Talvez você não saiba quem é, mas já deve ter ouvido falar no nome de Cásper Líbero. Inclusive, pode conhecer a instituição que leva seu nome, caso se interesse por estudar alguma área da comunicação.
Não atuou muito tempo com advogado, e já aos 21 anos, criou a primeira Agência de Notícias 100% brasileira, a “Americana”, e foi um dos fundadores do Jornal Última Hora. Chegou a ter o jornal fechado por ordem do Marechal Hermes da Fonseca, pelas críticas feitas à política e o costumes da sociedade na época.
Não é à toa que a faculdade voltada para cursos de Comunicação Social possui seu nome. Cásper Líbero foi um comunicador, jornalista e empresário, conhecido por defender fortemente a liberdade de imprensa e o jornalismo imparcial no Brasil.
Além de sua atuação como empresário da comunicação, Cásper Líbero foi um defensor da liberdade de imprensa e um incentivador da ética jornalística. Ele acreditava que a imprensa tinha a responsabilidade de informar de maneira imparcial e objetiva, contribuindo para o desenvolvimento da sociedade.
Hoje, além do curso de Jornalismo, a instituição também oferta o curso de Publicidade e Propaganda, Relações Públicas e Rádio, TV e Internet, além de cursos de pós-graduação em comunicação.
Cásper ficou conhecido por sua figura sempre de terno, óculos de armações grossas, chapéu e pensamentos idealistas e fortes. Aos 19 anos, já estava formado na área de Ciência Jurídicas e Sociais pela Faculdade de Direito Largo São Francisco.
Na realidade, tudo ao redor de Cásper tinha esse cheiro de modernidade, trazida por ele, por sinal. O uso de imagens, o uso da rotogravura, a importação de notícias e rotativos do exterior e mesmo a forma de distribuição dos jornais para que chegassem quanto antes ao leitor, foram ideias propostas pelo jornalista.
Desde jovem, demonstrou interesse pela comunicação e pelo jornalismo e foi muito influenciado pelos ideais a favor da República que seus pais e sua família apresentavam ainda nos tempos do Império.
Cásper virou um grande nome do jornal “A Gazeta”, quando comprou o periódico de seu terceiro dono, quando tinha 29 anos, no dia 14 de julho de 1918. A partir daí, A Gazeta se tornou um dos maiores nomes da imprensa na época, e Cásper virou o diretor do jornal. A Gazeta foi a primeira publicação a ter impressão em cores no país.
O negócio tomou proporções tão além do esperado, que Cásper precisou criar o Palácio da Imprensa, para que fossem mantidas as novas instalações da Gazeta. O local é considerado o primeiro prédio criado especificamente para abrigar uma redação.
Além da Faculdade Cásper Líbero, outras instituições reconhecida pelo MEC e com ótimas condições para ingressar no ensino superior, como bolsas de desconto de até 80% nas mensalidades, também fornecem os cursos de Jornalismo, Rádio e TV e outras do meio da comunicação.
Cásper Líbero nasceu em 2 de março de 1889, na cidade de Bragança Paulista, interior do estado de São Paulo. Filho de um médico e político republicano, e de uma senhora reconhecida e respeitada na sociedade bragantina.
Seu amor pelos esportes, que sempre incentivava, o fez criar a coluna da “Gazeta Esportiva”, que depois se tornou um jornal independente, considerado o mais completo da América Latina.
A fundação tão desejada por Cásper veio por se tornar a primeira Escola Superior de Jornalismo da América Latina. Uma instituição de ensino de alto valor, que preza pela educação e ensino da ética e profissionalismo aos comunicadores em formação. Hoje, ela recebe o nome de Faculdade Cásper Líbero
A Faculdade Cásper Líbero, localizada dentro da Fundação Cásper Líbero, na Av. Paulista em São Paulo, é a sonhada instituição de ensino superior que planejava o jornalista de mesmo nome, antes de falecer. Ela foi fundada no ano de 1947, e foi a segunda na América Latina a oferecer o curso de jornalismo.
Era tão participativo na política e expressava tão frequentemente suas opiniões, que anos depois, em 1932, chegou a ser exilado como rebelde, por apoiar a Revolução Constitucionalista.
Quando retornou do exílio, com o perdão do presidente da época, Getúlio Vargas, o comunicador recebeu um banquete em sua homenagem, com a presença de milhares de pessoas, muitos, comunicadores.
Cásper tanto acreditava nisso que, antes de sua morte, ele esclareceu em seu testamento que seus bens deveriam ser destinados à criação de uma fundação para educação qualificada da comunicação e que fosse também assegurado o futuro de seus veículos: A Gazeta, A Gazeta Esportiva e a Rádio Gazeta.
Segundo sua biografia, disponível no site da Fundação Cásper Líbero, o empresário deseja criar um complexo de comunicações. Ele foi pioneiro nas transmissões de partidas esportivas, por exemplo, 10 anos antes de as rádios paulistas transmitirem jogos de fora da capital.
O jornalista contribuiu para o desenvolvimento da imprensa e das comunicações no país, introduzindo novas técnicas e formatos na mídia, como comentamos anteriormente. Mesmo com o tamanho sucesso do jornal “A Gazeta”, Cásper era um visionário, e desejava fazer mais.
Além disso, Cásper Líbero foi um defensor da liberdade de imprensa e um dos primeiros a incentivar a prática do jornalismo imparcial no Brasil. Ele acreditava na importância do acesso à informação e na responsabilidade dos meios de comunicação em transmitir notícias de forma ética e objetiva.