Judas Tadeu foi um dos doze apóstolos de Jesus. Também conhecido como "o Labeu" ou Tadeu, era o irmão do apóstolo Tiago. Nos evangelhos, ora é chamado de Judas (filho/irmão de Tiago), ora como Tadeu, a fim de ser distinguido do outro Judas, que também pertencia ao grupo dos doze discípulos mais chegados de Jesus.
Na última Ceia, quando Jesus confortava os discípulos no seu discurso de despedida. Judas Tadeu fez essa pergunta ao Senhor talvez porque ainda não havia compreendido que Jesus se manifestaria, através da presença do Espírito Santo, àqueles que O amam e guardam a sua Palavra. Foi a única referência mais específica referente a este apóstolo, transcrita nos Evangelhos.
E o trabalho não foi fácil. Rodolphe Kasser, o principal tradutor do manuscrito, nunca tinha visto um documento em tão mau estado, com páginas em falta e mil fragmentos soltos. Foram precisos cinco anos de trabalho para que a equipa conseguisse reunir mais de 80% do texto - o trabalho de restauro vai continuar.
Mais tarde, Paulo se tornou um apóstolo, pregando o evangelho em muitos lugares e ajudando a estabelecer a doutrina da Igreja. Mas ele não foi um dos 12 originais, que aprenderam diretamente com Jesus.
"O relato secreto da revelação que Jesus fez a Judas Iscariote durante uma semana, três dias antes de celebrar a Páscoa" - assim começa o texto deste Evangelho, ontem revelado à comunidade internacional numa exposição patente na sede da NGS, em Washington. Noutra passagem, vista como um momento chave da narrativa, Jesus diz a Judas: "... irás superá-los a todos. Pois irás sacrificar o corpo que me reveste."
Perto do fim de seu ministério, os líderes religiosos judaicos estavam procurando uma forma de prender e matar Jesus, mas sem provocar a multidão. Foi Judas quem lhes deu a oportunidade.
A tradição católica considera também que este apóstolo era filho de Alfeu, irmão de Tiago e primo do Senhor Jesus Cristo. Também lhe atribuem a autoria do livro bíblico de Judas e que teve uma morte atroz por decapitação e mutilação. Muitas dessas crenças se baseiam no livro apócrifo "Atos de Simão e Judas" no qual é mencionada a suposta história das missões e do martírio de Judas e Simão. Contudo, não há comprovações históricas de que essas especulações tenham, de fato, acontecido.
A intenção dos autores ao designar Judas como "o irmão de Tiago" ou como "o Tadeu", era marcar a diferença entre este e Judas Iscariotes, que traiu Jesus.
O que provavelmente aconteceu foi que Judas devolveu o dinheiro aos sacerdotes, que compraram o campo do oleiro no seu nome. Judas foi para esse mesmo campo, onde se enforcou. Passado algum tempo, o corpo caiu e, como estava na primeira fase de decomposição, a barriga se abriu e as entranhas saíram. O campo onde morreu depois foi convertido em um cemitério para estrangeiros. Assim, o lugar ficou conhecido como o Campo de Sangue, tanto por causa do suicídio de Judas quanto por ter sido comprado com dinheiro de sangue.
Não se sabe muito sobre a vida de Judas. Ele era judeu, filho de um homem chamado Simão. Judas é a forma grega do nome hebraico Judá e não se sabe ao certo qual é a origem do nome Iscariotes. É possível que seja uma referência a um lugar chamado Queriote, mas isso nunca foi confirmado.
Ao amanhecer, chamou seus discípulos e escolheu doze deles, a quem também designou apóstolos: Simão, a quem deu o nome de Pedro; seu irmão André; Tiago; João; Filipe; Bartolomeu; Mateus; Tomé; Tiago, filho de Alfeu; Simão, chamado zelote; Judas, filho de Tiago; e Judas Iscariotes, que veio a ser o traidor.
"São Judas Tadeu", bastante querido entre os católicos, espíritas e umbandistas (sincretismo com Xangô), é popularmente conhecido como "o patrono das causas impossíveis". Essa atribuição se deu através da recomendação de Brígida da Suécia, na qual os fiéis católicos deveriam pedir pela intercessão de Judas Tadeu para alcançar seus favores.
Quando chegaram, subiram ao aposento onde estavam hospedados. Achavam-se presentes Pedro, João, Tiago e André; Filipe, Tomé, Bartolomeu e Mateus; Tiago, filho de Alfeu, Simão, o zelote, e Judas, filho de Tiago. Todos eles se reuniam sempre em oração, com as mulheres, inclusive Maria, a mãe de Jesus, e com os irmãos dele.
Judas Iscariotes sempre foi visto no mundo cristão como um traidor. Mas, agora, a tradução e análise de um manuscrito com mais de 1700 anos ameaça tornar o mau da fita no discípulo preferido de Jesus Cristo. As revelações foram feitas ontem pela National Geographic Society, numa conferência de imprensa que deu a conhecer ao mundo, pela primeira vez, algumas páginas do famoso Evangelho de Judas.
O nome Judas significa "louvor a Deus" e era bastante comum naquele tempo. Por isso, a distinção feita entre os diferentes Judas era importante, para não haver confusão na compreensão dos textos. No Novo Testamento, além de Tadeu, são citados outros homens chamados Judas:
E por várias vezes o apóstolo maldito por ter entregue Judas aos romanos surge destacado. "Afasta-te dos outros e contar-te-ei os mistérios do reino. Irás alcançá-los, mas sofrerás muito", diz-lhe Jesus, afirmando ainda: "... serás maldito pelas outras gerações, e mandarás nelas."
O papiro foi encontrado nos anos 70, no deserto, perto de El-Minya, no Egipto. Desde então andou a saltar de antiquário em antiquário, do Egipto à Europa e aos EUA. Por fim, em 2000, foi adquirido por Frieda Nussberger-Tchacos, antiquária de Zurique, que tentou vendê-lo. Em vão. Um ano depois, assustada com a rápida deterioração do manuscrito, entregou-o à Fundação Mecenas de Arte Antiga em Basileia, na Suíça, para ser restaurado e traduzido.
O texto, no entanto, termina de modo abrupto: "Eles [os que iam prender Jesus] aproximaram-se de Judas e disseram-lhe: "O que estás aqui a fazer? Tu és discípulo de Jesus'. Judas respondeu-lhes como queriam. E recebeu algum dinheiro e entregou-o [Jesus] a eles." Sem uma única referência à crucificação.
Encadernado em tecido e redigido em língua copta, o manuscrito - ou códice - data dos séculos III ou IV e constitui a única cópia conhecida do Evangelho de Judas, cujo original terá sido escrito em grego por um grupo de gnósticos, antes do ano 180. A análise das 26 páginas do papiro - 13 pranchas escritas de ambos os lados - sugere que Judas estaria, afinal, a cumprir os desejos de Jesus quando o entregou às autoridades.