doutrinárias. Constantino contribuiu para essa expansão, concedendo privilégios à Igreja, construindo templos e convocando o Concílio de Niceia, a primeira tentativa de estabelecer uma doutrina unificada. Tudo isto levou os historiadores desta confissão, como Eusébio de Cesareia e Lactâncio, a considerarem-no o primeiro imperador cristão, apesar de Constantino apenas ter sido baptizado no final da vida. A Igreja ortodoxa considera-o o “décimo terceiro apóstolo” e canonizou-o. Na imagem, Constantino é baptizado pelo papa Silvestre (Oratório de São Silvestre, Roma).

Apesar do encontro de Milão, a diarquia constituída por Constantino e Licínio não era sólida. No entanto, e depois de algumas batalhas que não foram decisivas para nenhum dos lados, ambos os imperadores tentaram novamente aproximar as suas posições, cientes de que nenhum deles teria força suficiente para se impor ao outro. O resultado das suas conversações foi a Paz de Sérdica (actual Sófia, Bulgária), assinada em 317 e respeitada até 324, quando novamente se avivaram as hostilidades. Constantino derrotou então o seu rival nas batalhas de Adrianópolis e Crisópolis, e, embora Licínio tenha, num primeiro momento, conseguido fugir, acabou por ser preso na Nicomédia e exilado para Salónica. Um ano depois, e perante o receio de que conseguisse reunir os seus apoiantes para regressar à luta, foi executado por ordem de Constantino.

A condição da família mudou radicalmente quando, em 293, cinco anos depois de ter sido nomeado prefeito do pretório da Gália pelo augusto Maximiano, Constâncio foi promovido a césar com a aprovação de Diocleciano. A Gália e a Bretanha foram o sector que lhe tocou administrar na distribuição de poderes que deu origem à tetrarquia. Constantino não acompanhou o pai neste novo destino. Diocleciano mandou-o chamar à sua capital no Oriente, Nicomédia, em cuja corte o jovem recebeu uma educação cuidada, de acordo com a sua nova condição de filho de um césar. Apesar desta mudança de rumo, não descuidou a formação militar. Como parte da sua instrução neste campo, em 297, acompanhou Diocleciano na sua campanha contra um usurpador, Domício Domiciano, que se proclamara augusto no Egipto. Em 305, com o fim da primeira tetrarquia, Constantino viu com decepção como o pai, elevado à condição de augusto do Ocidente, tinha de aceitar como césar uma pessoa da mais alta confiança de Galério, o sucessor de Diocleciano como augusto do Oriente e, como tal, autoridade máxima do império. Essa pessoa era Flávio Valério Severo. Constantino, além disso, não podia regressar com o seu pai, mas sim seguir Galério para a Nicomédia. A razão apresentada foi que o augusto não queria perder um oficial tão promissor como Constantino, se bem que toda a gente sabia qual era a verdadeira razão: Galério pretendia ter um refém que lhe garantisse a lealdade de Constâncio. Mas o jovem conseguiu fugir e chegar à Bretanha, onde teve ainda a oportunidade de acompanhar o pai na sua campanha contra os pictos e de lhe fechar os olhos no momento da sua morte em Iorque, no dia 25 de Julho de 306. Imediatamente depois, as tropas proclamaram-no augusto.

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Da mesma forma, o imperador Constantino reformou o sistema monetário e reorganizou o exército com o objectivo de o tornar mais operacional perante as incursões dos povos bárbaros. Todas estas mudanças trouxeram uma nova estabilidade ao império.

O imperador empreendeu também uma ambiciosa reforma da administração, através da qual o império ficou dividido em quatro sectores que correspondiam aos dos tempos da tetrarquia instaurada por Diocleciano.

Os vinte anos de reinado de Diocleciano significaram para Roma um período de estabilidade e paz praticamente desconhecida no conturbado século III. Parecia, inclusive, que o imperador, com a instauração da “tetrarquia” ou governo dos quatro (dois augustos e dois césares), encontrara um sistema que evitaria o regresso à anarquia militar da qual ele próprio se aproveitara para alcançar o trono. Mas não foi assim: a renúncia do imperador ao trono, em 305, mergulhou Roma numa nova guerra civil. E tudo porque o novo augusto do Oriente já não era Diocleciano, mas sim Galério, e porque Constantino e Maxêncio, os respectivos filhos do também augusto Constâncio Cloro e do augusto que abdicara, Maximiano, viram frustradas as suas expectativas de se tornarem césares.

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Constantino, que seguramente nunca terá compreendido estas discussões, tentou levar os representantes dos diferentes grupos a  chegarem a um consenso mínimo. Para isso, convocou e presidiu o Concílio de Niceia, que, em  23  de Maio de 325, reuniu, naquela cidade da Ásia Menor, mais de duzentos bispos, sobretudo da parte oriental do império. Fruto das suas deliberações foi a condenação do arianismo como heresia e a aprovação de um credo que consensualizava uma primeira definição dos dogmas cristãos, incluindo o trinitário.

Para subir ao poder ele teve que derrotar outros dois imperadores, Licínio e Magêncio. Durante o seu governo ele batalhou contra diversos povos, como os alamanos, francas e sármatas. Era um líder que via resultados positivos para seu Império a partir da guerra, como era comum naquela época.

História de Constantino I

A devoção de Constantino pela sua mãe Helena. Constantino adorava a sua mãe Helena, de quem o pai, Constâncio Cloro se separara em 293 para contrair novo matrimónio com Teodora, a enteada de Maximiano, e assim fortalecer a sua posição como imperador.

Este camafeu mostra parte da família do imperador, que aparece em segundo plano a contar da esquerda 2. Quando foi proclamado pelas suas tropas, Constantino mandou chamar a mãe, Helena 1, à corte. Paralelamente, esforçou-se para que a propaganda imperial insistisse na legitimidade do casamento entre Constâncio Cloro e Helena. Para o imperador não se tratava apenas de silenciar os rumores de que a mãe não fora mais do que uma concubina, de baixo estatuto social, mas também para consolidar a sua própria situação no trono perante os seus meios-irmãos, os filhos de Constâncio e Teodora. Seja como for, Helena regressou à vida pública e, segundo a tradição cristã, foi decisiva na conversão ao cristianismo do filho e do império. A sua influência, em todo o caso, foi maior do que a das esposas de Constantino. De Minervina pouco se sabe, embora lhe tenha dado o seu primeiro filho, Crispo 5. Em contrapartida, da segunda, Fausta 4, sabe-se que Constantino se casou com ela em 307 para garantir o apoio do seu pai Maximiano na luta pela coroa, e com a qual teve o seu filho Constant no II 3, que também seria imperador romano. Constantino mandou matá-la em 326.

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A longa crise do século III d.C. implicou a transferência do centro de gravidade do império de um Ocidente empobrecido para um Oriente próspero. Era urgente construir uma nova capital que soubesse capitalizar o impulso económico dessa zona e a partir da qual respondesse também com prontidão aos desafios representados pelos conflitos fronteiriços do Danúbio e da Ásia.

A mudança mais importante foi o novo papel que o cristianismo adquiriu. Embora Constantino governasse como monarca absoluto, procurou consolidar ideologicamente o seu poder sobre a Igreja. Neste trabalho, contou com a ajuda de importantes figuras, como o bispo Eusébio de Nicomedia. O ritual, a simbologia, tudo o que rodeava a monarquia deveria enfatizar a sua origem divina. Uma consequência disto foi que a meritocracia desejada por Diocleciano como critério para escolher os herdeiros ao trono foi substituída pelos laços de sangue: a graça de Deus encontrava-se numa família e, portanto, o mais lógico seria que o sucessor do imperador fosse seu filho ou o seu parente mais próximo.

Aos poucos a Igreja Católica assumiu a organização do Império, primeiro a liturgia cristã passou a fazer parte de todo o cerimonial da corte. Foi-se aumentando drasticamente o número de bispos que existiam em Roma, surgindo novas paróquias. Antes do catolicismo se tornar oficial, só existiam paróquias nas áreas urbanas do Império, além disso, os bispos pararam de trabalhar e começaram a receber doações do governo para trabalhar, essas vinham de confiscos feitos sobre os pagãos.

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A guerra civil tornou-se inevitável, e não entre dois pretendentes ao trono, mas sim entre uma mão cheia deles, pois a Galério, Maxêncio, Maximiano e  Constantino somaram-se o césar Maximino Daia, que também decidiu proclamar-se augusto; Licínio, o augusto que Galério nomeara para substituir Severo, e ainda o vicário de África, Domício Alexandre. Uma série de alianças tão interessadas como pouco duradouras, doenças mortais, assassínios e batalhas foram esvaziando as hipóteses até que no Ocidente ficaram apenas dois contendores com possibilidades efectivas, Constantino e Maxêncio. Ambos se enfrentaram no dia 28 de Outubro de 312, na Ponte Mílvio, na realidade um pontão de navios sobre o rio Tibre, a norte de Roma, que Maxêncio construíra para atacar na margem oposta as tropas de Constantino com a que era a sua melhor arma, a cavalaria pesada. A batalha terminou com a vitória de Constantino, cujas forças, pela primeira vez na história de Roma, combateram sob o sinal cristão da cruz. Segundo a tradição, pouco antes de entrar em combate, o filho de Constâncio teve a visão daquela cruz no céu, ao mesmo tempo que ouviu uma voz que dizia: “In hoc signo vinces” (“com este sinal vencerás”). E assim foi.

O poder de Constantino foi criado pouco a pouco, desde sua infância. Ele teve uma ótima educação, sua mãe era grega e ele se tornou bilíngue bem jovem, algo que era muito comum entre a elite romana. Logo ele passou a servir no tribunal do então imperador, Diocleciano. Mesmo ele tendo uma posição considerada de renome, a sua função no Império Diocleciano era similar a de um refém, isso não fez com que ele tirasse o melhor proveito possível da situação e fosse proclamado Augusto (o que no Império Romano significava um líder de extrema importância).

O arco de Constantino. Este grande arco triunfal foi erigido junto ao Palatino romano, perto do Coliseu, para comemorar a vitória na batalha da Ponte Mílvio de um imperador que, tal como reza a inscrição principal, foi “inspirado pela divindade”.

Como foi a conversão do imperador Constantino?

Sob a inspiração do lema “um Deus no Céu, um Imperador na Terra”, Constantino proclamou em 313 o Édito de Milão, lei que garantia liberdade para cultuar qualquer deus, o que seria fundamental para a futura conversão total do império à religião. “Na prática, o Édito de Milão representou a verdadeira guinada.

Qual o período da conversão de Constantino?

Com efeito, é a partir de 312 que Constantino afirmou-se, e cada vez mais, como cristão. É a partir de 392 (com a lei que proibiu os ritos pagãos, pública ou privativamente) e mais ainda em 394 (ano do fim "da reação pagã" tolerada por Eugenius) que o cristianismo se tornou a religião oficial.

Por que Constantino colocou o cristianismo como religião oficial do Império Romano?

Mas nem isso impedia o cristianismo de ganhar seguidores, tornando-se logo a crença mais popular no império. Percebendo a força crescente da religião, o imperador Constantino I resolveu usá-la politicamente para fortalecer seu próprio poder e enfrentar a decadência romana.