Quem Acreditava Na Mitologia Nrdica?

Quem acreditava na mitologia nrdica

Muito tempo antes de os Vikings surgirem, em torno dos séculos VIII e IX, a mitologia nórdica se espalhou pelos países da Escandinávia, e influenciaram muito as populações da região antes do cristianismo tomar conta do norte da Alemanha e da Islândia, mas traz influências e impactos até os dias atuais.

Neopaganismo germânico

Freya era uma feiticeira, e tinha fama de ser a mulher dos deuses, uma afrodite nórdica. Andava com uma carruagem que era puxada por gatos brancos, e usava sempre um casaco de pele de gavião que permitia que voasse em busca de prazer. Além disso, usava um colar chamado Brisingamen. Freya era ainda a mãe das valquírias, que eram servas de Odin que tinham como função buscar os guerreiros mortos.

Na mitologia nórdica, Sif era mulher de Thor, associada aos campos de trigo e à família. Mãe de Thrud, filho de Thor, e de Ullr, cujo pai era desconhecido. Certa vez, Loki entrou no castelo Bilskirnir para procurar Thor, e não o encontrou. Cortou, então, os cabelos longos e loiros de Sif, e ao ser descoberto, teve que conseguir novos cabelos feitos de ouro dos duendes para ela.

Interações com o Cristianismo

Interações com o Cristianismo

Apesar do aparente pessimismo, o que vem depois do Ragnarök fala de renovação. O universo ressurge do oceano, como uma fértil, e um casal de seres humanos chamados Lif e Lifthrasir, sobreviventes, repovoam o planeta. Os deuses sobreviventes, Vidar, filho de Odin, e Vali, Modi e Magni, filhos de Thor,  herdam Asgard, juntos de Balder e Hoder, que retornam do mundo dos mortos.

Enquanto Ymir dormia, o calor contínuo de Muspell o fez suar. Do suor veio Surt, um gigante flamejante que foi para Muspell, cujo fogo o fez sentir-se bem-vindo. Mais tarde, Ymir acordou e bebeu o leite de Audhumla. Mas cada gota de leite que ele derramou tornou-se um deus: Odin, Vili e Ve, que passaram a criar mais sete mundos e seus habitantes.

A mitologia nórdica envolve diversas histórias e crenças compartilhadas pelos povos germânicos do norte, trasmitida de geração para geração.

As tribos germânicas raramente construíam grandes templos porque a forma de culto praticada pelos antigos povos escandinavos e germânicos era frequentemente celebrada ao ar livre, em bosques sagrados. Esse culto também poderia ocorrer em casa e em altares simples de pedras. No entanto, existiam alguns centros de fé, para rituais importantes, onde cultos mais formais eram realizados. 

Os deuses da mitologia nórdica deixaram inúmeros vestígios em elementos da vida cotidiana na maioria dos países ocidentais, especialmente os de língua germânica. Um exemplo disso são os nomes dos dias da semana em inglês, externo por Saturday: 

A rica mitologia nórdica permanece como inspiração na literatura, música, filmes e revistas em quadrinhos. Além disso, alguns rituais ainda permanecem vivos como parte da tradição dos povos escandinavos e germânicos.

Dualidade

Dualidade

Loki era filho dos gigantes, mas Odin se impressionou, tal como os outros deuses, com suas boas maneiras, tornando-o seu irmão em um ritual em que misturaram seus sangues. Ganhou prestígio no panteão dos deuses, mas sempre arrumava problemas, tendo o mal aflorado dentro dele quando, após o assassinato da gigante Angerborda, comeu seu coração. Se refugiou na floresta dando a luz a três monstros, a serpente Jormungand, a deusa da morte, Hel, e o lobo Fenrir. Odin lançou a serpente ao mar e a amaldiçoou a passar a eternidade comendo o próprio rabo, que dava a volta na Terra.

Fleyr era o deus da fertilidade, irmão de Freya. O deus se apaixonou por Gerdr, uma gigante, e mandou o seu criado viajar para tentar conquistar Gerdr, que somente aceitou se casar com ele após ser ameaçada de passar fome para sempre e nunca ter seus desejos realizados.

Balder era irmão de Odir e de Frigg, e era o mais belo e puro dos deuses, amando a tudo e a todos, e tendo esse sentimento retribuído, exceto por Loki, que invejava seu comportamento. Loki criou um concurso de arremessos contra Balder, e todos erravam de propósito, mas Hoder, irmão cego de Balder, foi ludibriado por Loki, e acabou acertando uma flecha no coração do irmão.

Quais são os principais registros sobre a mitologia nórdica?

O início dos tempos é chamado de Völuspá. De acordo com os escandinavos e germânicos, o universo em seu estado primordial era um reino de fogo (Muspell) e gelo (Niflheim). Quando o ar quente de Muspell atingiu o gelo frio de Niflheim, o contorno de um gigante (Ymir) e da vaca gelada (Audhumla) foram criados. Lentamente, a vaca gigante começou a lamber a geada da pele do gigante adormecido, eventualmente libertando-o de sua prisão gelada. 

Uma coisa é certa sobre os povos nórdicos: a religião não era algo estático. Prova disso é que, quando o Cristianismo avançou, Cristo foi adicionado à lista de deuses dessa cultura politeísta e durante muitos anos as duas religiões conviveram.

Mitologia e a sociedade Viking

Algumas das mais importantes divindades dos dois clãs são: Odin, o deus pai que governa o panteão; Frigga, esposa de Odin e rainha dos deuses; Thor, deus da tempestade; Freya, a deusa da beleza; Heimdall, a sentinela de Asgard; Tyr, o deus do combate; Balder, o deus da primavera e da renovação; e Loki, a divindade trapaceira.

A mitologia nórdica também é rica em lendas sobre heróis e reis humanos. Esses contos, muitas vezes sobre os fundadores de clãs e reinos, possuíam grande importância para a valorização das origens nacionais e como modelos de ação adequada. Muitas das figuras lendárias provavelmente existiram, levando diversos estudiosos a tentar extrair a história por trás dos mitos.

Thor também era um dos deuses mais poderosos, além de ser muito amado. Era chamado por seu pai sempre que era necessário defender as divindades da ameaça dos gigantes, ou quando precisavam enfrentá-los em Jotunhein, a terra dos gigantes. Thor teve alguns combates com sua principal inimiga, Jormungand, a serpente, filha de Loki.

Outros seres

Algo curioso sobre os deuses nórdicos é que eles não eram imortais. Suas vidas eram prolongadas pelas maçãs de Iduna para que pudessem aguardar o fim, durante o Ragnarök.

As divindades nórdicas foram divididas em dois grupos, que eram os Aesir e os Vanir. Os primeiros, eram guerreiros do céu, e ficavam em Asgard, enquanto os do segundo grupo eram os responsáveis pela fertilidade da Terra, e viviam em Vanaheim. O universo, para os nórdicos, era dividido em nove mundos, podendo, além de Aesir, passar por Midgard, que é a terra dos humanos, ou ainda em Nifflheim, que é a terra dos mortos. As divisões, entretanto, se uniam pela Yggdrasil, que é a Árvore do Mundo.

É importante ressaltar que, assim como outras religiões politeístas, a mitologia nórdica não possui o dualismo bem contra o mal, que costuma predominar em religiões monoteístas. Assim, Odin, por exemplo, não é retratado como um ser puro e totalmente benevolente; Loki não é um adversário dos deuses, embora ele se divirta em fazer com que os planos de Thor dêem errado. Da mesma forma, os gigantes não são fundamentalmente maus, apenas rudes, barulhentos e incivilizados. Dessa forma, o dualismo na mitologia nórdica não é a oposição do bem contra o mal, mas da ordem contra o caos.

De estudante para estudante

De estudante para estudante

Pelos vikings, Odin era considerado o criador do Universo e chefe dos deuses guerreiros, mas também era vidente, característica dos deuses vanir. Segundo a mitologia, Odin deu um de seus olhos para poder enxergar o passado, alterar o destino dos homens e prever o futuro. Foi considerado o criador das runas, que era o alfabeto usado na Escandinávia. A Odin se pedia qualquer coisa, mas ele tinha uma ambivalência e humanidade profundos, e recepcionava os mortos combatentes em Valhalla. Seu primogênito, Thor, se tornou o segundo mais conhecido dos deuses do clã aesir.

Na mitologia nórdica há  três clãs  de divindades: os Aesir, os Vanir e os Jotun. Aesir e Vanir chegaram à paz trocando reféns, se casando e reinando juntos, após uma guerra prolongada. A maior diferença entre os dois clãs é sua área de influência. Aesir representa a guerra e conquista, já Vanir é a fertilidade e riqueza.

Qual é a religião nórdica?

A Religião nórdica (também chamado de Paganismo nórdico) é o termo utilizado para descrever o sistema de crenças comuns aos povos que habitavam muitos dos países nórdicos antes e durante a cristianização da Europa do Norte, num período histórico conhecido como Era Viquingue.

Qual a origem nórdica?

A mitologia nórdica é aquela originada nos países chamados escandinavos que abrangem a Suécia, a Dinamarca, a Noruega e a Islândia. As narrativas da Mitologia nórdica estão contidas em duas coleções chamadas as Edas, sendo a mais antiga, uma poesia datada de 1056 e a mais moderna, uma prosa, de 1640.

Quais são todos os deuses nórdicos?

Quais são os principais deuses nórdicos?
  • Odin. Devido ao seu amor pela batalha, é o principal deus da mitologia nórdica – nascida em países do norte da Europa, como Suécia, Dinamarca e Islândia. ...
  • Loki. “Pai das Mentiras”, é parte gigante, parte deus. ...
  • Frigg. ...
  • Hel. ...
  • Thor. ...
  • Bragi. ...
  • Tyr. ...
  • Njord.
• BE