“Não adianta ter só uma boneca virtual. É preciso ter coração e cérebro”. A afirmação é de Pedro Alvim, gerente sênior de conteúdo e redes sociais do Magazine Luiza. Ele revelou o que está por trás da Lu do Magalu, primeira influenciadora virtual do Brasil, em palestra no Social Media Week, evento de comunicação digital realizado na ESPM.
Hoje, a influencer digital atua como vendedora ao falar de produtos e serviços, mas também se tornou porta-voz da marca, posicionando-se em temas que vão desde moda e cotidiano a questões sociais.
A mudança de nome para Magalu também vem para fortalecer as vendas online, que é o grande foco da empresa neste momento e vem sendo anunciado por Luiza Trajano em suas palestras pelo Brasil.
Somos multicanal há bastante tempo. Isso faz, por exemplo, que os dados coletados no e-commerce guiem a estratégia da loja física, que passam a dar destaque aos produtos que estão mais quentes. Os clientes podem comprar no app e retirar o produto na loja. O vendedor pode oferecer produtos do portfólio do site.
A influenciadora digital, criada em 2013, humaniza a experiência digital do Cliente com a marca. O sucesso não tem receita, mas o gerente de marca e redes sociais do Magalu, Pedro Alvim, falou sobre o storytelling por trás da Lu do Magalu.
Criada em 2003 pelo atual CEO da Magazine Luiza, Frederico Trajano, a Lu do Magalu surgiu como um recurso para ajudar na experiência de compra do consumidor no varejo digital, que começava a despontar na época. Ainda que tenha crescido e construído uma comunidade própria, até hoje é ela a responsável por dialogar com os clientes da varejista em toda a jornada de compra e relacionamento.
A personagem nasceu em 2003 para humanizar a experiência de compra no e-commerce do Magazine Luiza. “A experiência de compra era muito fria. As pessoas tinham medo de colocar o cartão no site. A Lu surgiu para humanizar essa experiência e levar o atendimento que tanto zelávamos para o nosso site”, afirmou Alvim. Na época, Lu se chamava Tia Luiza.
“Na vertical de moda, uma de nossas frentes de atuação é a atração de novos vendedores. O Nordestesse tem a intenção de trazer novos varejistas para vender na nossa plataforma”, contou Silvia Machado, que atua como diretora-executiva de moda e beleza do Magalu.
texto de Junior Borneli, originalmente publicado no LinkedIn
O processo estratégico recente da empresa teve como base as declarações da visão, missão e valores da organização: – Visão: inovação e confiança nas pessoas; – Missão: ser uma empresa de competitividade, inovadora e ousada; – Valores: pessoas comprometidas, ética, evolução e lucro.
A versatilidade e as grandes capacidades de adaptação estão no cerne das vantagens de ter um avatar como face de uma marca. O gerente sênior reforça que há uma atenção constante aos movimentos culturais e sociais para identificar a avaliar se a personagem deve participar ou não de tais tendências.
Só que Lu também já passou por momentos delicados. Em agosto de 2008, o Buzzfeed publicou uma matéria mostrando que a Lu estava sendo assediada. “Ela estava recebendo vários comentários, alguns bem pesados, como ‘Quero vê-la de biquíni e nua’, ‘Namora comigo’, ‘Oi, gostosa. Me passa o seu Whats’, lembra Avim. “Ela não poderia deixar de se manifestar sobre isso. Ela pediu respeito e reclamou do assédio”. De acordo com o especialista em mídias sociais, as marcas hoje precisam se posicionar em situações como essa. “Se manter morno, sem opinião, é um veneno para o seu próprio storytelling.”
Desde janeiro de 2016, seu presidente(CEO) é Frederico Trajano, filho de Luiza Helena Trajano, sobrinha da fundadora da empresa, Luiza Trajano Donato. Sua gestão foi a responsável pela transformação digital da companhia….
Segundo ela, a moda ajuda na digitalização do varejo brasileiro de uma forma eficiente: “A quase totalidade dos pequenos varejistas de moda é analógica e temos a oportunidade de ajudá-los a entrar no mundo do e-commerce.”
A personagem nasceu em 2003 para humanizar a experiência de compra no e-commerce do Magazine Luiza. “A experiência de compra era muito fria. As pessoas tinham medo de colocar o cartão no site. A Lu surgiu para humanizar essa experiência e levar o atendimento que tanto zelávamos para o nosso site”, afirmou Alvim.
A estratégia de vendas do Magazine Luiza considera que há clientes em diversos lugares e que eles procuram por facilidade de acesso, rapidez e segurança. Eles estão presentes nas redes sociais, marketplace, lojas virtuais e físicas, que ao todo são 1.157 em 18 estados distintos do Brasil.
O alcance e a relevância acabam atraindo diversas oportunidades que, até pouco tempo atrás, só humanos poderiam conseguir. É o exemplo do feat entre a Lu do Magalu e a Anitta, em um clipe lançado para anunciar a chegada da Magalu no Rio de Janeiro; ou a revista Vogue no início deste ano, que trouxe a influencer como uma das estrelas de capa.
A cada ano, o site atinge uma média de 12 milhões de visitantes únicos, ou seja, este é o número absoluto de pessoas que conhecem o canal de vendas do Magazine Luiza pela internet. O principal público-alvo deste meio são os públicos A e B, os quais perfazem cerca de 83% da web.
Quando o Brasil foi eliminado da Copa do Mundo da Rússia em 2018, Lu emocionou seus seguidores ao publicar uma foto em que aparecia chorando. “Esse foi um dos momentos que ela mais se humanizou. Isso criou uma empatia emocional muito grande. Ao ponto de ter comentários, como ‘Neymar, olha o que você fez. Seu monstro’”, lembra Alvim.