Ele morreu em 1814, em seu estado natal de Minas Gerais, Brasil, pobre e desconhecido. Um dos principais representantes do barroco brasileiro, Aleijadinho trabalhou sob severas restrições.
A qualidade das obras criadas por Aleijadinho é indiscutível, mas será que ele existiu mesmo? O Isaac traz algumas curiosidades sobre a real existência do artista, além de apresentar suas obras e referências de criação.
As esculturas integram a Paixão de Cristo, série composta por 66 peças em madeira, divididas em seis capelas, que representam os passos: da Ceia, do Horto, da Prisão, da Flagelação e Coroação de Espinhos, da Subida ao Calvário e da Crucificação de Cristo. As peças foram esculpidas por Aleijadinho e pintadas pelo Mestre Athaíde. Elas estão no Santuário do Senhor Bom Jesus de Matosinhos em Congonhas (MG) e receberam da UNESCO o título de Patrimônio da Humanidade.
Aleijadinho produziu intensamente e recebeu reconhecimento ainda em vida a partir dos anos 1770, momento em que passou a ter uma equipe de artesãos que desenvolvia os projetos sob a sua coordenação. Conheça algumas características das produções do mestre Aleijadinho a seguir:
Aleijadinho elaborou o projeto da fachada e da decoração em relevos e talha dourada do prédio que também conta com pinturas de Manoel da Costa Athaíde. A Igreja foi tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional e, por estar na cidade de Ouro Preto (MG), faz parte do Patrimônio da Humanidade segundo a UNESCO.
O contexto histórico de Minas Gerais influenciou as produções de Aleijadinho, pois, em função do ciclo do ouro, muitas obras e igrejas foram construídas nesse período de riqueza na região. Assim, o ouro também compõe diversas artes.
A combinação de riqueza, a religiosidade de seus habitantes e o isolamento geográfico contribuíram para o desenvolvimento de um estilo escultórico e arquitetônico único, como visto em Aleijadinho.
As figuras bíblicas ganharam destaque na obra de Aleijadinho, a Paixão de Cristo, a Igreja de São Francisco de Assis e Os Doze Profetas são consideradas por muitos as maiores obras do artista.
Aleijadinho ou Antônio Francisco Lisboa (Vila Rica, atual Ouro Preto, 1730 ou 1738 – 1814) foi um escultor, entalhador, carpinteiro e arquiteto. Iniciou como artesão nas igrejas de Ouro Preto e arredores. Aprendeu sobre arquitetura, desenho e escultura com o seu pai Manuel Francisco Lisboa, arquiteto português, e com o pintor João Gomes Batista. Estudou gramática, latim, matemática e religião no internato do Seminário dos Franciscanos Donatos do Hospício da Terra Santa.
Combinando elementos do gótico e do renascimento na linguagem do barroco, Aleijadinho desenvolveu uma poderosa linguagem artística. A escultura e a arquitetura se misturavam magistralmente em sua obra.
Justificativa: Conforme as características gerais do conjunto de esculturas, a ideia de movimento é muito presente nas figuras, assim como a face oriental, o nariz alongado, os lábios entreabertos, o queixo pontiagudo e o pescoço alongado.
Aleijadinho viveu e trabalhou no estado brasileiro de Minas Gerais. Como o nome indicava, esta era uma região mineira extremamente rica. No seu auge, Minas Gerais enviava cerca de 25.000 quilos de ouro para Portugal por ano.
Agora que você já conhece o maior artista do período colonial brasileiro, aprofunde seus conhecimentos sobre o tema lendo a matéria: Barroco no Brasil.
• O Santuário do Bom Jesus de Matosinhos é Patrimônio Mundial da UNESCO. O adro é ornado com esculturas em pedra-sabão (estátuas dos Doze Profetas), feitas por Aleijadinho.
Exemplos famosos de sua obra escultórica incluíram a representação em tamanho real dos 12 profetas, em pé na escadaria da Igreja Bom Jesus de Matosinhos, na cidade de Congonhas.
O artista teve uma doença degenerativa grave que deformou os membros de seu corpo, principalmente as mãos e os pés, por isso ficou conhecido pelo apelido Aleijadinho. Ele é considerado o maior artista do período colonial brasileiro e o grande representante do Barroco nas artes visuais, mas também se destaca no estilo Rococó. Aleijadinho compôs uma grande variedade de obras, desde esculturas, retábulos, altares até estruturas arquitetônicas em igrejas históricas de Minas Gerais.
Conforme você viu, Aleijadinho foi um grande produtor da Arte Sacra no Brasil, por isso sua obra é ligada ao movimento barroco. Por outro lado, muitos críticos de arte consideram que algumas peças do artista também expressam traços do rococó.
Os principais artistas do barroco-rococó no Brasil são:
A arquitetura, a pintura, a escultura sacra e a música tiveram destaque no barroco mineiro. Evocando a religião em cada detalhe, o barroco mineiro seguiu a tendência da Arte Barroca, crescendo, sobretudo, em torno das igrejas e confrarias. As maiores expressões do barroco mineiro foram Mestre Ataíde e Aleijadinho.
Hoje, sabe-se que o autor das cartas foi Tomás Antônio Gonzaga, identificado nos textos com o pseudônimo de Critilo. No que se refere às produções épicas do arcadismo brasileiro, vale ressaltar as obras de Basílio da Gama, que escreveu o livro “O Uraguai”; e Santa Rita Durão, autor de “Caramuru”.
- Basílio da Gama
Os principais autores do Arcadismo são: Tomás Antônio Gonzaga, Cláudio Manuel da Costa, Santa Rita Durão e Basílio da Gama.
Tomás António Gonzaga
Tomás António Gonzaga
Qual o objetivo da cartas Chilenas (Carta VIII)? As Cartas Chilenas circularam por Vila Rica no formato de panfletos, anos antes da Inconfidência Mineira, (1789). Eram poemas decassílabos brancos (sem rimas) com alto teor satírico. O autor tinha como objetivo ironizar e atacar, não se preocupando com as regras formais.
Critilo é um habitante de Santiago do Chile (na verdade Vila Rica) que narra ao amigo Doroteu os desmandos despóticos e narcisistas do governador chileno Fanfarrão Minésio (na realidade, Luís da Cunha Meneses, governador de Minas até a Inconfidência Mineira).
Tomás Antônio Gonzaga
Estrutura da Obra. Composta de 13 cartas, as Cartas Chilenas foram escritas por Tomás Antônio Gonzaga, através do pseudônimo Critilo. Ele escreve para seu amigo Doroteu, que na realidade é o escritor árcade Cláudio Manuel da Costa. A obra é composta de versos decassílabos (dez silabas poéticas) e brancos (sem rimas).
Doroteu: receptor das cartas; Fanfarrão Minésio: governador do Chile e protagonista dos acontecimentos narrados.
Quem assina essas cartas é um certo Critilo, que escreve a um amigo, Doroteu. O contexto também era diverso, já que o clima de opressão e a tensão política deveriam se asilar no apócrifo. As Cartas têm em Cunha Menezes (no texto, batizado com o singelo nome de Fanfarrão Minésio) o seu protagonista.
23. (PUCC-SP) Pode-se afirmar que Marília de Dirceu e as Cartas chilenas são, respectivamente: altas expressões do lirismo amoroso e da sátira política, na literatura do século XVIII. ... exemplos do lirismo amoroso e da poesia de combate, cultivados sobretudo pelos poetas românticos da chamada "terceira geração".
A obra mais emblemática de Gonzaga é “Marília de Dirceu”, um conjunto de liras publicadas a partir de 1792. Essa obra esteve baseada no romance que ele teve com a brasileira Maria Doroteia. Note que era comum os poetas árcades escreverem com pseudônimos. Gonzaga escrevia com o pseudônimo Dirceu.
6. O que ocorre, verdadeiramente, no prólogo de Cartas Chilenas? É um dos artifícios empregados na produção das Cartas Chilenas; não houve nenhum mancebo como portador delas, tampouco, seus originais foram escritos em castelhana.
1810