Quem Conta Um Conto Resumo Do Livro?

Quem conta um conto resumo do livro

O conto é dividido em dez capítulos, sendo o primeiro uma introdução: Machado (narrador) conversando com o leitor sobre o que será tratado em seguida. Trata-se da história de uma fofoca, a qual na ordem do discurso inicia com Luís da Costa, um dos maiores “noveleiros” (fofoqueiros) da cidade. Certo dia Luís decidido de espalhar mais uma das suas, entra na loja do Paulo Brito, ao contar a fofoca ele é surpreendido por Gouveia, vítima da atual história do “noveleiro”. Gouveia vai até Luís e pede que o leve a quem o falou sobre sua sobrinha, que supostamente, segundo a fofoca, teria fugido com um alferes. O desejo do major Gouveia é descobrir a fonte da fofoca. No final das contas a fonte foi o próprio major, que teria dito apenas:

Quem sou eu

Durante este discurso, o rosto do sr. Pires apresentou todas as modificações do espanto e do medo. Um ator, um pintor, ou um estatuário teria ali um livro inteiro para folhear e estudar. Acabado o discurso, era necessário responder-lhe, e o sr. Pires o faria de boa vontade, se se lembrasse do uso da língua. Mas não; ou não se lembrava, ou não sabia que uso faria dela. Assim correram uns três ou quatro minutos.

E todavia quantas pessoas não conhecerá o leitor com essa singular vocação? O noveleiro[2] não é tipo muito vulgar, mas também não é muito raro. Há família numerosa deles. São mais peritos e originais que outros. Não é noveleiro quem quer. É ofício que exige certas qualidades de bom cunho, quero dizer as mesmas que se exigem do homem de Estado. O noveleiro deve saber quando lhe convém dar uma notícia abruptamente, ou quando o efeito lhe pede certos preparativos: deve esperar a ocasião e adaptar-lhe os meios.

O capitão estava em sua casa; mas o major tinha tal império na voz ou no gesto quando exprimia a sua vontade, que era impossível resistir-lhe. O capitão não teve remédio senão ceder.

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E ambos foram a trote largo na direção da Rua do Passeio. Iam-se aproximando as três horas, e Luís da Costa, que jantava cedo, começava a ouvir do estômago uma lastimosa petição. Era-lhe, porém, impossível fugir às garras do major. Se o Pires tivesse embarcado para Santos, é provável que o major o levasse até lá antes do jantar.

— É bem feito, dizia o sr. Pires; quem me manda ser abelhudo? Se só me ocupasse com o que me diz respeito, estaria a esta hora muito descansado e não passaria por semelhante dissabor. É bem feito!

Resposta

— Recordo-me ter-lhe dito, respondeu o desembargador, que a sobrinha de meu amigo Gouveia piscara o olho a um alferes, o que lamentei do fundo d’alma, visto estar para casar. Não lhe disse, porém, que havia namoro…

Eram duas horas da tarde. Havia pouca gente na loja de Paula Brito, cinco pessoas apenas. Luís da Costa entrou com o rosto fechado como homem que vem pejado de alguma notícia. Apertou a mão a quatro das pessoas presentes; a quinta apenas recebeu um cumprimento, porque não se conheciam. Houve um rápido instante de silêncio que Luís da Costa aproveitou para tirar o lenço da algibeira e enxugar o rosto. Depois, olhou para todos, e soltou secamente estas palavras:

— É verdade que eu lhe falei de um rapto, disse o bacharel, mas não foi nos termos em que o senhor repetiu. O que eu disse foi que o namoro da sobrinha do major Gouveia com um alferes era tal que até já se sabia do projeto de rapto.

Capítulo X

Capítulo X

As outras pessoas presentes, vendo o caminho desagradável que as coisas podiam ter, trataram de meter o caso à bulha; mas o major, que não era homem de graças, insistiu com o alvissareiro para que o esclarecesse a respeito do inventor da balela.

O sr. Pires não esperou novo discurso; despediu-se e saiu. Apenas entrou no carro, deu dois ou três socos em si mesmo e fez solilóquio extremamente desfavorável à sua pessoa:

Aprenda a ler de forma eficiente!

A história "Quem conta um conto", de Machado de Assis, conta com um narrador onisciente, presente em todas as ações e pensamentos, que é o próprio autor. A história disserta sobre um fofoqueiro que adorava criar histórias, até que ele se depara com uma de suas vítimas, e essa aumenta o conto que ele contava.

Tudo isto punha o major em apuros. Se visse passar um carro, tudo estava acabado, porque o bacharel não resistiria ao seu convite intimativo; mas os carros tinham-se apostado para não passar ali, ao menos vazios, e só de longe em longe um tílburi vago convidava, a passo lento, os fregueses.

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Com relação ao espaço no conto, segundo as perspectivas de Osman Lins trata-se de uma ambientação franca, visto que o narrador não participa da história narrada e o mesmo, oniscientemente, que descreve o ambiente. Essa questão do ambiente franco é, inclusive, uma característica forte da maioria dos textos do realismo.

O bacharel Plácido encarou o major, sem compreender a razão por que ficara ali, quando o outro fora embora. Não tardou que o major o esclarecesse. Logo que o sr. Pires saiu da sala, disse ele:

Esse conto é bastante engraçado, o humor está tanto nos fatos como no modo irreverente e despreocupado que é narrado por Machado. O narrador, como já foi comentado, é o próprio Machado, esse ato do próprio autor narrar o conto concede um tom de realismo e irreverência no conto, fazendo com que o leitor a todo o momento tenha plena consciência de que tudo não passa de uma ficção. Uma das provas de Machado narrando são os momentos em que fala com o leitor:

Qual o foco narrativo utilizado em A Cartomante *?

O foco narrativo desse conto está na terceira pessoa, sendo que existe a narração plena do autor, usando disso para a narração e descrição dos fatos.

Que reação a ida de Rita a uma cartomante provocou em Camilo resposta?

A ida de Rita se dava por superstições, nas quais Camilo não acreditava, e ele riu bastante dessa atitude da rita, considerando ela bastante ingenua. A Rita não gostou da atitude e o repreendeu, falando para que parasse de rir e muda-se a sua atitude, já que ela acreditava nas superstições.

Que metáfora ele utiliza para se referir ao comportamento de Rita?

Podemos notar que a metáfora utilizada para fazer referência ao comportamento de Rita é o seguinte: "Rita ri tá". Isto é, o autor afirma que Rita , pessoa, está a sorrir enquanto narra, afirma portanto que apresenta um estado de espírito alegre.