Quem Criou O Genograma Familiar?

Quem criou o Genograma familiar

No inicio de seu trabalho com famílias, Bowen propôs a utilização de um diagrama familiar, o qual auxiliaria a coletar e organizar importantes dados sobre o sistema familiar multigeracional, e foi renomeado em 1972 por Guerin, como Genograma Familiar (Nichols & Schwartz, 1998).

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através da organização e do agrupamento de objetos a serem percebidos, podemos estender a amplitude da Atenção. Se separarmos nove grãos de feijão em três grupos de três grãos, podemos vê-los mais facilmente. Este é um exemplo simples do princípio segundo o qual a organização tem como função permitir, à pessoa, dirigir a Atenção para maior quantidade de material.12

Porto, M. F. de S., & Pivetta, F. (2009). Por uma promoção de saúde emancipatória em territórios urbanos vulneráveis. In: Czeresnia, D., & Freitas, C. M. (Orgs.). Promoção da saúde: conceitos, reflexões, tendências. (2ª ed., pp. 207-229). Rio de Janeiro: Fiocruz.         [ Links ]

Isso não apenas pela característica genética de algumas doenças, mas também para entender as relações entre os membros da família e as possíveis redes de apoio em um tratamento. Uma dessas ferramentas de abordagem familiar é o genograma.

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Além disso, podem usar um modelo de genograma para identificar a presença de problemas de saúde, pessoas que necessitem de cuidados especiais e outros pontos interessantes para as intervenções.

Os subsistemas, por sua vez, são separados por fronteiras e regras cujas funções são estabelecer limites próprios e regular as trocas estabelecidas entre eles, o que permite a manutenção dos mesmos. Quando os limites são suficientemente bem definidos para permitir contato entre os membros de diferentes subsistemas e o cumprimento de suas funções, sem a interferência indevida dos outros, considera-se que as fronteiras sejam nítidas. Quando não existem limites entre os subsistemas, considera-se que as fronteiras sejam difusas, o que promove um padrão de funcionamento emaranhado na família. Quando existem limites excessivos, as fronteiras podem se tornar rígidas, promovendo um padrão de desligamento com o qual os membros dos subsistemas têm pouco ou nenhum contato (Minuchin, 1982).

As características de um genograma nos estudos médicos fazem parte de um tópico bastante importante relacionado às ferramentas de abordagem familiar. Hoje, vamos falar dele para você se tornar um craque no assunto. Está preparado? Então, continue a leitura com a gente!

O genograma na prática

O genograma é a elaboração da árvore da família, uma prática antiga que vem, recentemente, sendo usada como uma técnica de avaliação clínica das famílias. … Esse instrumento conecta as circunstâncias ao meio ambiente e mostra o vínculo entre os membros da família e os recursos comunitários16.

Após as análises clínica e gráfica e redefinição de cada categoria representativa dos padrões relacionais e seus símbolos, apresentou-se a dois juízes, terapeutas de família experientes, a transcrição de três entrevistas. Cada uma delas foi acompanhada das respectivas estruturas familiares, das definições dos símbolos e dos padrões de relacionamento. À eles foi solicitado que obedecessem às seguintes instruções: (a) ler as definições das relações familiares; (b) ler cada entrevista; (c) classificar as relações familiares segundo as definições utilizando os respectivos símbolos e, se julgar necessário, escrever à parte comentários e observações.

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The genogram, defined as a graphic design of family living, is an assessment and intervention systemic instrument that provides an approximation to the system of family transmission, woven generation after generation. This instrument, inserted in the therapeutic conversation, transcends its functioning origins, in order to transform itself in a resource of collaborative comprehension. The present study of two family groups that experienced a crisis following the suicide attempt of one of their members, reports the construction of the genogram in which the emphasis on information is replaced by the search of opportunities in order to retell their life experiences. Results show that participants opened doors that helped them to weave new narratives of themselves and their families. Thus, the genogram, as a resource in the conversational space, allowed co-exploitation, clarification and expansion of meanings emerging from the stories told by the families which affect the family relationship dynamics.

A presente pesquisa caracterizou-se como um estudo qualitativo exploratório-descritivo, com delineamento de estudo de caso. Ela propôs a compreender, por meio da análise do conteúdo das respostas dos entrevistados, de que forma o uso do genograma contribui na avaliação em saúde mental. A pesquisa foi realizada em uma unidade da Estratégia Saúde da Família de uma cidade de médio porte do estado de Santa Catarina. Participaram da pesquisa onze profissionais da equipe da ESF, estes receberam orientações acerca do estudo e assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE). Como instrumento de coleta de dados foi utilizada a entrevista semi-estruturada, construída pelos próprios pesquisadores a partir de estudos bibliográficos que ofereceram subsídios para a elaboração das perguntas. Para a análise dos dados foi utilizada a metodologia fenomenológica da análise de conteúdo, conforme modelo proposto por Olabuénaga (1999). As entrevistas foram gravadas com gravador de áudio e posteriormente transcritas na íntegra. As respostas foram agrupadas em categorias e subcategorias, de acordo com suas características e similaridades e em conformidade com os eixos norteadores deste trabalho, assim como com os seus objetivos.

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A história da Família "B" aponta para um sistema de crenças, pautado na desqualificação das figuras femininas, que alimentam idéias sobre impedimentos acerca de amar e ser amado, cuidar e ser cuidado, de estabelecer vínculos. A experiência da opressão, vivenciada com intenso sofrimento, apresenta-se como uma situação limite, em que a possibilidade de renarrá-las, de forma a incluir as competências, passará a ser possível quando a Família "B" conseguir negociar cooperativamente a necessidade de incluir novas definições de si mesmos, da família e de suas relações sociais.

The genogram is a graphical representation of a family and has been used in several contexts. This paper aims to highlight the genogram use relevance in qualitative research and to propose an application and analysis procedure. The information gathered by the genogram may include genetics, medical, social, behavioral, relational and cultural aspects that denote the family structure and its configuration giving indicia of its functioning and dynamics. It is proposed that the inquiries, comments and verbalizations held by the researcher during the application of the tool are classified, according to the pre-determined categories system and that the data obtained are submitted to graphical, clinical and discourse analysis for later calculus of judges' agreement.

Desta forma, podem-se registrar informações sobre os membros da família e suas relações transgeracionais, permitindo uma rápida visão gestáltica dos complexos padrões familiares. Isto contribui para levantar hipóteses de como um problema clínico pode estar correlacionado ao contexto psicossocial daquela família no decorrer do tempo.

Jéssica Silva Aguiar

Além de mostrar de maneira mais clara quais são os desafios encontrados ao longo da construção do cuidado com um indivíduo, capacita os profissionais de saúde para criação de vínculo com os pacientes, proporcionando maior efetividade na resolução dos casos.

O terceiro nível de construção do genograma refere-se ao traçado da qualidade das relações entre os membros da família. As linhas básicas referem-se a pautas vinculares que incluem relações: íntimas, muito íntimas, íntimas e conflitivas, pobres e conflitivas, distantes e rompidas, conforme a legenda apresentada na Figura 3.

O relacionamento distante caracteriza a forma de relacionamento encontrada principalmente nas famílias desligadas, com fronteiras rígidas. O relacionamento entre os membros caracteriza-se por pouco contato, principalmente de ordem emocional;

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Os participantes de um diálogo terapêutico estão realizando constantes escolhas sobre manter e romper o silêncio. Laird (1994) refere que, como este processo de seleção é dependente do contexto da conversação, editam-se as histórias pessoais tentando-se pensar no que se quer transmitir, como se imagina que o outro vai responder, tentando-se apresentar a história de uma forma que soe coerente e apropriada ao contexto. A troca que se estabelece nesta conversação pode contribuir para que possam emergir aquelas histórias que tinham sido deixadas para trás, em decorrência de um repertório limitado de palavras para expressá-las, ou por uma aliança com um conjunto particular de textos e significados anteriores. Assim compreendida a decisão sobre a liberação de um segredo, a transformação do silêncio em um relato audível, não faz parte de uma estratégia terapêutica, mas da qualidade do espaço criado no diálogo terapêutico: do espaço que é concedido pelo silêncio do outro, do encorajamento obtido para explorar e expressar idéias, para alongar e criar novas histórias, permitindo que novos significados sejam considerados, desafiando o silêncio da opressão e o desconhecimento (Iversen & cols., 2005).

No município onde a pesquisa foi realizada notou-se que o trabalho com o genograma na saúde pública está em processo de implantação e há necessidade de estudos sobre o tema. A presente pesquisa demonstra sua relevância científica diante de sua proposta de preencher uma lacuna nos estudos em saúde do município ao buscar compreender quais são as contribuições do uso do genograma na Atenção Básica à Saúde no processo de avaliação em saúde mental, colaborando para a reflexão das práticas em saúde e possibilitando o desenvolvimento de novas estratégias para a promoção da saúde. A relevância social se caracteriza no sentido em que ao pesquisar e conhecer a realidade dos sujeitos inseridos em um território específico possibilita-se um questionamento acerca do trabalho que vem sendo realizado pela ESF e de sua efetividade, contribuindo assim para que os serviços oferecidos sejam compatíveis com as necessidades da população.

Igualmente, os sistemas familiares elegem algumas histórias e abandonam outras para construir o contexto histórico intrínseco da família através das gerações. Uma vez que a história da família esteja configurada em torno de um problema, ao selecionar partes da experiência que tenham sentido nesta narração, as pessoas vão incrementando a narrativa que mantém o significado problemático. Neste processo, as famílias tendem a confundir a sua própria história com a história de seus problemas, de forma que, com o passar do tempo, não conseguem mais discriminar uma da outra. A possibilidade de uma história que foi abandonada (marginal) emergir das experiências vividas reside na ocorrência de um incidente que possa produzir um acontecimento extraordinário, que constitua uma oportunidade para colocar dúvidas, para desestabilizar o relato que a família conta e que a define. Acessar estas histórias que, com o passar do tempo, foram marginalizadas nas narrativas familiares, constitui um caminho para a elaboração de histórias alternativas que possam fazer sentido na experiência vivida pelas pessoas. White e Epson (1990) consideram ser este o fundamento da abordagem terapêutica: através de encontros conversacionais, auxiliar as pessoas a vislumbrar novas histórias. Não qualquer história, mas sim uma nova narrativa que encontre sentido no contexto histórico daquela família.

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A participação das ACS ocorre principalmente na indicação de famílias para a construção do genograma, conforme quatro (04) relatos, assim como no estudo de Pereira et al. (2009), que utilizou o genograma como instrumento de coleta de dados, no qual as famílias foram selecionadas por indicação dos agentes comunitários de saúde.

Sobre a construção do genograma, cinco (05) dos entrevistados disseram participar da entrevista com a família e da elaboração da representação gráfica do genograma e outros cinco (05) relataram não participar destes procedimentos.

As idéias apresentadas neste texto buscam inserir o trabalho com o genograma no espaço conversacional terapêutico. Ao serem descritas na perspectiva das práticas construcionistas (Anderson, 2001, Anderson & Goolishian, 1988; Gergen, 1999; White & Epson, 1990), realiza-se uma escolha, entre muitas outras possibilidades de abordagem teórica, ou seja, elege-se determinados aspectos desta complexa prática e deixa-se de lado outros. As noções que fundamentam esta abordagem propõem o diálogo como gerador de uma ação compartilhada na prática do encontro terapêutico. No fluxo desta interação, os participantes deste diálogo convidam um ao outro para interagir de certa maneira, por meio de um silencioso e implícito entendimento, no qual as regras de conduta e de expectativas são criadas na prática. As formas como o terapeuta e a família se encontram neste diálogo é um reflexo das negociações sobre regras da conversação que, segundo Rober (2005), constroem-se em torno de questões como: quem fala e quem mantém o silêncio, o que é dito e o que fica sem ser dito, qual o propósito da conversação, quem corre o risco de começar a falar sobre temas difíceis, quem se responsabiliza pelo aumento da tensão, o que é aceitável e o que é inaceitável, entre outras. Todas estas questões vão sendo respondidas, implicitamente, à medida que as pessoas vão lidando com os significados que emergem na interação.

Como ler um Genograma?

Os números indicam as idades, o quadrado representa o sexo masculino e o círculo o sexo feminino. As linhas horizontais mostram as relações de irmãos e irmãs ou relações conjugais, enquanto as setas verticais indicam a paternidade e a maternidade.

Como fazer um Genograma online?

Basta usar o software de genogramas Edraw para criar genogramas profissionais e completos com imensos símbolos vetoriais incorporados e modelos gratuitos.

O que é paciente índice?

Caso índice (popularmente chamado como Paciente zero) é o paciente inicial em uma população que está sob investigação epidemiológica. O paciente zero pode indicar a fonte de uma nova doença, uma eventual propagação e o que detém o reservatório da doença entre os surtos.

Qual a ferramenta de abordagem familiar que divide a história da família?

Dentre as ferramentas de abordagem familiar em atenção primária à saúde, as mais utilizadas são: genograma, ciclo de vida familiar, FIRO (Fundamental Interpersonal Relations Orientations), PRACTICE (Present Problem; Roles and Structure; Affect; Communication; Time in the family life cycle; Illness in family past and ...